O Dilema da Inovação - Clayton M. Christensen

O Dilema da Inovação - Clayton M. Christensen

Descubra como adequar sua empresa às inovações, criando uma vantagem competitiva, superando concorrentes e dominando o mercado.

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Você sabia que mesmo fazendo tudo “como manda o figurino”, algumas empresas de sucesso não conseguem se atualizar e acabam sendo levadas ao fracasso? Segundo o autor Clayton M. Christensen, esse é o “Dilema da Inovação”.

Neste PocketBook, iremos explicar como isso acontece e como devemos estar atentos para superar os desafios da implantação de novas tecnologias no mercado.

Quer saber mais? Então continue a leitura e surpreenda-se com o fenômeno da inovação de ruptura e incremental!

O livro “O Dilema da Inovação”

“Uma inovação de ruptura é aquela que transforma um produto que historicamente era tão caro e complexo, que só uma pequena parte da população podia ter e usar, em algo tão acessível e simples, que uma parcela bem maior da população agora pode ter e usar.”

O autor Clayton M. Christensen define o conceito de inovação de ruptura. E é justamente essa definição que será avaliada nesse livro.

Publicado originalmente em 1997 pela Harvard Business Review, reeditado e lançado novamente em 2001, “O Dilema da Inovação” já foi considerado pelo The Economist como um dos 6 livros de negócios mais importantes dos últimos 50 anos.

Esse clássico best-seller, apesar de suas quase três décadas de publicação, nunca foi tão atual. E no decorrer deste resumo, iremos entender como grandes empresas não acompanharam o desenvolvimento do mercado e foram levadas ao fracasso.

Quem foi Clayton M. Christensen?

Formado em Economia, com especialização em Econometria e MBA pela Harvard Business School, Clayton Christensen foi consultor internacional de empresas em diversos países do mundo.

Autor de artigos em muitas revistas, como Research Policy e Harvard Business Review, Clayton é especialista em inovação e, quando falamos em inovação de ruptura, seu nome é o primeiro a ser citado.

Por que ler “O Dilema da Inovação”?

O livro, “O Dilema da Inovação”, é indicado para empreendedores e líderes que sentem que falta “algo mais”.

Neste PocketBook, vamos perceber que esse “algo mais” é o que faz a diferença na hora de ter empresas cada vez mais bem sucedidas, e que inovar é a melhor forma de alcançar esse objetivo.

Então, se você quer saber como inovar de forma revolucionária e disruptiva, alterando a realidade da sua empresa e promovendo melhores resultados, este texto é para você!

Quais são os pontos principais de “O Dilema da Inovação”?

  • Inovação de ruptura e inovação incremental apresentam diferenças cruciais para o desenvolvimento das empresas;
  • Grandes empresas fracassam pois não conseguem inovar de forma disruptiva;
  • Existem formas de prevenir e corrigir os problemas provenientes do Dilema da Inovação.

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[Resumo do Livro] O Dilema da Inovação - Clayton M. Christensen, PDF

O que é o Dilema da Inovação?

Para desenvolver a ideia principal do livro “O Dilema da Inovação”, o autor Clayton M. Christensen faz um grande questionamento”:

“Por que empresas que seguem todas as boas práticas de gestão, atuando da forma correta, chegam de forma inevitável ao fracasso?”

Esse é o dilema. Se as empresas “seguiram o protocolo” e foram geridas da forma tradicional, ouvindo os clientes, investindo em tecnologia e analisando o mercado, teoricamente, elas deveriam estar fadadas ao sucesso, porém isso não acontece. E a grande “culpada” por isso é a inovação de ruptura.

Inovação Disruptiva x Inovação Incremental

Buscando entender melhor esse cenário, precisamos compreender que existem basicamente 2 tipos de inovação: disruptiva e incremental.

Quando falamos de inovação de ruptura ou inovação disruptiva, falamos sobre causar uma grande mudança no mercado e, como o trecho citado anteriormente diz, é trazer uma tecnologia antes na mão de poucos e proporcioná-la para muitos.

Geralmente, inovações disruptivas transformam o mercado para algo mais simples e mais prático para o consumidor. Por exemplo, a Netflix substituindo as locadoras, a Uber tornando-se uma nova opção ao invés dos táxis e até mesmo o Whatsapp que veio para substituir o SMS.

Paralelo a isso, existe a inovação incremental, que consiste em inovar na melhoria de tecnologias já existentes, tornando-as melhores, mas sem causar grandes alterações no mercado.

Podemos usar como exemplo os carros e celulares, que são dois tipos de produtos que possuem inovações constantes, como câmera de ré nos carros e leitor digital nos celulares.

Essas tecnologias surgem e são implementadas nesses produtos para que estes possam ter uma melhor atuação. Porém, diferentemente das modificações de ruptura, produtos como esses sofrem mudanças equilibradas e graduais.

As sete descobertas

No decorrer da sua pesquisa sobre mudanças tecnológicas, o autor Clayton M. Christensen nos apresenta diversos ensinamentos que remetem à ascensão de ideias disruptivas e à queda de grandes empresas.

Assim, podemos enfatizar 7 pontos que todo inovador precisa estar atento, como veremos a partir de agora.

Vídeo "Workshop Inovação e Design Thinking"

Será que o Foco no Cliente é importante?

Se eu te disser que o cliente tem sempre razão e devemos seguir todas as necessidades dele, você provavelmente acreditaria em mim, nós realizaríamos todos os desejos do consumidor e, no final, teríamos um retorno muito bom, certo?

Errado!

Em mundo de novas ideias e modelos de negócios, onde as informações circulam rapidamente e é preciso desenvolver ideias de ruptura, não podemos considerar tudo que os clientes querem.

Isso se deve ao fato de que, quando estamos atentos aos nossos clientes, sempre identificamos inovações incrementais, para sempre melhorar aquilo que já oferecemos. Não é possível identificar a necessidade por tecnologias disruptivas. Afinal, não podemos ter necessidade por algo que nem sabemos que existe.

Por isso, na busca por ideias revolucionárias, precisamos quebrar o paradigma de que o cliente tem sempre razão e saber identificar os momentos em que precisamos deixar de ouvir os clientes para trazer novos ares para a empresa e o mercado.

Sabedoria na gestão dos recursos

Inovação demanda recursos. Para criar coisas inéditas, é preciso investimento na pesquisa e no desenvolvimento desses novos produtos.

Conforme explicado por Christensen em seu livro, “O Dilema da Inovação”, inovações com pouco investimento acabam não dando certo, pois não houve o empenho correto de dinheiro, pessoas e tempo na evolução da ideia.

Por isso, é preciso sabedoria na hora de alocar os recursos. Isso significa um esforço conjunto entre os executivos, que irão providenciar os recursos, e os funcionários da empresa que, com sua experiência, vão saber como aplicar esses recursos da melhor forma no processo de produção.

Assim, a inovação terá o investimento adequado, contribuindo para que ela seja bem-sucedida.

Novas ideias em novos mercados

Durante todo esse processo de inovação, há um desafio comercial, pois, enquanto as inovações incrementais são versões atualizadas do que os clientes já querem, a inovação disruptiva pode não ser muito bem aceita pelo mercado.

O autor Clayton M. Christensen traz, então, uma importante atitude nesse caso. Se o mercado não aceita sua ideia, crie novos mercados.

Isso ocorre, porque, por serem ideias revolucionárias, que mudam o modo de pensar sobre algo, trazendo tecnologias antes pouco acessíveis para o grande público, os consumidores podem não receber bem a mudança.

Assim, como solução para esse problema, descubra o mercado que irá abraçar sua ideia e promover o crescimento da sua marca.

Os padrões das organizações

Organizações possuem características específicas que são difíceis de serem alteradas, o que contribui para a dificuldade de inovar disruptivamente. Essas características são padrões para inserir tecnologias no mercado, tolerar fracassos, ciclos de produção, entre outros.

Em outras palavras, ao estabelecer padrões, as empresas engessam seu funcionamento e tornam todo o processo de inovação de ruptura difícil de acontecer, permitindo que empresas menores desenvolvam essas inovações e sobreponham o domínio das grandes corporações.

Por exemplo, citamos o Google, que no início era uma pequena empresa, focada em eliminar qualquer necessidade de listas telefônicas, enciclopédias e guias impressos, cresceu e se manteve na liderança desse mercado até os dias de hoje.

Tente, Falhe, Repita

Muitos livros que falam sobre liderança e empreendedorismo tratam sobre a importância da resiliência no mundo empreendedor, como “Pense Simples”, de Gustavo Caetano.

Trabalhar com tecnologias de ruptura traz um risco muito alto, porque são ideias completamente novas e não há precedentes do sucesso delas. Por isso, lidar com o fracasso pode ser algo corriqueiro, mas ao mesmo tempo ser uma oportunidade de aprendizado.

De acordo com o livro “O Dilema da Inovação”, não há momento melhor para fazer testes do que na hora de inovar. Tentar, falhar e tentar de novo, sendo resiliente, é uma característica essencial para quem quer ser um inovador disruptivo.

Seja o primeiro!

O mercado é competitivo e demanda estratégias distintas para superar os concorrentes.

Enquanto para tecnologias incrementais a estratégia é ir sempre aprimorando os produtos, mostrando que o seu é superior aos outros exemplares do mercado, com as tecnologias disruptivas, o ideal é ser pioneiro e líder no novo mercado.

A dica dada por Christensen é: se você tem uma ideia inovadora, que nunca foi colocada em prática antes, coloque as mãos na massa, desenvolva e seja o primeiro a disponibilizar essa tecnologia no mercado.

Isso é essencial para conquistar a liderança no ramo e definir uma vantagem competitiva sobre os concorrentes.

Davi vs Golias

Você já deve ter ouvido a história bíblica de Davi, um guerreiro desacreditado que derrotou o gigante invencível Golias.

Esse ponto trata justamente sobre pequenos que derrubam gigantes. Para isso, vamos pedir que você relembre do primeiro tópico deste PocketBook, quando abordamos sobre o porquê de grandes empresas fracassarem, enquanto pequenos e jovens empreendimentos conseguem alcançar o sucesso.

O livro apresenta o argumento de que o grande diferencial é que pequenas empresas estão investindo em novos mercados, com novas tecnologias, inovando disruptivamente, enquanto grandes empresas, líderes de mercado, não veem sentido em seguir nessas novas empreitadas.

Isso faz com que essas organizações, mesmo tendo um modelo de gestão tradicional e realizando tudo “como manda o figurino”, acabem fracassando, sendo superadas por novatos no mercado.

Discutir e Inovar!

Agora que já passamos pela identificação dos problemas e discussão das principais características desse modelo pensado pelo autor Clayton M. Christensen, precisamos entender como superar os desafios e inovar de forma efetiva.

Então, se você perceber que as capacidades de inovação do seu negócio não são mais adequadas ao mercado, veja os seguintes pontos, pois eles poderão te auxiliar no desenvolvimento da sua empresa.

Se não pode vencê-lo, junte-se a ele

Empresas tradicionais, quando percebem que estão sendo superadas por alguma empresa novata, possuem uma estratégia para conseguir superar esse desafio e dominar o mercado: comprar a empresa menor.

Dessa maneira, é possível entrar no mercado de ruptura, oferecendo uma nova tecnologia e ainda superar a concorrência.

Podemos citar como exemplo o Whatsapp, que foi adquirido pelo Facebook por bilhões de dólares quando começou a dominar o mercado da comunicação por mensagens.

Desenvolvimento interno

Ao perceber que o mercado está te deixando para trás, outra opção é sair da zona de conforto e mudar seus processos internos, mudando o foco para a inovação.

Como já falamos anteriormente, utilizar padrões para tudo pode frear a inovação de ruptura. Por isso, desenvolver uma cultura de inovação na empresa, ouvindo as ideias de todos os colaboradores é uma ótima oportunidade para estabelecer um ambiente inovador.

Mas lembre-se: um ambiente inovador promove tanto a inovação incremental quanto a disruptiva. O livro “O Dilema da Inovação”, explica que ambas são importantes, mas é fundamental que haja um olhar direcionado a desenvolver novas tecnologias para revolucionar o mercado.

Atuação Separada

Segundo o autor, outra solução é desenvolver uma nova empresa com o novo foco desejado.

Muitas empresas que já atuam no mercado tradicional e possuem sua estrutura voltada para isso, podem encontrar dificuldades em reverter a situação e se adequar ao mercado inovador.

Para isso, desenvolvem novas empresas ou novas divisões, com total independência da empresa matriz, com funcionários, estrutura e custos agindo de forma separada, que terão o objetivo de competir nesse novo mercado.

Um exemplo disso é a Amazon, que criou uma empresa independente com um único objetivo: unir o mundo dos livros com o mundo digital, o que resultou na criação do Kindle, aumentando o valor da empresa.

Livros sobre inovação

No livro “A Startup Enxuta”, o autor Eric Ries diz que a verdadeira produtividade de uma startup é medida pela procura sistemática por coisas certas a serem feitas. Na startup enxuta, todo produto, toda característica e toda campanha publicitária são entendidos como um experimento para alcançar aprendizagem validada.

Analisando o livro “Todos São Importantes”, podemos estabelecer uma conexão bem legal entre inovação e liderança. Os autores Bob Chapman e Raj Sisodia dizem que os colaboradores devem ser encorajados a inovar e experimentar coisas novas, mesmo que falhem, assim ideias surgirão naturalmente.

Para finalizar, em “Empresas Feitas para Vencer”, o autor, Jim Collins, explica como aplicar a cultura da disciplina em uma companhia pode alavancar os resultados, disseminando essa prática para todos os colaboradores, que são essenciais para o sucesso de uma organização.

Como posso aplicar o conteúdo de “O Dilema da Inovação”?

  • Para inovar de forma disruptiva, é preciso investir nas tecnologias enquanto elas estão no início. Pode ser que elas não façam sentido agora, mas no futuro serão essenciais para o seu sucesso;
  • Nunca abandone o mercado tradicional apenas pela inovação de ruptura. Como dissemos, há um risco muito alto, por isso, o ideal é atuar paralelamente nos dois ramos;
  • Informe-se: esteja sempre atento às tendências do mercado e em como novas ideias podem surgir;
  • E lembre-se: a inovação não é apenas um produto, ela é principalmente o problema que você vai resolver com esse produto.

Planilha "Pesquisa de Mercado"

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Esperamos que você tenha gostado do nosso resumo e consiga alcançar a melhoria contínua dos seus processos e produtos praticando os ensinamentos do autor Clayton M. Christensen. Deixe sua opinião nos comentários, seu feedback é muito importante para nós!

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