A Regra é Não Ter Regras - Reed Hastings, Erin Meyer

A Regra é Não Ter Regras - Reed Hastings e Erin Mayer

Aprenda aqui como a Netflix implementou a cultura da liberdade permitindo a inovação baseada em um ambiente de trabalho seguro e sem regras.

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O mundo tem passado por grandes mudanças nas últimas décadas, e isso vai desde as relações interpessoais até as relações comerciais. Com isso, as empresas também começaram a repensar sua forma de trabalhar e fazer negócios, e vemos essa transformação no livro “A Regra é Não Ter Regras”, de Reed Hastings.

Escrito pelo CEO da Netflix, o livro relata como foi todo o processo dessa gigante do entretenimento, desde o entendimento da necessidade de mudança até a implementação do que ele chama de “liberdade com responsabilidade”.

Este resumo da obra ensinará qual a importância de andar a favor das novas tecnologias, já que o maior risco a correr hoje em dia não é o de cometer erros, mas o de não inovar.

Quer saber como é possível inovar com liberdade? Então continue lendo esse resumo e se aprofunde mais na cultura da liberdade corporativa!

O livro “A Regra é Não Ter Regras”

O livro, que foi escrito pelo CEO da Netflix Reed Hastings, e comentado por Erin Meyer, conta tudo sobre como se formou a cultura e filosofia da empresa e o que se passa nos bastidores dessa corporação.

A obra contém 352 páginas e é dividida em três partes, nas quais o autor ensinará como foi possível melhorar sua companhia através da exclusão de regras.

Todo o conteúdo tratado é baseado nas experiências profissionais dos autores, que incluem suas passagens por empresas como a Blockbuster, Microsoft, Pure Software e a própria Netflix.

Quem são Reed Hastings e Erin Meyer?

Reed Hastings, começou no ramo empresarial em 1991 ao fundar a Pure Software, porém o grande auge de sua carreira foi ser cofundador da Netflix, com a intenção inicial de locação de filmes pelos correios.

Hastings, que se formou pela Faculdade de Stanford, ainda é conhecido por ser filantropo, ex-membro do Conselho Estadual de Educação da Califórnia e um grande defensor da educação.

Erin Meyer é especialista em negócios, escritora, professora no INSEAD Business School em Paris e desde 2020 é considerada autora de best-seller pelo The New York Times.

Por que ler “A Regra é Não Ter Regras”?

Essa obra é indicada para empresários, CEOs, empreendedores iniciantes ou qualquer pessoa do mundo dos negócios que queira conhecer uma cultura corporativa baseada na liberdade e confiança.

O livro também pode ser muito bem aproveitado por pessoas comuns interessadas em saber como funcionam empresas que não trabalham com regras ou regimentos.

Quais são os pontos principais de “A Regra é Não Ter Regras”?

  • Empresas baseadas na inovação precisam dar liberdade aos seus funcionários;
  • Não ter regras implica que todos estejam cientes dos processos e consequências;
  • Feedbacks são muitos importantes para o desempenho de todos os profissionais;
  • Os CEOs devem ser o maior exemplo na inserção de novas práticas na empresa;
  • A cultura corporativa deve ser adaptada às diversas culturas do mundo.

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[Resumo do Livro] A Regra É Não Ter Regras - Reed Hastings, PDF

Onde tudo começou

Reed Hastings inicia com um relato do dia em que procurou a Blockbuster para a proposta de um negócio, envolvendo a compra da Netflix pelo mesmo, tudo pensado para ir de encontro com a tendência de chegada da internet.

John Antioco, CEO da Blockbuster na época, recusou fortemente a proposta, entrando em 2010 em falência atropelado pela chegada das novas tecnologias.

Essa situação impulsionou Reed a colocar as suas próprias ideias em prática. E mais do que isso, o fez criar um negócio no qual as pessoas estariam acima dos processos, o que foi a chave do seu sucesso.

Hoje, a Netflix se tornou um serviço de streaming com mais de 200 milhões de assinantes em mais de 190 países, com a cultura de que a regra é não ter regras.

Como tudo isso aconteceu? É o que Reed vai ensinar.

Primeiros passos

Reed fundou sua empresa Pure Software em 1991, na qual tentou promover a liberdade e criatividade dos funcionários, aplicando regras apenas quando algo passasse dos limites. O resultado foi uma baixa adaptabilidade ao mercado e o fechamento da empresa em 1997.

Assim, o autor buscou levar para seu próximo empreendimento a verdadeira liberdade e inovação e não a prevenção de erros e construção de regimentos.

Para chegar a esse ponto, existem dois elementos iniciais a serem trabalhados:

  1. Desenvolver a densidade de talentos: trabalhar apenas com os funcionários mais preparados e demitir os demais;
  2. Estimular a sinceridade: aprofundar a cultura do feedback.

Com esses dois elementos seria possível finalmente reduzir o controle e começar a abolir certas regras em prol da liberdade com responsabilidade.

Como chegar à liberdade com responsabilidade?

Densidade de talento

Nesse ponto do livro “A Regra é Não Ter Regras” é ensinado a importância de ter um ambiente de trabalho baseado na excelência.

Com a crise que atingiu a empresa em 2001, foi necessário que Hastings demitisse muitos funcionários, o que o preocupou em relação à reação dos outros colaboradores.

Porém, após a demissão, Reed notou que as pessoas estavam cada vez mais produtivas e criativas. Foi quando percebeu que isso era propiciado pela densidade de talento, que agora estava maior, não por ter contratado mais talentos, mas por ter ficado apenas com os melhores.

Isso acontece porque pessoas de alto talento prosperam muito mais quando cercadas por outras de tamanha capacidade, ao serem contagiadas pela alegria de talento e colaboratividade, em contrapartida, apresentam desempenho inferior quando cercadas por outras com talento mediano.

A Cultura do Feedback

Reed Hastings ao iniciar uma tentativa de trazer sinceridade ao ambiente de trabalho, notou que isso também aumentava a densidade de talento de sua empresa.

Dar e receber feedbacks faz com que se aprenda mais rápido, se tornando mais eficaz, mesmo que a recepção humana às críticas negativas ainda seja baixa.

O segredo para isso é falar de maneira branda e calma, evidenciando que o funcionário ainda pertence aquele lugar e não será demitido por isso, demonstrando que é apenas uma ajuda.

Diretrizes dos 4As para o feedback

  1. Alvo a alcançar: explique qual será a melhora com aquele apontamento;
  2. Ação específica: cite qual pode ser a maneira de mudar;
  3. Agradecer: se receber uma crítica agradeça abertamente;
  4. Aceitar ou descartar: escolha quais mudanças realmente te beneficiarão.

Elimine os regimentos

Hoje não se pode mais medir eficiência pela quantidade de horas trabalhadas, mas sim pelos projetos que são realizados e a qualidade dos mesmos.

Comece a trazer liberdade aos seus funcionários eliminando as políticas de férias, apenas oriente verbalmente datas em que seria aconselhável não tirar ou a quantidade de pessoas por vez. Lembre-se de dar o exemplo tirando muitas férias por ano.

Essa prática faz com que os colaboradores escolham trabalhar da maneira que mais traz eficiência e possam descansar e voltar mais criativos e inovadores na época em que precisarem.

Após isso, elimine as burocracias de despesas e viagem. Isso fará com que os funcionários ajam em prol da sua marca, e passem a pensar com mais responsabilidade e confiança.

Quando ambas as políticas forem utilizadas de modo a tirar vantagem da companhia, demita os funcionários, isso ensinará aos demais o que não deve ser feito.

Técnicas para manter a cultura de liberdade com responsabilidade

Remuneração para reter talentos

Após ter explicado como inserir a liberdade na empresa, Reed Hastings se preocupa em salientar como fazer a manutenção saudável dessa prática.

De acordo com os autores, atentar-se ao salário é uma iniciativa necessária para manter os melhores talentos trabalhando por você.

Algumas vezes investir em um funcionário excepcional com um ótimo salário pode ser menos trabalhoso e mais eficiente do que investir em várias pessoas medianas com valor mediano na mesma ocupação.

O livro “A Regra é Não Ter Regras” aponta que oferecer bônus nunca é a melhor solução para a contratação. Ao oferecer um salário maior do que a média, sem bônus por meta, o funcionário se sente mais seguro e confortável com relação aos problemas domésticos e tem mais tempo para ser inovador no trabalho.

Ainda, invista tempo em saber qual o valor atual do seu funcionário no mercado, para manter o pagamento maior do que a média, para assim reter esse talento na sua equipe.

Tenha a divisão de cargos operacionais e criativos, para que possa remunerar os operacionais com a média e aos criativos com valores acima do mercado.

Não trabalhe com segredos

Algumas informações dentro de uma companhia podem ser altamente confidenciais, que quando vazadas causam grandes problemas. Porém, um bom gestor deve estar preparado para lidar com essas situações.

Manter um ambiente de trabalho totalmente transparente é sempre a melhor solução, e para que isso aconteça a iniciativa também deve ser do CEO, compartilhando de coisas pequenas a grandes.

Para iniciar a cultura de transparência, duas coisas são importantes:

  1. Tornar todos os aspectos financeiros acessíveis para as pessoas da empresa;
  2. Ensinar os colaboradores a ler e interpretar as informações contidas.

Garantir transparência na instituição faz com que os colaboradores tenham sentimento de dono e realizem suas ações e projetos com mais responsabilidade.

Além disso, os funcionários passam a realizar mais tarefas por conta própria, já que não há a necessidade de parar para pedir informações. Ainda, essa confiança depositada gera um sentimento de pertencimento e comprometimento.

Entretanto, de acordo com Reed, é importante estar preparado para caso as informações vazem saber tomar as devidas atitudes.

Possibilite mais liberdade

É relatado no livro “A Regra é Não Ter Regras” que, deixar a aprovação de projeto e decisões focadas em uma única pessoa limita a inovação e desacelera o crescimento.

Por isso, na Netflix, Reed aposta na tomada de decisões individuais, onde a proposta não precisa passar por um chefe.

Entretanto, para validá-la, quatro passos são necessários:

  1. Estimular o debate ou compartilhar a ideia: comente com as pessoas para ouvir diferentes pontos de vista;
  2. Testar o projeto: analise a exequibilidade e funcionalidade;
  3. Aposte (ou não) na execução do projeto: você é responsável por continuar ou não com a ideia;
  4. Comemore se funcionar, exponha o erro se der errado: caso não funcione, esteja pronto para explicar a todos em que foi que falhou.

Como chefe, esteja preparado para ver erros, acolher, ajudar a entender o que ocorreu no processo e incentivar a continuidade do trabalho.

[Vídeo] Workshop Inovação e Desing Thinking

Maximize a cultura da liberdade com responsabilidade

Teste de Retenção

De acordo com Reed Hastings, o primeiro passo para expandir essa liberdade é focar na densidade de talentos. Para isso é necessário que você esteja pronto para tomar decisões difíceis.

Fazer a sua equipe trabalhar como um time, com camaradagem, comprometimento e coesão é muito importante.

Assim, ficará mais fácil aplicar o teste de retenção, que consiste em:

  • Avaliar o desempenho de cada funcionário e refletir se você brigaria para mantê-lo na empresa;
  • Autoavaliar o seu desempenho no seu próprio cargo.

Esse capítulo do livro “A Regra é não Ter Regras” salienta que, se durante o teste de retenção você notar que é necessário demitir um dos colaboradores, este deve ter ouvido com clareza e regularidade como poderia melhorar antes de ser mandado embora.

Ainda, é importante não se apegar a taxa de rotatividade da empresa, já que garantir que a pessoa mais preparada ocupe o cargo correto custa menos do que a sua reposição.

Círculo de Feedback

Igualmente importante aos feedbacks contínuos é contar com uma ferramenta que estimule e expanda essa cultura à todos.

Reed Hastings cita o exemplo do método que usa, o “Feedback 360”, uma prática que começou por escrito, e convida a todos a deixar uma mensagem sobre qualquer membro da equipe anonimamente, ou não.

Hoje, o 360 é unanimemente nominal (de modo voluntário), e em muitas equipes acontece em reuniões faladas.

Esse método reforça a cultura da crítica e abre espaço para a criação de um diálogo sobre experiência e melhoria. Ainda, mostra que receber um feedback não é tão assustador e que acontece com todas as pessoas da empresa.

É imprescindível ter um moderador forte para evitar que exageros aconteçam.

Liderar com contexto ou com controle?

Levando em conta sua indústria e o seu objetivo é necessário decidir entre liderar com controle ou contexto.

Dessa forma, se o seu projeto busca reparar erros, lidere com controle, agora se ele se baseia em inovação invista no contexto.

Liderar dessa maneira incentiva ideias originais, de modo que, ao lhes explicar o cenário, eles se encontram livres para pensar fora da caixa e acertar, ou até mesmo errar.

Porém, se isso é o que você busca, invista não só no contexto, mas também no alinhamento.

Erin Meyer explica que uma equipe que tem o contexto claro e o propósito alinhado com o objetivo da companhia não tem espaço para divergências.

Expandindo a Cultura da Netflix

Não é possível transferir uma cultura corporativa específica para todos os lugares do mundo.

Assim, é necessário pensar em um modo de adaptação para que esse modelo de trabalho seja bem-sucedido.

Ter humildade e flexibilidade é muito importante nesse momento, para se manter aberto às mudanças necessárias.

Dessa forma, se você deseja aplicar o Teste de Retenção, é necessário se atentar às leis trabalhistas dos países.

Como também, o modelo de feedbacks precisa ser remodelado para atender outras culturas que não sejam tão familiarizadas com essa prática, ou não sejam tão abertas a críticas negativas.

Nesse sentido, o diálogo, o cuidado e a adaptabilidade são a chave para uma boa expansão internacional.

Livros sobre cultura corporativa

Em Inovação e Espírito Empreendedor, Peter Ferdinand Drucker defende a teoria de que criatividade e inovação não são atos de genialidade, mas uma busca e um planejamento que exige disciplina para seguir passos sistemáticos. Ele considera que para inovar é necessário ter disciplina para aplicar as técnicas certas.

Na obra Seja Disruptivo!, Jay Samit diz que ideias inovadoras têm o poder de transformar o mundo e causar disrupção no sistema. Para que você desencadeie um perfil disruptivo, é necessário que você planeje seus objetivos e seja suscetível a mudanças tanto internas quanto externas.

Em A História da Airbnb, a autora Leigh Gallagher cita os fundadores da empresa como exemplos de empreendedores, pois eles se encorajam a melhorar e inovar. E a postura dos três fundadores reflete no comportamento de todos os colaboradores da Airbnb, assim como cada empreendedor para sua empresa.

Como posso aplicar o conteúdo de “A Regra é Não Ter Regras”?

No decorrer dos capítulos da obra o autor instrui sobre técnicas de como iniciar a inserção da cultura corporativa sem regras na sua empresa.

É importante que você siga os passos na ordem indicada no resumo, já que, trabalhar nesse ambiente de liberdade requer uma preparação e uma atmosfera favorável, e pular alguns dos passos pode levar ao fracasso dessa empreitada.

[Planilha] Pesquisa de Clima Organizacional

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