Saiba mais sobre o framework que foi aplicado em empresas como Google, Amazon e Microsoft, no livro "SCRUM: A arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo", diretamente com um de seus criadores, o agile coach Jeff Sutherland.
Compartilhando histórias de sucesso do uso do Scrum nas mais variadas empresas e inclusive no ensino escolar e em organizações sem fins lucrativos de ajuda humanitária, Jeff Sutherland deixa claro o poder da estrutura em se adaptar e produzir impactos positivos para todos os envolvidos.
Inspire-se com a cultura ágil e veja os fundamentos do Scrum neste resumo!
A obra "SCRUM: A arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo", do original em inglês "Scrum: The Art of Doing Twice the Work in Half the Time", foi escrita pelo co-criador do framework, Jeff Sutherland, e publicada no Brasil em 2014, pela Editora Leya.
O Scrum é uma estrutura ágil, adaptável e autocorretiva que foi criada em 1993 para o desenvolvimento de softwares, visando superar as dificuldades e desvantagens do método então utilizado: o desenvolvimento em cascata.
Com o objetivo de levar a metodologia para os setores de negócios e revolucionar diferentes empresas, Jeff Sutherland indica nesse livro os conceitos necessários para a aplicação dessa abordagem.
Jeff Sutherland nasceu nos Estados Unidos, em 1941, e durante 11 anos seguiu a carreira militar, tendo se formado na Academia de West Point.
Após esse tempo, Jeff obteve seu doutorado em Biometria, Radiologia e Medicina Preventiva, na Faculdade de Medicina da Universidade do Colorado, onde trabalhou com coleta e análise de dados e desenvolvimento de sistemas.
Juntamente com Ken Schwaber, Jeff Sutherland criou o Scrum e foi também co-autor do Manifesto Ágil. Atualmente, é agile coach, CEO da Scrum Inc. e presidente da Scrum Foundation, dedicando-se a disseminação da estrutura.
O livro "SCRUM" é recomendado para gerentes de variados setores que desejam aderir ao Manifesto Ágil, buscando tornar suas empresas mais adaptáveis e seus projetos mais ágeis e continuamente aprimorados de acordo com as necessidades do cliente.
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O autor Jeff Sutherland inicia o livro "SCRUM: A arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo" mostrando como a falta de avanços tecnológicos no serviço de inteligência interna, realizado pelo FBI, fez com que os ataques terroristas de 11 de setembro não pudessem ser evitados.
Reconhecendo principalmente a dificuldade de acesso e falta de compartilhamento de informações, a agência buscou a modernização de seu sistema, iniciando um primeiro projeto de melhorias.
Após três anos, esse projeto foi cancelado por não funcionar e iniciou-se um segundo, chamado Sentinel, com a empresa Lockheed.
O planejamento do sistema foi apresentado fase a fase, utilizando o método em cascata, de forma detalhada e com datas definidas, seguindo um fluxo conhecido como diagrama de Gantt - uma ferramenta utilizada durante a 1ª Guerra Mundial.
No entanto, depois de anos de desenvolvimento e muitos recursos investidos, o sistema ainda estava longe de sua finalização. O grande número de defeitos que surgiam e a incapacidade de resolvê-los indicavam a necessidade de uma nova forma para abordar o projeto.
A abordagem Scrum envolve desenvolver projetos com resultados de elevada qualidade, em um curto período de tempo, com baixo custo e equipes menores.
O nome vem do rúgbi, e se refere a forma como a equipe avança a bola no jogo. Sendo assim, no Scrum a equipe trabalha em conjunto, estando alinhada e voltada para um objetivo claro.
A estrutura permite a identificação de potenciais aprimoramentos e mudanças por meio de análises regulares do desenvolvimento do projeto, do aprendizado adquirido pela equipe e pelo acompanhamento e contato com o cliente.
Assim, a ideia por trás do Scrum é um ciclo de "Inspeção e Adaptação", no qual revisões do que está sendo feito são realizadas com determinada frequência para verificar a necessidade daquela tarefa ou como melhorá-la, conforme indica o autor Jeff Sutherland.
Ao assumirem o projeto Sentinel internamente, o diretor-assistente da Divisão de Engenharia de Tecnologia da Informação, Jeff Johnson, e o CIO, Chad Fulgham, aplicaram o Scrum e iniciaram com a redução da equipe de desenvolvimento e com a priorização dos requisitos, identificando os itens de maior valor do sistema.
A equipe de desenvolvimento selecionava as tarefas de maior prioridade e se comprometia a entregá-las em pleno funcionamento ao final de um período determinado, chamado de Sprint. E, ao final de cada Sprint, os membros da equipe se perguntavam:
Com base nessa análise e na auto-organização dos times, Jeff Johnson e sua equipe foram capazes de concluir o projeto com êxito em 20 meses.
O autor Jeff Sutherland conta que na Força Aérea ele aprendeu que o controle de riscos envolve as etapas de observar, avaliar, decidir e agir.
Anos depois, durante uma de suas experiências profissionais, ele trabalhou próximo a Rodney Brooks, um dos fundadores de uma empresa de robótica, a iRobot, que criava robôs com capacidade de aprender as suas funções cada vez que eram ligados, seguindo uma série de regras e instruções simples.
Jeff conta que relembrou das quatro lições aprendidas em seu treinamento e imaginou equipes auto-organizáveis, que aprendessem e melhorassem seguindo apenas um conjunto de diretrizes claras.
Inspirado por essa ideia, ele deu continuidade em sua carreira em uma empresa chamada Easel, onde recebeu o desafio de desenvolver novos produtos em apenas seis meses.
Sabendo que não seria possível realizar tal projeto com base no modelo cascata, até em então utilizado, Jeff Sutherland e sua equipe, após muito estudo nas áreas de projetos e organização de equipes, desenvolveram o framework Scrum, baseando-se nas lições de que grandes empresas possuem:
Assim, o Scrum é a forma de colocar em prática os valores presentes no Manifesto Ágil, conforme diz o autor:
"Pessoas em vez de processos; produtos que realmente funcionem em vez de documentação dizendo como o produto deveria funcionar; trabalhar com os clientes em vez de negociar com eles; e responder às mudanças em vez de seguir um plano."
O Scrum possui como base algumas técnicas aplicadas na indústrias japonesas, como o ciclo PDCA, proposto por W. Edwards Deming e que revolucionou a Toyota:
Conforme afirma Jeff Sutherland, insistir em um método que visa ter tudo previamente planejado nos menores detalhes e funciona sob "comando e controle" simplesmente não funciona mais, apenas leva aos fracassos vivenciados por muitas empresas.
Por isso, o autor reforça: mude ou morra. Uma metodologia adaptável é necessária em mundo em constante mudança. Avaliar cada entrega do projeto com o cliente permite que a equipe esteja mais alinhada aos requisitos dele e que mudanças e melhorias sejam feitas com o objetivo de produzir realmente o que ele deseja e com a maior qualidade possível.
De acordo com o explicado no livro "SCRUM: A arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo", o conceito Shu Ha Ri, originado nas artes marciais, consiste em:
Jeff Sutherland relaciona isso com o Scrum, por ser uma estrutura que, aprendida na prática, passa a funcionar com fluidez e de forma natural.
O autor Jeff Sutherland ressalta a importância da priorização no Scrum, pois ao permitir o avanço de uma tarefa de cada vez, classificada de acordo com sua importância e valor agregado, o foco e a produtividade aumentam.
Para determinar o esforço necessário para realizar uma tarefa, é apresentado no livro o "Pôquer do Planejamento", um método rápido e simples que consiste em fornecer cartas numeradas a cada membro.
Então, conforme cada tarefa é revelada, os membros apresentam ao mesmo tempo uma carta com um número que indique o esforço necessário para sua realização.
Se cada membro apresentar um número diferente, mas próximo, realiza-se a média dos valores. Se a diferença entre as cartas for superior a 3, as pessoas que selecionaram as cartas de maior e menor valor explicam a razão de sua escolha e repete-se a rodada, visando diminuir essa diferença.
Outro princípio do framework é que devemos buscar fazer a coisa certa da primeira vez, mas que se algum erro aparecer, ele deve ser resolvido imediatamente.
No livro "SCRUM: A arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo" são apresentadas as funções de cada papel dentro do agile Scrum:
No framework Scrum não existe separação de cargos nos times. Cada equipe possui membros com as habilidades necessárias para projetar, construir e testar o produto, e que participam do processo de desenvolvimento do início ao fim.
Por esse motivo, as equipes devem ser multifuncionais, de forma que a diversidade de formações, pontos fortes e experiências de cada um seja complementar às características dos demais.
O mestre é alguém que possui domínio da estrutura Scrum, atuando como seu orientador e como um facilitador, cujo objetivo é ajudar a equipe a identificar e lidar com os obstáculos que surgem ao longo do projeto.
É ele também que, ao fim de cada Sprint, guia para as seguintes perguntas que possibilitam o aprimoramento contínuo do trabalho de todos:
O Dono do Produto (ou Product Owner) é a pessoa que está em contato com as partes interessadas, recebendo as opiniões e feedbacks dos clientes. Com essas informações, ele consegue transmitir à equipe a visão e as decisões relacionadas ao desenvolvimento e avanço do projeto a partir do ponto de vista do consumidor.
Também é necessário que ele esteja disponível para o time para explicar o que deve ser feito e por qual motivo, mas quem decide de que forma será feito é a equipe.
O Product Backlog é uma lista feita pelo Product Owner que contém todas as tarefas que são realizadas pelo time de desenvolvimento. Antes de cada Sprint, a equipe seleciona, no Product Backlog, os itens que irão produzir, formando então o Sprint Backlog.
Além disso, o Product Owner decide, juntamente com o time de desenvolvimento, o que significa o "fim" do trabalho, sua conclusão, conhecido no Scrum como Definição de Pronto.
Conforme o autor Jeff Sutherland esclarece no livro "SCRUM", as etapas organizam os objetivos do projeto e a divisão das tarefas. Saiba mais sobre elas:
Em "A Única Coisa", Gary Keller e Jay Papasan mostram como a priorização e o foco em uma atividade de cada vez aumentam sua performance e trazem resultados melhores.
Paulo Caroli, no livro "Lean Inception", explica que apresentar o Produto Mínimo Viável (MVP) é uma forma de verificar o interesse naquele projeto e validar as premissas construídas sobre ele. Assim, as melhorias podem ser desenvolvidas de forma rápida e barata.
E se você quer testar seu produto antes de entregá-lo aos clientes, para captar as percepções deles visando oportunidades de melhoria, com o livro "SPRINT" você construirá um em cinco dias.
Após entender os conceitos e as etapas do Scrum vistos ao longo desse resumo, veja algumas formas práticas de começar:
Se você deseja levar o Scrum para o seu local de trabalho, mas está encontrando resistência à adoção do mindset ágil, uma dica é mostrar os benefícios e vantagens, compartilhando cases de sucesso, e apresentar os resultados em escala piloto.
Está convencido a adotar o Scrum em seus projetos? Conte para nós nos comentários, sua opinião é muito importante!
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