Livro Tudo é Óbvio: Desde que você saiba a resposta - Duncan J. Watts

Tudo é Óbvio - Duncan J. Watts

Saiba como decisões de senso comum enganam nossos julgamentos. Muitas coisas parecem óbvias, mas já parou para pensar em algo simples de forma diferente?

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O autor Duncan J. Watts questiona em seu livro, “Tudo é Óbvio”, nossos instintos sobre como a vida funciona, desafiando a nos afastar de crenças comuns inconscientes e enxergar as coisas de maneira divergente.

As regras que seguimos diariamente para possibilitar uma vida em sociedade parecem estar em nosso sangue desde sempre. Duncan denomina de “jogos da vida”, as normas “invisíveis” que nos guiam e que fazem com que seja fácil nos adaptarmos a ambientes desconhecidos.

Coisas ordinárias como o que vestir para ir ao trabalho, como se comportar na rua em meio a desconhecidos e como agir em uma igreja, fazem parte do senso comum.

Neste resumo, falaremos sobre como o conceito primordial para a funcionalidade de uma civilização pode nos enganar e nos fazer acreditar que nossas crenças formam uma visão de mundo, que não é ele próprio.

Quer saber mais? Então continue a leitura deste PocketBook e se surpreenda!

O livro “Tudo é Óbvio”

“Tudo é Óbvio: Desde que Você Saiba a Resposta” foi publicado em 2011 com o título original “Everything is Obvious: once you know the answer”, e nesse mesmo ano, a obra foi publicada pela Editora Paz e Terra em português.

O autor Duncan J. Watts argumenta que é possível melhorar o nosso presente e planejar de melhor modo o futuro, se entendermos como e quando o nosso senso comum fala mais alto e acaba falhando. Essa tese é importante para a ciência, os negócios e a política, e claro, para a vida cotidiana.

Quem é Duncan J. Watts?

Duncan J. Watts nasceu em 1971, é sociólogo e pesquisador-chefe da Yahoo! Research, onde dirige o grupo de Dinâmicas Sociais Humanas. É bacharel em física pela Academia Australiana das Forças Armadas, na qual também se graduou como oficial da Marinha.

Além disso, o autor é Ph.D em Mecânica Teórica e Aplicada pela Universidade de Cornell.

Quem deve ler o livro “Tudo é Óbvio”?

A leitura da obra “Tudo é Óbvio” é recomendada para empresários, cientistas, para aqueles que trabalham no ramo da política e claro, para todos que desejam abrir seus olhos e se livrar das enganações de senso comum diárias.

Quais são os pontos principais de “Tudo é Óbvio”?

  • Senso comum é a essência da inteligência da sociedade e está profundamente enraizada em nós;
  • Ao contrário da matemática e da ciência, o senso comum é predominantemente um conceito prático, e não teórico;
  • A maior parte das pessoas acredita ter resposta para tudo, quando o assunto envolve o gerenciamento de pessoas, e isso é um problema;
  • O senso comum é suficiente para dar sentido ao mundo, mas não para compreender a sua totalidade complexa;
  • Nossas escolhas são influenciadas por “condicionamentos” do ambiente e por escolhas de outras pessoas;
  • Explicações de senso comum que falam sobre sociedades, mercado, culturas, do mesmo modo que descrevem indivíduos, são falhas;
  • Influenciadores de comportamentos estão em toda parte e podem ser qualquer pessoa;
  • A previsibilidade depende de uma visão fora do senso comum, é preciso distinguir as que podemos fazer com segurança daquelas que não podemos;
  • É importante cultivarmos o senso incomum.

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[Resumo do Livro] Tudo é Óbvio - Duncan J. Watts, PDF

Quais são as regras “invisíveis”?

Todos nós seguimos uma infinidade de normas todos os dias, sem mesmo estarmos cientes disso.

De acordo com o autor Duncan J. Watts em seu livro “Tudo é Óbvio”, o senso comum é a essência necessária para haver a convivência entre um ser humano e outro, é invisível aos nossos olhos e permanece enraizada no inconsciente de cada um.

É por meio dessa habilidade humana que sabemos como agir em diversas situações cotidianas, como entender de que modo se comportar em um ônibus lotado, por exemplo, porém, o senso comum não é fácil de descrever.

De modo breve, é o conjunto de experiências, observações e revelações acumuladas e adquiridas ao longo da vida. São normas sociais, costumes e práticas de cada um e de todos.

A aquisição desses conhecimentos se dá quando participamos da sociedade, é por essa razão que não é possível ser ensinado a máquinas (robôs). O senso comum é predominantemente prático, ou seja, se concentra em encontrar respostas para perguntas e não em como se chegar a respostas.

O mau uso do senso comum

Quando o senso comum é usado para resolução de questões que envolvem antecipar algo ou gerenciar o comportamento de um número grande de pessoas, ele se torna um problema, e fazemos isso o tempo todo.

Todos os dias quando assistimos a televisão e buscamos entender os fatos, sem pensar, nós usamos nossa lógica do senso comum para tentar julgar os eventos que vemos. Dessa forma, estamos refletindo sobre o comportamento de outras pessoas e não próprios – em circunstâncias sobre as quais não estamos inseridos.

É de fato um problema e tanto quando fazemos uso do senso comum fora do contexto a que estamos presentes.

Quando políticos elaboram, por exemplo, leis para diminuir a desigualdade social, confiam em suas ideias próprias de senso comum sobre as razões e causas, que fazem com que uns sejam muito mais ricos que outros.

Essa é a questão que o autor Duncan J. Watts aborda em seu livro, “Tudo é Óbvio”, sobre o mau uso do nosso hábito. Este não deve ser generalizado a todos, pois é um conhecimento sobre a questão, e não necessariamente a verdade.

Mito influenciável

O autor Duncan J. Watts esclarece que:

"O senso comum por vezes funciona exatamente como a mitologia."

O que isso significa? Esse hábito nos concede explicações prontas sobre diversas situações do mundo, nos livrando da preocupação de refletir se algo que pensamos saber é realmente verdadeiro ou se limita a uma crença nossa.

A adversidade que surge é acharmos que sabemos de tudo, quando, na verdade, a questão foi ofuscada pela história que reproduzimos. Essa fantasia de compreensão enfraquece a motivação geral de tratar de problemas sociais, dando mais enfoque para o tratamento de outras áreas como a medicina, a engenharia e a ciência.

Segundo Watts, o ponto chave desse tópico é tentar entender o que há no senso comum que nos faz pensar que sabemos mais do que efetivamente sabemos.

É comprovado, por incontáveis experiências, que as escolhas e comportamentos de um indivíduo podem ser influenciadas. Há vários fatores que podem afetar o nosso modo de agir e pensar que operam, sobretudo, e principalmente, no nosso inconsciente.

É citado no livro “Tudo é Óbvio”, o “modelo de motim” de Granovetter, que mostra uma observação relevante sobre os limites do entendimento do comportamento coletivo ao se utilizar do comportamento individual.

Nas nossas decisões do dia a dia, tendemos a escolher entre muitas opções, como aquelas que nossos amigos gostam. O autor Duncan J. Watts explica que:

"Quando escolhemos, digamos, um novo restaurante para comer, por vezes faz sentido pedir conselho a outras pessoas."

Muitas, senão todas, de suas decisões foram determinadas por um grupo pequeno de indivíduos influentes e importantes. Seja num âmbito global, como um famoso, ou individual, como sua avó.

[Planilha] Brainstorming e seleção de ideias

Influenciadores acidentais

O autor Duncan J. Watts compara a influência a um contágio, segundo a qual:

"A informação, e potencialmente também a influência, pode se propagar pelas encruzilhadas das redes como uma doença infecciosa."

A partir daí, a importância de um influenciador é gigante, não só pelas pessoas que influenciou diretamente, como também pelos indiretamente influenciados.

O efeito multiplicador de uma pessoa influenciadora muitas vezes ocorre acidentalmente, pelo acaso, pois depende muito mais da estrutura da rede – pode ser a internet ou a sua cidade, por exemplo –, do que das características dos indivíduos.

Qualquer fagulha vai ser suficiente para provocar um grande incêndio numa floresta quando as condições são favoráveis a isso.

Podemos prever o futuro?

Existem possibilidades que até podem ser previstas, porém precisam estar imersas em um sistema simples. É possível prever com precisão como o tempo estará amanhã, mas é impossível prever qual lado da moeda cairá para cima quando a atira para o alto, a não ser que o chute seja guiado pela sorte.

O melhor que podemos esperar é prever a probabilidade de que alguma coisa aconteça.

A dificuldade com a qual nos deparamos cara a cara ao pensar sobre o futuro, se reflete na nossa persistência por explicações que dão conta de resultados conhecidos em meio a infinitas possibilidades.

O autor explica que quando pensamos no futuro, queremos saber o que vai realmente acontecer, e, para se chegar a uma previsão, é necessário considerar a variedade de futuros possíveis alternativos.

No entanto, não é isso que costumamos fazer, pois nós queremos saber qual será o futuro possível realizado.

De acordo com o livro “Tudo é Óbvio”, o problema da previsão não é que sejamos todos bons ou ruins nesse tema, e sim que não somos bons em diferenciar previsões que podemos fazer com segurança, daquelas que realmente não podemos fazer.

[Kit] Empreendedorismo

Não confie em ninguém, especialmente em você mesmo

A opinião de cada pessoa carrega influências diversas advindas das mais variáveis situações, por isso confiar em si mesmo, sempre e somente, para tomar decisões, não é uma boa ideia, pois você não é dono da verdade e nem ninguém.

Segundo o autor Duncan J. Watts, pode-se pensar que especialistas detêm o conhecimento sobre a sua área, porém, são tão ruins em fazer previsões quanto os leigos, talvez ainda piores.

O problema em confiar em especialistas é que tendemos a consultar somente um deles, ao invés de conciliar a opinião de muitas pessoas, o que é o ideal para formar uma nova opinião.

Com todo o apanhado que o livro “Tudo é Óbvio” traz, conclui-se que o mundo social é muito mais complexo do que o mundo físico. Nunca uma ciência da sociologia poderá ser comparada às ciências naturais.

Watts enfatiza que precisamos perseguir todas as abordagens de maneira simultânea, buscando convergir para uma compreensão sobre o comportamento das pessoas e o funcionamento do mundo como um todo.

Livros sobre pensamento crítico e persuasão

Em Factfulness, dos autores Hans Rosling, Ola Rosling e Anna Rosling Rönnlund, você vai refutar as visões de mundo que teve até hoje, passando a olhar uma situação sem generalizações. Após a leitura, você sairá mais crítico para analisar conflitos, compreendendo que nem sempre as coisas são como a TV nos apresenta.

Segundo o autor Robert B. Cialdini, em seu livro As Armas da Persuasão, todos usam da influência e também são alvos dela. Ele explica que os profissionais da persuasão sabem exatamente o que querem e onde chegar, para isso, utilizam-se de seis princípios psicológicos para alcançarem seus objetivos.

Por fim, o livro Liderança com Base nas Soft Skills é um compilado de artigos de diversos profissionais. Os autores ressaltam que a inteligência emocional determina a nossa resposta à experiência que estamos vivendo e essa resposta pode ser impulsiva ou controlada.

Como posso aplicar o conteúdo de “Tudo é Óbvio”?

A obra explicita diversas ferramentas e ações que podemos aplicar em nossas vidas para que não sejamos enganados pela nossa própria maneira de pensar.

Os nossos instintos sobre como a vida funciona podem estar nos privando de vivenciar situações de formas diferentes e enxergá-las de modo diferente também. Que tal explorar outras formas de ser, deixando de lado concepções de senso comum que te fazem falhar em suas decisões?

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Esperamos que você tenha gostado do nosso resumo e consiga aplicar os ensinamentos do autor, Duncan J. Watts, em sua vida. Deixe sua opinião nos comentários, pois seu feedback é muito importante para nós.

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