Idea to Execution - Ari Meisel, Nick Sonnenberg

O livro "Idea to Execution" traz alguns questionamentos: você controla a sua vida, seu negócios, seu relacionamento... ou eles controlam você?

A maioria de nós se sente sobrecarregado, realizando muitas tarefas e deixando de focar no que somos realmente bons.

A obra conta a história da empresa Leverage, que em seu primeiro ano ainda se chamava Less Doing. Através da narrativa do primeiro ano do negócio, os autores mostram como é importante otimizar, automatizar e terceirizar tarefas para vencer um grande vilão: a ineficiência.

Continue lendo e descubra como usar programas gratuitos e a criatividade para criar ou melhorar a sua empresa.

Sobre o livro "Idea to Execution"

O livro "Idea to Execution: How to optimize, automate, outsource everything in your business" foi publicado em 2016.

A empresa Less Doing, atualmente chamada Leverage, foi criada do dia pra noite e sem necessidade de um investimento inicial, segundo os autores.

Ao contarem a história do primeiro ano da empresa, Ari e Nick revelam tanto os problemas enfrentados quanto às soluções criativas e baratas encontradas por eles.

Sobre os autores Ari Meisel e Nick Sonnenberg

Nick Sonnenberg é o cofundador da Leverage e possui uma paixão por empreender e criar negócios disruptivos. Com experiência na criação de algoritmos, se formou na universidade de Berkley e obteve seu mestrado em engenharia financeira.

Mesmo trabalhando na Wall Street em portfólios que valiam milhões de dólares, resolveu seguir uma vida mais significativa e se tornou um empreendedor.

Ari Meisel é pai de quatro filhos e portador da Doença de Crohn. Ari conhece muito bem o valor do tempo e é um especialista em produtividade. Foi por meio de sua experiência com assistentes virtuais e sua amizade com Nick que nasceu a Less Doing.

Além do livro "Idea to Execution", Ari também é o autor de "Less Doing, More Living: Make Everything in Life Easier", "The Art Of Less Doing: One Entrepreneur's Formula for a Beautiful Life" e "Intro do Biohacking".

Esse livro é indicado para quem?

O livro "Idea to Execution" é cheio de ideias inovadoras para quem deseja criar seu próprio negócio ou otimizar, automatizar e terceirizar suas tarefas atuais no trabalho.

Ideias principais do livro "Idea to Execution"

• Para criar uma empresa não é necessário um grande investimento;
• É muito importante conhecer as ferramentas disponíveis para otimizar e automatizar o seu negócio;
• É importante terceirizar tarefas que consomem o seu tempo, porém não estão ligadas ao que você faz melhor;
• Ainda que tudo possa ser passado para terceiros, não devemos terceirizar aquilo em que somos muito bons;
• Utilize métricas e feedbacks para acompanhar e melhorar o seu negócio.

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O foco no principal

Sabe quando você tem uma lista de afazeres enorme e sente que a sua produtividade está baixa? Você já parou pra pensar se seria possível terceirizar essas tarefas para poder utilizar as suas habilidades únicas e se desenvolver mais?

Os autores do livro "Idea to Execution" não só pensaram nisso, mas criaram uma empresa que oferece e aplica soluções de terceirização de tarefas.

Eles criaram a Less Doing, hoje conhecida como Leverage, que possibilita que pessoas e empresas sejam mais eficientes.

Segundo eles, devemos sempre pensar em como otimizar e automatizar nossas tarefas, além de terceirizar aquelas que não necessitam das nossas habilidades únicas.

A otimização é a melhoria dos processos atuais e a busca pela forma mais eficiente de execução. Ainda assim, se essa otimização estiver ligada a pessoas executando uma tarefa, o tempo de alguém está sendo consumido e ainda há espaço para a falha humana.

Esse é o momento de utilizar a automação. Isso pode significar abrir mão do controle e aceitar que nem tudo precisa de você.

Por fim, há a terceirização. Os assistentes virtuais oferecidos na empresa dos autores atendem a essa necessidade.

Eles são contratados por pessoas que entendem o quão valioso é o seu tempo e que querem focar em suas atividades principais.

O primeiro ano da Less Doing

Em um jantar entre Ari e Nick, os amigos acharam que seria uma ideia legal criar uma empresa de assistentes virtuais.

Ao combinar as habilidades práticas de Nick com tecnologia e a experiência de Ari com produtividade e sua rede de contatos, eles deram uma chance ao negócio.

Nesse mesmo jantar, eles dividiram responsabilidades e combinaram que não levariam a empresa adiante caso esta interferisse em sua amizade. Além disso, decidiram focar no aprendizado que poderiam ter e não no retorno financeiro da empresa.

"Quando você está aprendendo, está crescendo, e o dinheiro vem por consequência."

Talvez por isso, eles resolveram não investir em recursos pagos para a criação do negócio, mas integrar ferramentas gratuitas que já estivessem disponíveis.

Ao pensarem sobre o projeto, decidiram não perder tempo com planejamento e validação da ideia. Preferiram então testar suas soluções em um pequeno grupo de clientes e verificar o que funcionava ou não.

Ao buscar um diferencial competitivo, resolveram apostar em treinamentos e capacitação para ter colaboradores de alto nível.

Dessa forma, optaram por remunerá-los com um valor acima do mercado e também cobrar mais caro de seus clientes.

Esses colaboradores eram remunerados de acordo com a hora de serviço prestado. Esse fator, aliado ao fato da empresa ser totalmente virtual e todo contato ser feito por e-mails, telefone e aplicativos, reduzia em muito os custos.

Essa política de custos mínimos era completada pelo uso de softwares gratuitos. Todos os aplicativos que foram utilizados são listados no final do livro.

Para facilitar o gerenciamento e integrar informações, Nick criou e aprimorou um Dashboard. O mesmo ficava visível inclusive para os colaboradores e foi utilizado como uma forma de comunicação sobre o que acontecia na empresa.

Recrutamento dos colaboradores

Um dos pontos mais interessantes do livro "Idea to Execution" é a forma de recrutamento escolhida por eles, que era totalmente virtual e desprovida de contatos pessoais e diretos.

Todo o processo era automatizado com envios de e-mails contendo instruções de acordo com a aprovação em cada fase do processo.

Ari e Nick entendiam que era a melhor forma de buscar colaboradores que entendessem o que eles queriam e como executar os pedidos.

Eles adotaram na empresa a ideia de contratar rápido e despedir mais rápido ainda. Colaboradores pouco produtivos eram rapidamente demitidos. Porém o mais produtivo da semana recebia um bônus de US$100.

Além disso, os mais interessados ganhavam mentorias com Nick e Ari, profissionais reconhecidamente competentes e diferenciados.

Estes colaboradores também eram demitidos caso cometessem 3 strikes (3 erros considerados importantes). Um strike poderia ser retirado caso o colaborador se tornasse o destaque da semana, o que era muito interessante.

Eles também aplicavam o Kaizen na empresa para garantir a melhoria contínua.

Uma ideia muito interessante para a retenção de clientes foi dificultar o cancelamento da assinatura do plano oferecido.

A única forma de cancelamento requeria um contato direto com a Less Doing. Isso criava uma oportunidade de contato para convencer o cliente a ficar e reduziu a taxa de cancelamento.

Oportunidades

A primeira grande oportunidade veio através do convite para a conferência Genius, na qual os autores tiveram que improvisar uma apresentação. Eles encantaram tanto os ouvintes com suas aplicações tecnológicas, que acabaram conquistando vários clientes.

Utilizando o vídeo melhorado da apresentação no Genius, eles começaram a divulgar uma oferta pelo Facebook Ads.

Eles ofertavam um produto principal com um valor que cobrisse todos os custos da propaganda. Esse valor possibilitava uma upsell ou down sell, ou seja, a venda de um produto mais caro ou mais barato.

O produto mais caro e o principal tinham uma diferença de valor interessante para que o cliente escolhesse o mais caro.

Outra grande oportunidade veio do convite de um conhecido coach de desenvolvimento para que eles trabalhassem em sua empresa. Esse contrato não chegou ao final, mas ensinou a Ari e Nick que mudanças devem ser feitas de cima para baixo na hierarquia.

Erros

Claro que ao longo do caminho eles cometeram vários erros. Um deles foi atribuir funções gerenciais a assistentes virtuais que se destacavam em suas áreas, mas não possuíam experiência em gestão.

Na mesma agilidade em que a ideia foi implantada, ela foi descartada.

Outro erro foi criar um escritório físico para integrar todos em um só lugar. O tempo perdido em translados era um peso para pessoas acostumadas a trabalhar em seu local de escolha e em seu próprio horário.

O fato de terem um horário fixo de trabalho e ter de trabalhar em um escritório fez a produtividade cair muito.

O local de trabalho influencia muito na produtividade dos colaboradores e a liberdade de poder escolher onde e quando trabalhar também.

Por sorte (e conhecimento de causa) o aluguel do escritório foi feito para apenas um mês e eles puderam reverter rapidamente a situação.

Softwares utilizados

Como o uso de tecnologia é um ponto forte da Leverage, os autores apresentam no final do livro uma lista com todos os apps e softwares utilizados por eles.

Citaremos aqui alguns deles que são interessantes e podem facilitar e automatizar suas tarefas.

Lembre-se: salvar 20 min do dia em uma tarefa com automatização e terceirização poupa 1h e 40min da sua semana que iriam para o lixo e agora vão para séries.

Trello

Para organizar todas as atividades da empresa e as necessidades dos seus clientes, os sócios adotaram o Trello.

O Trello é um software de gerenciamento de tarefas e projetos que utiliza o formato de kanban. Ele contém quadros, listas e cartões que ajudam na priorização e visualização do que deve ser executado.

Como é uma ferramenta bem conhecida, foi fácil para os empresários convidarem seus clientes para utilizá-la sem a necessidade de muita explicação.

Além disso, era necessário gerenciar o tempo de execução dessas tarefas, pois o tempo era um fator chave para o sucesso do negócio.

Toggl

Para essa execução das tarefas, eles utilizaram o Toggl, o qual é gratuito e capaz de rastrear o tempo que uma tarefa leva para ser executada e ainda fornece um relatório.

Através desse relatório é possível identificar quais atividades geram retorno e quais são uma perda de tempo.

Slack

Toda empresa precisa de comunicação, principalmente uma empresa virtual. Por isso a Less Doing escolheu usar o Slack, um aplicativo gratuito em que os colaboradores eram capazes de conversar.

Integração

Para integração das ferramentas e automatização de algumas ações eles utilizaram o Zapier e o IFTTT, ambos gratuitos.

Ações simples, como atualizar todas as fotos de redes sociais ou enviar um e-mail após uma compra eram feitas automaticamente pelo uso desses apps.

Para o recrutamento, eles utilizaram os testes de pensamento crítico do HireSelect, e a checagem de antepassados via Checkr. A documentação era toda enviada via Hellosign para ser executada digitalmente.

Esse processo era totalmente automatizado utilizando o Intuit Workforce.

Para as vídeo chamadas, reuniões semanais e conferências virtuais eles utilizavam o Zoom por esta ser a mais estável. Depois, as reuniões semanais passaram a ser feitas pelo Amazon's free co-working.

Demais ferramentas

Para o processamento de pagamentos, a Less Doing utilizava o Stripe combinado com o Chargify. O Chargify não exigia que dados fossem introduzidos manualmente, o que era ótimo para os clientes.

A lista de e-mail era mantida no MailChimp, o qual também era utilizada para disparar a newsletter semanal.

Os vídeos do Boost Camp criados por eles eram hospedados na plataforma Wistia que oferece mais controle que o Youtube sobre quem vê o que.

Para a agregação de e-mail, Facebook, Twitter e outras redes sociais, eles utilizavam o Front. Essa ferramenta permitia que qualquer pessoa do time pudesse responder a um questionamento e reduzia o tempo de resposta ao cliente.

Como ter um chat no site é interessante para se conectar ao cliente, o Smooch foi utilizado para esse fim.

O ChartMogul era utilizado para avaliar alguns Indicadores Chaves de Performance (KPIs) como crescimento e o Tempo de Vida do Usuário (LTV).

Essas são algumas das ferramentas usadas. Para conhecer todas, vale a pena dar uma conferida no livro "Idea to Execution".

O que outros autores dizem a respeito?

Em "Faça Tempo", Jake Knapp e John Zeratsky dizem que, ao priorizar uma tarefa, você deve escolher o "destaque" do dia, aquela atividade que leva de uma hora a uma hora e meia para ser feito.

Em "A Tríade do Tempo", o autor Christian Barbosa chama atenção na hora de equilibrar seu tempo: evite que ele seja todo ocupado por uma sucessão de atividades mecanicamente estabelecidas.

Em sua obra, "Foco", Daniel Goleman diz que quanto mais nosso foco é interrompido, pior é nosso desempenho em relação a tarefa que estamos executando.

Por outro lado, nossa capacidade de aprender melhora com a atenção focada. Quando miramos apenas no que estamos aprendendo, o cérebro dispõe aquele conhecimento em meio ao que já dominamos, criando novas conexões neurais.

Sem foco, nenhuma informação do que estamos tentando aprender fica salva.

Certo, mas como posso aplicar isso na minha vida?

A história do primeiro ano da Leverage já é uma inspiração para que você inicie a sua própria empresa. Cada solução apresentada aqui também pode ser aplicada diretamente de acordo com as necessidades do seu negócio.

Então que tal baixar um desses apps ou passar a utilizar um desses programas e começar a otimizar e automatizar suas tarefas?

Valorize mais o seu tempo, aumente sua produtividade e foque mais nas suas atividades principais utilizando as dicas dos autores.

Gostou desse resumo do livro "Idea to Execution"?

O livro "Idea to Execution" traz ideias práticas e baratas de soluções tecnológicas e esperamos que você tenha gostado delas. Que tal relatar sua experiência para nós? Adoramos ouvir sobre como você aplica o nosso conteúdo na sua vida.

O link do livro está disponível na imagem abaixo, aproveite!