Fora da Curva - Pierre Moreau, Resumo PDF

Fora da Curva - Pierre Moreau, Florian Bartunek e Giuliana Napolitano

Você já conheceu alguém realmente fora da curva? Apresentamos aqui dez investidores brasileiros excepcionais e o que as trajetórias deles têm para te ensinar.

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Como criar seu próprio estilo de investimento? E mais ainda, como ter sucesso com ele? Para isso, o livro "Fora da Curva" traz, através de relatos reais, o que os grandes investidores brasileiros fizeram para chegar aonde chegaram.

Foi passando por crises e mudanças drásticas de cenário, sobrevivendo à forte volatilidade do dólar e as variações do juros que esses investidores foram forjados, e estão prontos para compartilhar com os leitores as suas histórias, fracassos e conquistas.

Pronto para esse bate papo com eles? Então pega um cafezinho e vem com a gente!

Sobre o livro "Fora da Curva"

O livro "Fora da Curva" de Pierre Moreau foi lançado em 2016, e busca apresentar um pouco da trajetória de grandes investidores brasileiros, além de mostrar aos jovens as muitas possibilidades de carreira no mercado financeiro.

Possui 216 páginas e é dividido em 10 capítulos, cada um com um relato da experiência de um dos empresários "fora da curva".

Sobre os autores Pierre Moreau, Florian Bartunek e Giuliana Napolitano

Pierre Moreau cursou Harvard Business School e Harvard Law School e fez mestrado e doutorado em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É fundador e sócio da Moreau Advogados.

Florian Bartunek se formou em administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. É o fundador da gestora de fundos Constellation, e conselheiro de diversos grupos educacionais, como o Somos Educação e a Fundação Estudar.

Giuliana Napolitano é formada em jornalismo pela ECA-USP. Trabalha na Exame como editora de finanças. É responsável pelas edições de mercado imobiliário e investimentos.

Esse livro é indicado para quem?

O livro "Fora da Curva" é indicado para aqueles que estão iniciando uma carreira no mercado financeiro ou planejando abrir o seu próprio negócio.

Ideias principais do livro "Fora da Curva"

Cada um dos entrevistados no livro traz uma visão própria sobre investimentos, mas algumas em comum foram:

  • Aprenda com os grandes investidores, e desenvolva o seu próprio estilo de investimento;
  • Tenha sempre uma visão de longo prazo;
  • Como hoje o mercado brasileiro já está mais amadurecido, o estudo aprofundado das empresas virou pré-requisito para o sucesso;
  • Fuja de grandes riscos que podem acabar com o seu patrimônio;
  • Procure trabalhar com profissionais competentes e íntegros, eles serão o fator mais importante para o sucesso do investimento;
  • Busque agir e pensar de maneira diferente do mercado.

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[Resumo do Livro] Fora da Curva - Pierre Moreau, PDF

André Jakurski

André Jakurski é um dos fundadores do banco Pactual, onde trabalhou por 14 anos como diretor executivo. Saiu em 1998 para fundar a gestora de fundos JGP, que possuía bilhões de dólares em patrimônio líquido em 2015.

Antes disso fez MBA em Harvard, e foi chamado para trabalhar no Unibanco, onde atuou em praticamente todas as áreas.

De acordo com Jakurski, devemos ter uma estratégia defensiva nos investimentos, e fugir daqueles que podem comprometer nosso patrimônio.

"Se você não consegue ganhar dinheiro durante as horas em que está acordado, há um problema."

André afirma que investidores que passam noites em claro, ou interrompem o sono diversas vezes durante a noite, comprometem sua saúde. Nesse sentido, ele indica programar ordens de compra ou de venda, para evitar perder o sono.

Mais algumas ideias de suas ideias são:

  • Não é possível prever o futuro, mas podemos prever possíveis cenários e nos adaptar conforme eles se concretizam;
  • Em períodos de alta é fácil ganhar dinheiro. Quem ganha dinheiro só quando o mercado vai bem não é um bom gestor;
  • Governos não têm a capacidade de direcionar a atividade econômica de um país. Quando tentam fazê-lo, criam cenários artificiais que geram crises.

André Jakurski indica a leitura de alguns livros técnicos para criar a base fundamentalista necessária para se investir:

  • "Security Analysis", de Benjamin Graham e David Dodd;
  • "Technical Analysis of the financial market", de John Murphy.

Antonio Bonchristiano

Antonio Bonchristiano foi eleito Young Global Leader pelo World Economic Forum. Cursou política, economia e filosofia em Oxford e é presidente executivo da GP Investimentos. Seus maiores trabalhos foram realizados com private equity.

Antonio tem vários cases de sucesso com private equity trabalhando pela GP. Um deles é a empresa Submarino, que rendeu 900% em seis anos. Ele afirma que esse rendimento foi relativamente normal, já que em seu tipo de estratégia somente 20% dos investimentos dão certo, e suplantam os prejuízos dos outros 80% que não dão.

De acordo com Bonchristiano, se um investimento deu errado, devemos nos desfazer dele o mais rápido possível. Não devemos gastar tempo com algo que não é uma oportunidade. Nesse sentido, o fracasso vem de uma combinação de fatores:

  • Análise setorial ruim;
  • Falha na due diligence;
  • Estrutura de capital fraca;
  • Equipe inadequada.

Em private equity, os investidores atuam efetivamente na gestão para melhorar e valorizar uma empresa. Como gestoras desse tipo de fundo não tem estrutura para treinar empregados, André aconselha aos interessados:

  • Passar por uma empresa de consultoria ou banco de investimentos;
  • Conhecer setores, investidores e empreendedores;
  • Acompanhar o mercado;
  • Fazer um MBA.

Ele observa que, em seu tipo de rotina, o esporte é essencial para preservar a saúde e evitar o estresse excessivo. Mais uma dica é "compartimentalizar", isto é, separar o trabalho da vida pessoal.

Por fim, Antonio Bonchristiano indica a leitura de livros relacionados a empresas de tecnologia, por acreditar que elas têm a capacidade de revolucionar os negócios tradicionais:

Florian Bartunek

Florian Bartunek iniciou carreira no banco Pactual, e em seguida fundou a Constellation, gestora de fundos de ações com bilhões de reais em patrimônio. É formado em administração na PUC do Rio de Janeiro.

No Pactual, Bartunek ligava e pesquisava para as empresas mais relevantes, numa época em que poucos analistas se interessavam por isso. Com essas práticas, consegue o cargo de chefe do departamento geral de análise com apenas 22 anos.

Ele afirma que, no final das contas, são os chefes que fazem a diferença na nossa carreira. Trabalhando para Jorge Paulo Lemann, por exemplo, aprende que há uma diferença entre processo e resultado. O que importa não é o resultado do investimento ter sido bom, mas sim o processo, pois é ele que vai garantir o sucesso no longo prazo.

Florian traz alguns conceitos que acredita serem importantes para investir:

  • Invista nas melhores empresas: aquelas que têm barreiras de entrada para outras empresas. Líderes de setores, com grandes fatias de mercado, são as ideais;
  • Estude os sócios e empresários da empresa: o ideal é que sejam empresas familiares, com donos que participam do conselho e do seu dia a dia. Dessa forma o alinhamento de informações é melhor;
  • Escolha as empresas com resultados previsíveis: como estará a empresa daqui a uma década? A Coca-Cola, por exemplo, provavelmente continuará como líder de mercado, é previsível;
  • Construa a Arca de Noé em tempos de crise: ou seja, faça uma gestão financeira conservadora, controle custos, diminua endividamentos e tente se consolidar como líder do seu setor.

Bartunek afirma que um erro com investimentos pode ser corrigido vendendo-se as ações o quanto antes. Já um erro com pessoas não é tão simples. Novos colaboradores devem ser avaliados a fundo: se possuem o perfil da empresa e a competência necessária.

Enfim, ele indica a leitura de alguns livros para quem quer investir:

  • "Ações comuns, lucros extraordinários", de Philip Fisher, pois possui lições de investimento de Philip Fisher, gênio que inspirou Warren Buffett;
  • "Sam Walton: Made in America", de Sam Walton, pois acredita que investidores devem entender de negócios.

Guilherme Aché

Guilherme Aché também iniciou a carreira como estagiário no banco Pactual. Formado em Economia na faculdade Cândido Mendes, tornou-se chefe da área de análise de ações do banco aos 23 anos.

Guilherme traz a visão de que nas décadas de 80 e 90, o mercado era mais especulativo, havia muita incerteza macroeconômica, e os investimentos eram mais imediatistas.

Atualmente já não é mais assim, é necessário estudar a empresa. Entender sua gestão, "a terceira derivada de criação de valor", seus concorrentes, tanto nacionais quanto internacionais.

De acordo com ele, devemos evitar as grandes besteiras que nos fazem perder tudo. Ou seja, evitar riscos exagerados e ter uma obsessão para entender como as empresas funcionam. Caso não consiga se dedicar a isso, ele aconselha deixar a decisão para bons gestores.

Sobre private equity, sua área de investimentos, observa duas coisas:

  1. No Brasil o private equity é uma alternativa para a bolsa, que, por ser pequena, não oferece possibilidade de crescimento a partir de determinado patrimônio;
  2. Trabalhar em fundos de private equity permite aos investidores conhecer a realidade dos negócios no Brasil, deixando-os mais preparados.

Por fim, Guilherme Aché indica a leitura de grandes investidores, como Warren Buffett e Charlie Munger, através dos livros:

  • "Charlie Munger: the Complete Investor", de Tren Griffin;
  • "T he Essays of Warren Buffett: Lessons for Corporate America", de Warren Buffett e Lawrence A. Cunningham.

Guilherme Affonso Ferreira

Formado na Universidade de São Paulo, Guilherme Affonso Ferreira é engenheiro de produção, e um dos maiores nomes entre os investidores individuais da bolsa.

Fundou a gestora de fundos Teorema em São Paulo, e é membro do conselho de administração de grandes empresas, como Arezzo, Petrobrás e Gafisa.

Guilherme tinha um senso prático muito grande. Dois cases que refletem isso são:

  1. Em certo momento aposta no Unibanco, mesmo com perspectivas dos bancos menores quebrarem na época. Seu pensamento era "nenhum país vive sem banco, alguns deles vão dar a volta por cima". Estudou bastante antes de escolher em qual colocaria as fichas e a aposta deu certo.
  2. Já em outra situação, o governo corta os subsídios de fertilizantes. Enquanto muitos vendiam ações de empresas desse setor, ele comprava. Seu pensamento foi "o Brasil tem um enorme potencial agrícola, não vai abandonar fertilizantes assim". Também deu certo, e ele lucrou com a valorização após a queda.

Um dos seus valores é comprar ações de empresas em dificuldade, mas que julga ter conserto. Dessa forma, participa da "virada" na situação da empresa. Para isso, estuda cerca de dois meses e meio antes de cada compra.

Para ele, o que mais importa são as pessoas da empresa, não a sua situação financeira. Os gestores de excelência serão capazes de dar a volta por cima nas dificuldades. A questão é confiar neles.

Em sua visão, devemos ter uma "lista de desejos": aquilo que gostaríamos que a empresa fizesse para aumentar seu valor. Enquanto essa lista for longa, a empresa tem potencial de valorizar, e vale a pena segurar as ações.

Guilherme Affonso indica algumas leituras fora do mundo dos investimentos, como o livro "Os Tambores de São Luís", de Josué Montello, que traz aspectos importantes da história do Brasil.

José Carlos Reis de Magalhães

Zeca Magalhães, como é conhecido, é formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Aos vinte e quatro, funda sua própria gestora de recursos, a Tarpon - dona da maior fatia de mercado da empresa de alimentos BRF.

Para Zeca, risco é a probabilidade de um negócio se deteriorar permanentemente, e não gerar mais valor aos acionistas. Com essa perspectiva, não vê como arriscado a Tarpon ter 55% do seu patrimônio investido na BRF, pois conhece as bases da empresa e o seu potencial.

Nesse sentido, uma de suas dicas é fazer análises aprofundadas. Entender em detalhes poucas empresas, sua evolução e suas estratégias, é algo que garante uma vantagem sustentável nos investimentos.

No caso da BRF, ele acompanhou todo o seu processo de reestruturação, e tem consciência de suas forças e fraquezas e do potencial da empresa.

Em sua perspectiva, o risco está justamente em fazer o que todos fazem. Diversificar nas mesmas ações, ter os mesmos investidores que todo mundo.

Por fim, de acordo com Zeca, devemos escolher ações por sua qualidade, não preço. Uma empresa tem ações de qualidade quando possui barreiras de entrada para outras empresas, como:

  • Gestão eficaz;
  • Participação forte no mercado;
  • Vantagem relevante de custo.

Zeca Magalhães indica a leitura de alguns livros para se investir melhor:

  • "Purpose: The Starting Point of Great Companies", de Nikos Mourkogiannis e Roger Fisher, por acreditar que, para ter sucesso, a empresa tem que ter um propósito;
  • "Rápido e devagar", de Daniel Kahneman, para entendermos o que influencia em nossas decisões e nosso comportamento, e assim ter vantagens nos investimentos.

Luiz Fernando Figueiredo

Luiz Fernando Figueiredo foi diretor do Banco Central por quatro anos, e sócio fundador da gestora Gávea. Formado em administração pela Faap, em São Paulo, atualmente é presidente da Mauá Capital, gestora de recursos fundada por ele.

Grande parte de sua experiência foi adquirida no dia a dia das empresas, e não por meio de estudos acadêmicos. Essa experiência e seu sucesso no mercado fez com que fosse chamado para trabalhar como diretor no Banco Central.

Alí adquiriu uma visão macroeconômica forte, que pautou seus investimentos futuros.

Nesse sentido, as decisões tomadas pela Mauá Capital começam sempre com uma análise macroeconômica profunda. São feitas previsões, por exemplo, para o câmbio, para o desempenho da economia, para os juros...

Luiz afirma que em tempos tranquilos, é possível enxergar tendências e se aproveitar delas. Já em tempos de crise, o mercado se torna volátil, sendo melhor fazer investimentos mais oportunistas. Títulos de renda fixa, por pagarem juros elevados, são uma opção.

Ele observa também que, para investidores leigos, uma boa assessoria é essencial para evitar grandes erros. Portanto, devemos estudar a trajetória dos assessores antes de contratá-los.

Por fim, Luiz Fernando Figueiredo indica algumas leituras para quem quer investir, como:

O primeiro é "um curso de como gerir um negócio". Já o segundo é um livro para entender como o Banco Central funciona, e assim ser capaz de fazer boas análises macroeconômicas.

Luis Stuhlberger

Luis Stuhlberger é engenheiro civil pela USP, e especializado em administração pela Fundação Getúlio Vargas. Trabalhou na corretora Hedging-Griffo, que foi vendida para o banco Credit Suisse, em que ele se tornou diretor.

Atualmente trabalha na Verde Asset, uma gestora de recursos especializada em fundos multimercados fundada por ele. O fundo Verde, criado antes da fundação da gestora e que a inspirou, chegou a render 12. 041%, entre 1997 e 2015.

Isso só foi possível pois Stuhlberger, ao longo de sua carreira, acertou consistentemente em suposições acerca de cenários macroeconômicos.

Nessa perspectiva, ele afirma que gestores são bem sucedidos quando são capazes de antecipar cenários e encontrar oportunidades de ouro.

Para isso, devemos combater a inclinação de comprar na alta e vender na baixa, o que só é possível através de um estudo do mercado e dos ciclos da economia.

Ele defende também que é válido assumir certos riscos controlados: é aceitável perder um pouco hoje, se no futuro houver ótimos rendimentos.

Enfim, Luis Stuhlberger afirma que:

"Às vezes, o investimento em ações é como uma estrada acidentada. O investidor não pode desistir no meio do caminho."

Mesmo empresas boas passam por solavancos, não devemos desistir antes da hora.

Algumas indicações de leitura de Stuhlberger são:

  • "O valor do amanhã", de Eduardo Giannetti. Ajuda a compreender o Brasil, e o porquê do "amanhã" valer tão pouco nesse país;
  • "Previsivelmente Irracional", de Dan Ariely. Analisa aspectos de finanças comportamentais, e como funciona o processo de decisão das pessoas.

Meyer Joseph Nigri

Meyer Joseph Nigri é engenheiro civil pela USP e atua no mercado imobiliário. Ainda na faculdade, aos 22 anos, fundou a incorporadora Tecnisa, empresa que teve mais de um bilhão de reais de faturamento em 2015.

Como estagiário em construtoras, Nigri aprende muito sobre o mercado imobiliário, o que o permite fundar a Tecnisa. A empresa teve um grande sucesso, e ele elenca seu conhecimento de matemática financeira - em uma época em que poucos tinham esse conhecimento - como fator mais importante para isso.

Meyer afirma que, no mercado imobiliário há alguns modismos, mas que a lógica deve prevalecer sobre eles.

Um exemplo é a tendência que ocorreu nos últimos anos de construir apartamentos compactos. Frente a essa moda, a Tecnisa fez justo o contrário: apartamentos "long space" maiores do que a média.

Com essa abordagem economizou em escala, fornecendo um custo por metro quadrado mais vantajoso para o cliente.

"Devemos fazer o que achamos viável, não o que o mercado pede."

As principais dicas que dá para investidores interessados no mercado imobiliário são:

  • Aproveite para investir em imóveis nas crises. É possível conseguir bons preços, mas o investimento deve ser a longo prazo;
  • Busque outras opções no mercado imobiliário, como títulos de renda fixa: LCIs e CRIs;
  • Para ter segurança, separe reservas de emergência e aplique-as em negócios conservadores.

Por fim, algumas indicações de leitura de Nigri são:

  • "Em busca de sentido", de Viktor Frankl. Passa a ideia de que, quem tem um propósito, sobrevive, seja na vida ou nos investimentos;
  • "Quando tudo não é o bastante", de Harold Kushner. É um título autoexplicativo: não devemos buscar ter tudo, mas o que de fato importa.

Pedro Damasceno

Pedro Damasceno é formado em Economia pela Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. É sócio da Dynamo, uma grande gestora de investimentos brasileira, onde é responsável por analisar empresas e aprovar investimentos.

O primeiro estágio de Damasceno foi no banco Montreal, onde aprendeu a analisar os fundamentos das empresas. Através dessa experiência, se torna capaz de aplicar uma estratégia de investimento conhecida como value investing.

Nessa estratégia, o foco é aproximar-se de empresas para conhecê-las a fundo. Ele afirma que não basta ficar só olhando para tela do computador, é preciso gastar sola de sapato. Na Dynamo, 80% do tempo é usado para essas análises, baseadas nos três pontos fundamentais das empresas:

  1. Seus resultados;
  2. Seus gestores;
  3. Sua estratégia.

Se não for possível fazer essas análises sozinho, busque um gestor de fundos que faça por você.

Outros dois pontos a serem considerados antes de investir, na opinião de Pedro Damasceno, são:

  1. Companhias escalonadas possuem barreiras de mercado, e por isso são boas opções de investimento. No Brasil, por exemplo, a Cielo e a Redecard possuem uma vantagem de capilaridade e distribuição muito grande, uma vez que conseguem atender todo o território.
  2. Aproveite os documentos públicos para conhecer mais a fundo as empresas, como os documentos societários. Através deles podemos descobrir se há alinhamento entre acionistas minoritários, gestores e donos da companhia. Se não houver esse alinhamento, o futuro da empresa pode estar comprometido.

Pedro Damasceno indica algumas leituras para investidores, como:

  • "Merchants of Debt", de George Anders. É sobre cases da KKR, um fundo de private equity: "deveria ser obrigatório em qualquer curso de finanças";
  • "Charlie Munger: O pensamento e a trajetória do bilionário sócio de Warren Buffett". Apresenta objetivamente os princípios de investimento do gênio em investimentos, Charlie Munger.

O que outros autores dizem a respeito?

No livro "O Mais Importante para o Investidor", Howard Marks, investidor brilhante da Oaktree Capital, aborda mais de quinze tópicos sobre o que não pode faltar em um investidor de sucesso.

Já no livro "Análise Fundamentalista", José Kobori ensina como conseguir resultados sustentáveis nos investimentos através de uma abordagem prática e racional.

Por fim, no livro "Aventuras Empresariais", John Brooks apresenta cases de sucesso e de fracasso no mundo empresarial, e seu estilo é tão empolgante e seus ensinamentos tão úteis, que simplesmente conquista Warren Buffett e Bill Gates, a ponto desses dois amigos colocarem o livro em sua lista de "livros preferidos".

Certo, mas como posso aplicar isso na minha vida?

Ao longo do livro "Fora da Curva" diversas dicas práticas foram passadas. Aqui vamos rever as principais:

  • Busque construir o seu próprio estilo de investimento, e se inspire nos grandes nomes para tirar de cada um o aprendizado para evoluir;
  • Busque investir a longo prazo;
  • Invista em empresas com barreiras de mercado;
  • Não se desespere nas crises, busque aprender com elas;
  • Se houver caixa em meio a crises, aproveite as boas oportunidades;
  • Conheça a fundo o histórico dos profissionais, e escolha os melhores.

Gostou desse resumo do livro "Fora da Curva"?

E aí, conseguiu pegar algumas ideias para investir? Muito legal ver como cada um desses investidores tem um estilo próprio né? Esperamos que tenham te ajudado a desenvolver o seu!

Se quiser mergulhar mais a fundo na experiência desses investidores, é só clicar no imagem abaixo para comprar o livro:

Livro Fora da Curva - Pierre Moreau