
"Líderes nascem ou são criados? A situação faz o líder ou o líder faz a situação?"
Essas duas perguntas são feitas pela autora de "Liderança em Tempos de Crise" logo no início do livro. E o que você acha? Será mesmo possível nascer com as habilidades de um líder?
Nosso objetivo neste resumo é discutir isso a partir da história de grandes líderes que enfrentaram grandes desafios.
Continue a leitura e embarque em uma viagem pelas décadas e séculos passados, entendendo as lições ensinadas por líderes como Abraham Lincoln, Theodore Roosevelt, Franklin D. Roosevelt e Lyndon B. Johnson!
"Liderança em Tempos de Crise", publicado no final de 2018, apresenta uma análise sobre liderança a partir da história de 4 grandes ex-presidentes dos Estados Unidos.
Durante seus 12 capítulos, dos quais são dedicados 3 para cada ex-presidente, a obra mostra as origens dos presidentes, conta quais são as características de um líder, as práticas utilizadas por eles e seus principais resultados, a partir de estudos de caso aprofundados sobre as crises enfrentadas por esses governantes.
Empenhada em sua pesquisa sobre presidentes americanos e liderança durante aproximadamente 50 anos, Doris tem experiência prática por ter trabalhado na Casa Branca, ao lado de grandes nomes.
Foram suas obras que lhe renderam prêmios como Pulitzer, Lincoln Prize e Carnegie Medal e a tornaram uma grande escritora reconhecida pelo seu trabalho.
Quando falamos de política e liderança, Doris Kearns Goodwin é autoridade no assunto.
Como a própria autora diz, o livro "Liderança em Tempos de Crise" oferece um caminho essencial e acessível não só para líderes bem sucedidos e futuros líderes, mas para qualquer pessoa que decida aplicar esses conhecimentos todos os dias em suas vidas.
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Em 4 de março de 1861, assumia o 16° Presidente dos Estados Unidos, responsável pela Proclamação de Emancipação: Abraham Lincoln.
Este, quando mais jovem, precisou deixar os estudos para trabalhar no campo com o pai. Mas na ânsia de aprender, tornou-se autodidata e precisou estudar por conta própria.
Assim, tornou-se advogado, Deputado Federal, participou da fundação do Partido Republicano e foi eleito Presidente. Em seu início como político, sua tática era apenas observar e entender como funcionava a dinâmica da assembleia para saber como agir e atingir maiores vitórias.
No entanto, foi assassinado em 1865, enquanto assistia a uma peça de teatro.
Como grandes líderes são moldados por crises e desafios, Lincoln passou por adversidades desde a infância pobre até os episódios de depressão profunda.
Mas os grandes desafios enfrentados por ele durante seu governo foram a Guerra de Secessão e a aprovação da Proclamação de Emancipação.
Durante a guerra, ele precisava unir um país dividido, que estava em guerra civil, pois o Sul queria a secessão (separação) do Norte. E aliado a isso, a questão da escravidão era um problema emergente.
Por isso, coube a Lincoln liderar a nação rumo à paz e à unificação e articular no governo como garantir os direitos dos escravos, abolindo a escravidão. E tamanha transformação trouxe aprendizados como os que veremos agora.
Para viabilizar a assinatura da Emancipação, o Presidente enfrentou um longo caminho de obstáculos para conseguir a aprovação das suas ideias e declarar os escravos livres, o que foi um passo inicial para tornar a escravidão ilegal em 1865.
Então, para entender o que permitiu Lincoln saber que era a hora certa para implementar tamanha transformação e se daria certo, Doris aborda os seguintes tópicos:
Nascido em Nova York em 1858, Theodore Roosevelt viveu uma realidade oposta à de Lincoln. Filho de uma família rica, descendente de holandeses, Theodore estudou em Harvard e teve todo o apoio da família durante sua trajetória.
Como político, participou da Assembleia de Nova Iorque, foi Diretor do Departamento de Polícia e governador do estado, quando em 1900 ele foi eleito como Vice-Presidente ao lado de William McKinley.
Entretanto, o assassinato de McKinley, em 1901, fez com que Roosevelt assumisse a presidência e iniciasse seu período de 8 anos como 26° Presidente dos Estados Unidos.
Conhecido por seu pensamento progressista, Roosevelt alcançou diversas conquistas, entre elas um Prêmio Nobel da Paz, por ter intermediado um conflito entre Rússia e Japão. Ele faleceu após um ataque cardíaco em 1919.
O primeiro grande desafio de Theodore Roosevelt foi uma tragédia familiar, quando sua esposa contraiu uma grave doença, e sua mãe, que cuidava dela, também foi contaminada. Assim, Theodore precisou lidar com a perda das duas, que morreram no mesmo dia.
No campo político, assumiu a presidência em meio a um turbilhão causado pela já citada morte do presidente anterior e enfrentou a Greve do Carvão, onde a associação de mineradores entrou em greve em busca de melhores salários e condições de trabalho.
O maior problema era que o inverno se aproximava, e o carvão era o principal material necessário para aquecer as residências, o que necessitou de uma grande habilidade do Presidente como gerenciador de crises para resolver esse problema.
Todos os governantes passam por algum tipo de crise e, como já falamos, todos os Presidentes estudados neste livro foram moldados pelas grandes crises que enfrentaram, mas as histórias e aprendizados de gerenciamento de crises de Theodore Roosevelt se destacam nessa questão, principalmente na Greve do Carvão.
Agora vamos falar de outro Roosevelt muito importante para a história americana, Franklin Delano Roosevelt. Apesar do nome, Franklin e Theodore eram parentes distantes, primos de quinto grau, mas ambos deixaram valiosas lições de liderança para nós.
Membro de uma família rica, teve uma educação privilegiada, sendo formado em Harvard e na Universidade de Columbia. Quando tinha 25 anos, traçou um plano de 4 passos para que ele pudesse se tornar Presidente dos EUA.
E com apenas 31 anos, ele já havia cumprido os dois primeiros passos planejados. Havia sido Senador em Nova Iorque e, posteriormente, Secretário da Marinha.
Em 1928, ele alcançou o terceiro passo: ser governador de Nova Iorque. E isso o permitiu chegar ao topo do seu planejamento em 1932, se tornando o 32° Presidente dos Estados Unidos.
No entanto, em 1945, antes do fim da 2° Guerra e 3 meses antes de completar seu 4° mandato, Franklin Roosevelt faleceu em decorrência da sua saúde deteriorada, cumprindo 4 mandatos em 12 anos, sendo o Presidente que ocupou esse cargo por mais tempo.
Aos 39 anos, Franklin contraiu poliomielite, limitando seus movimentos e o confinando a uma cadeira de rodas. Esse foi um grande golpe para Roosevelt, que precisou de anos para poder se recuperar e seguir seu caminho na política.
Já no cargo de Presidente dos Estados Unidos, enfrentou dois momentos cruciais na história do país: a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial.
Quando foi eleito e assumiu seu cargo, Roosevelt precisou lidar com o desespero que estava instaurado no país. Já era o 4° ano da Grande Depressão e era preciso definir os planos de ação para sair deste "buraco" no qual os EUA se encontrava e ressuscitar a economia do país.
Logo depois da Grande Depressão, veio a Segunda Guerra Mundial, onde os EUA ingressaram em 1942, após o ataque japonês à Pearl Harbor. Nesse período, Roosevelt precisou enfrentar todas as consequências geradas por um conflito de escala mundial.
Com um governo que enfrentou 2 grandes crises, Roosevelt precisou desenvolver um estilo de liderança baseado na recuperação do país e, a partir do estudo das táticas, podemos destacar as citadas a seguir:
Conhecido popularmente como LBJ, Lyndon B. Johnson foi o 36° Presidente dos Estados Unidos, assumindo o cargo após a morte de John Kennedy.
Nascido em 1908, de família simples, LBJ formou-se na Universidade Estadual do Texas e na Universidade de Georgetown, trabalhava por conta própria enquanto estava na escola, onde desenvolveu diversas características como por exemplo, sua habilidade de persuasão.
Lyndon Johnson foi professor e ingressou na política em 1937 como membro da Câmara dos Representantes, que é o equivalente à Câmara dos Deputados aqui no Brasil. Posteriormente, elegeu-se senador e em 1961 assumiu a vice-presidência do Governo Kennedy.
Com a morte de Kennedy em 1963, LBJ assume a presidência, cargo que ocupou até 1969, deixando como maior realização a aprovação da Lei dos Direitos Civis.
Após o fim do seu mandato, Johnson se retirou para seu rancho e dedicou-se a escrever suas memórias e, com a saúde debilitada, faleceu em 1973, vítima de um ataque cardíaco.
Assim como Theodore Roosevelt, Lyndon Johnson também assumiu a presidência em um cenário conturbado, em que seu antecessor havia sido assassinado.
Dessa forma, Johnson estava ciente de que precisava dar prosseguimento ao governo, para que o país não parasse, sendo que um dos grandes desafios era aprovar a lei dos Direitos Civis, que estava estagnada no congresso há um longo tempo.
Essa lei era importantíssima, pois definia o fim da discriminação, seja ela por raça, cor, sexo ou origem nacional, nos Estados Unidos e enfrentava resistência por parte de algumas pessoas, enquanto tinha o apoio de pessoas como Martin Luther King.
Assim, com a assinatura da lei, Johnson conseguiu um dos marcos mais importantes na luta por direitos dos EUA, onde negros não eram mais obrigadas a sentar no fundo do ônibus e poderiam votar pela primeira vez.
A liderança visionária de Lyndon Johnson pôde ser aplicada desde sua posse, buscando suprir a ausência trágica de um líder no país, até a assinatura da Lei dos Direitos Civis.
Das características dele como um líder, podemos citar fatores que se destacam mais como os que vermos a seguir:
Um dos principais pontos destacados por Doris Kearns Goodwin no livro "Liderança em Tempos de Crise" para ser um grande líder é a resiliência. Em seu livro "Pense Simples", Gustavo Caetano também destaca esse ponto, que deve atuar em conjunto com o poder de adaptação e com a flexibilidade.
Patrick Lencioni, na sua obra "Os 5 Desafios das Equipes", traz o passo a passo para tornar sua equipe mais eficaz. E vendo os principais desafios, podemos traçar vários paralelos com a gestão de equipes feita pelos 4 presidentes.
No livro "As 48 Leis do Poder", Robert Greene diz que você deve saber com quem você está lidando, pois cada pessoa tem uma reação diferente. E isso é muito perceptível nas ações de Lincoln, Johnson e dos Roosevelts.
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