
Você já notou que o mundo dos negócios está cada vez mais competitivo? Que o tempo todo é preciso se sobressair, se diferenciar, se reinventar e inovar?
Houve um tempo em que gerenciar era sinônimo de supervisionar e de tomar conta. Ou seja, era suficiente garantir que tudo continuasse a funcionar como antes.
Mas as coisas mudaram, gerenciar passou a ser sinônimo de criar e de inovar. Manter as coisas como antes é ficar para trás.
Os autores chamam a atenção para o fato de que a inovação não é uma forma de arte que depende de um momento inspirado, mas sim um método que pode ser aprendido, ensinado, implementado e praticado.
Quer saber como? Então continue lendo este resumo!
A obra “Innovatrix: Inovação para Não Gênios” foi publicada em 2010, pelos autores Clemente Nóbrega e Adriano Roberto de Lima. Em suas 168 páginas, divididas em cinco capítulos, o livro apresenta um método para a implantação de uma cultura de inovação nas empresas.
Ambos autores têm formação em física e isso foi determinante para que eles buscassem na ciência os fundamentos para a criação de seu método, que se baseia na ideia de que inovação e criatividade, não sendo dependente de “gênios pensantes” e sim de processos sistemáticos de elaboração.
Com diversos exemplos práticos de grandes empresas do mercado, o que o livro apresenta é um método ao alcance de toda e qualquer organização que esteja preocupada em inovar.
Clemente Nóbrega é físico por formação, tendo trabalhado como engenheiro nuclear por 14 anos. Depois, tornou-se diretor de marketing da Amil, cargo que exerceu por outros 14 anos.
Saiu da Amil para fundar sua própria empresa e dedicar-se às atividades de escritor, consultor e palestrante. Essa empresa é a Innovatrix.
Clemente é autor de 9 livros e também tem artigos publicados nas revistas Exame e Época Negócios.
Adriano Roberto de Lima, também formado em física, com pós-doutorado na França, trabalhou e deu consultoria para grandes empresas nacionais e multinacionais. Atua também como empreendedor, sendo atualmente sócio e diretor de inovação e marketing da Inmetrics.
Tem diversos trabalhos publicados, além de apresentações em congressos e seminários.
Objetivamente, a leitura do livro “Innovatrix” é recomendada, acima de tudo, para aqueles que exercem papéis de gestão e liderança nas organizações, pois o que o livro propõe é a implantação de um método corporativo deinovação a partir da iniciativa de suas lideranças.
Para aqueles que não exercem tais funções, a leitura é válida como conhecimento e, de forma proativa, como estímulo para a disseminação de uma cultura da inovação.
Em seu texto integral, o livro apresenta diversos exemplos práticos para ilustrar a aplicação do método. Neste resumo, procuramos explorar principalmente os conceitos em torno dos quais o método se fundamenta.
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Tomando como referência alguns princípios científicos catalogados pelo engenheiro e cientista russo Genrich Altshuller, os autores chegam a interessantes conclusões a respeito da inovação. Por exemplo:
Por darmos muito valor a inovações que causam grande impacto, tendemos a considerar que elas são para poucos. Assim, enquanto gênios criam soluções mirabolantes em seus laboratórios e garagens, aos mortais comuns restaria apenas a opção de admirá-las.
Essa é uma visão equivocada sobre inovação. Van Gogh, Einstein e Steve Jobs não representam o perfil médio do inovador. Uma consequência negativa que esse tipo de visão traz é que ela desencoraja pessoas e empresas em busca de soluções inovadoras.
Além disso, mesmo as inovações geniais estão dentro de cenários e processos específicos que estão ao alcance de qualquer pessoa e de qualquer negócio. Não há inovação sem um processo sistemático por trás dela. Isso é o que dá valor a ela.
Em muitos casos, pessoas e empresas são consideradas como gênio e visionárias porque sistematizam métodos para criar soluções.
Uma empresa só justifica a sua existência se consegue produzir valor de forma consistente. Para tal, é preciso que o mercado concorde em pagar pelos produtos um preço que supere os custos de produção. Mas também é preciso buscar a redução de tais custos.
Sobre os preços que o mercado paga, a empresa não tem nenhum controle. Já os custos de produção dependem essencialmente de sua gestão.
No passado, gestão era sinônimo de supervisão e trabalho era sinônimo de produção. Atualmente, a gestão incorpora a necessidade de inovar, enquanto o trabalho incorpora a necessidade de ser produtivo.
Uma empresa torna-se sustentável, no sentido de automanutenção, quando consegue, de forma sistemática, inovar mais que seus concorrentes. Ao final, cabe sempre ao mercado validar ou não os esforços da empresa em inovar.
Altshuller, o cientista russo, catalogou 40 princípios inventivos que contribuíram para as grandes inovações na área de tecnologia. Partindo desses princípios, chegamos à Innovatrix, um conjunto de métodos e ferramentas para estabelecer nas empresas um ambiente propício à inovação.
Innovatrix interessa especialmente a quem exerce funções de liderança nas empresas, pois a ele cabe um papel central na busca pela inovação. O método treina essa pessoa para identificar os problemas, suas circunstâncias e os meios adequados para superá-los através da inovação.
Além do método, há ferramentas, combinando criatividade e disciplina para a inovação sistemática. Longe de ficar preso a conceituações teóricas, Innovatrix tem seu foco nos aspectos práticos da questão.
Primeiro, é preciso identificar a lacuna, ou seja, a contradição não resolvida que impede o equilíbrio simétrico da empresa.
Em seguida, recorre-se à matriz de conflitos de negócios, ferramenta que estabelece uma correlação entre diversas situações problemáticas já vividas por organizações no passado e, de outro lado, os princípios inventivos que orientaram a sua resolução.
Nessa matriz, é possível encontrar situações semelhantes àquela que a organização vive no momento e assim tomá-las como ponto de partida para a solução. Identificado o caminho, a empresa deve elaborar e propor as soluções.
O momento mais crítico de todo o processo está em conseguir que as lideranças da empresa cheguem à lacuna principal a ser atacada. Para essa fase, há ferramentas que levam os participantes a contornar a lógica mental dominante. Vencida essa etapa, a solução do problema surge com facilidade.
O livro apresenta diversos casos de estudo, identificando as contradições que as empresas enfrentaram e os princípios inventivos adequados para resolvê-las.
Ao recorrer à matriz de conflitos de negócios e à tabela de princípios inventivos, Innovatrix se apresenta como uma alternativa vantajosa ao já tradicional brainstorming.
Soluções capturadas a partir de uma sessão de brainstorming tendem a ficar restritas ao universo de conhecimento dos participantes e é raro que esse grupo de pessoas tenha uma formação multidisciplinar de tal amplitude que possa trazer contribuições relevantes de outras áreas de atividade.
Por outro lado, através de suas ferramentas, Innovatrix trabalha com uma coleção bastante diversificada de situações, de tal sorte que experiências de setores completamente distintos podem contribuir de forma efetiva para que se chegue a uma solução.
Quando se fala em inovação, muitos têm em mente a inovação em produtos. Ela é, sem dúvida, importante, mas insuficiente para sustentar um negócio. Ainda mais quando essas inovações são facilmente copiáveis pela concorrência. Assim, o mais importante está na inovação de modelos de negócios.
Um exemplo bastante ilustrativo foi o sucesso do iPod. Ao contrário do que muitos pensam, esse sucesso não se deveu ao produto em si e à tecnologia nele empregada. Existiam produtos similares no mercado.
O iPod se sobressaiu por oferecer um modelo de negócio inovador, que satisfazia a todas as partes envolvidas: clientes, artistas, gravadoras e as plataformas que ofereceriam as músicas.
O modelo de negócio é um arranjo daqueles elementos que precisam estar em equilíbrio, de acordo com o princípio da simetria (mercados, processos, pessoas). Ele também pode ser entendido como a definição do modo pelo qual a empresa vai criar e entregar valor.
A definição do modelo de negócio segue alguns passos bem definidos:
De acordo com os autores, duas das mais importantes ferramentas para a aplicação de Innovatrix são: a matriz de conflitos de negócios e a tabela de princípios inventivos.
Na matriz de conflitos de negócios estão definidos 31 parâmetros que correspondem às causas dos conflitos nas empresas. Por conflito entende-se uma situação em que a melhoria de um aspecto implica na piora de outro(s), de tal forma que faz-se necessária uma intermediação.
Em princípio, esses 31 parâmetros abrangem todas as situações conhecidas nas organizações, mas nada impede que novos parâmetros sejam definidos. A Innovatrix mantém um banco de dados constantemente alimentado por novas informações.
Os 31 parâmetros são divididos em 5 grupos, a saber:
Outro elemento essencial para a metodologia é a tabela de princípios inventivos, formada por 40 itens. Ela tem origem na ciência, mas tem se mostrado perfeitamente aplicável aos negócios.
Um princípio inventivo corresponde a um possível caminho para a solução de contradições. Por exemplo:
A obra “Implementando a Inovação” da Série: Gestão Orientada para Resultados, reúne artigos da Harvard Management Update e da Harvard Management Communication Letter. A obra em questão centra-se na ideia de desenvolver inovações nas empresas e manter o seu crescimento.
Em “Inove ou Morra”, de Luiz Guimarães, introduz uma proposta que busca modernizar e inovar empresas para adequá-las à era digital, focando principalmente nos clientes. A obra traz reflexões que ajudam a entender melhor as mudanças e as suas causas, além de afirmar que não é preciso ser uma Startup para inovar.
Por fim, em “Inovação e Espírito Empreendedor”, o autor Peter Ferdinand Drucker defende a teoria de que criatividade e inovação não são atos de genialidade, mas sim um estudo, uma busca e um planejamento que exige disciplina para seguir passos sistemáticos. Ele considera que para inovar é necessário ter disciplina para aplicar as técnicas certas.
Bem, conforme visto, Innovatrix refere-se a um programa completo de inovação a ser implantado em uma organização. Entretanto, independentemente de sua adoção como solução corporativa, alguns conceitos que o definem podem também nos orientar em nossas ações individuais.
Por exemplo, você pode adotar como método de resolução de problemas a seguinte sequência de ações:
Outro modo de aproveitar os ensinamentos da Innovatrix consiste em estudar os 40 princípios inventivos da ciência e, em cada situação, avaliar quais deles são aplicáveis.
E então, você acha possível implantar um método sistemático de busca da inovação em seu ambiente de trabalho? Deixe seu feedback nos comentários, sua opinião é muito importante para nós!
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