Já parou para pensar no por que fazemos o que fazemos durante a nossa vida? Você acha que a sua situação está difícil e todos os dias aparecem diversos obstáculos intransponíveis?
Neste resumo do livro "Em Busca de Sentido", falaremos sobre o sentido da vida, além do significado que damos para os sofrimentos e conflitos que serão discorridos em uma narrativa de análise existencial de um psicólogo em um campo de concentração na Alemanha nazista, Viktor Frankl.
Quer saber mais? Continue lendo esse resumo e entenda melhor melhor como esse autor pode te surpreender e te motivar a superar qualquer situação, por mais difícil que pareça ser!
O livro "Em Busca de Sentido" possui 107 páginas e foi escrito em apenas nove dias no ano de 1945 e publicado em 1946. O autor Viktor Frankl relata três anos de experiência como prisioneiro em 4 campos de concentração pelos quais passou.
A obra é dividida em duas partes principais: "Em Busca de Sentido" e "Conceitos Fundamentais da Logoterapia".
A primeira parte é composta por vários subcapítulos com relatos do autor sobre as atitudes que o mantiveram vivo durante o Holocausto, após a retirada de todas as suas ambições para continuar lutando pela vida.
Na segunda parte, é feita a explicação dos conceitos da "Terceira Escola Vienense de Psicoterapia", após a primeira escola que é a de psicanálise de Sigmund Freud, e a segunda de Alfred Adler, o fundador da psicologia de desenvolvimento individual. No fim, há uma terceira parte que aborda um resumo de uma palestra conferida pelo autor.
Viktor Frankl foi um renomado professor austríaco de neurologia e psiquiatria, além de ser o fundador da Logoterapia. Proveniente de uma família judaica e extremamente religiosa, atuou por muitos anos como psiquiatra no hospital público Steinhof na cidade de Viena, na Áustria.
Além disso, ele é adepto da filosofia de liberdade de escolha e de um futuro indeterminado. Dentre os vários livros e artigos publicados pelo autor, "Em Busca de Sentido" é a obra mais conhecida, e também é uma fonte de inspiração para diversas teses de doutorados e pesquisa em Medicina, Filosofia e Psicologia.
Outros livros de Viktor Frankl famosos são "A Vontade de Sentido: Fundamentos e Aplicações da Logoterapia", "Sobre o Sentido da Vida" e "Um sentido para a vida: Psicoterapia e Humanismo".
Além dos pesquisadores e estudiosos da área médica, da psicologia e do direito que terão um material objetivo e com exemplos claros de situações de violação dos direitos humanos, o livro é indicado para todos aqueles que têm o propósito de buscar significado em sua vida, ou por quem está passando por dificuldades em tomar atitudes frente às adversidades.
É aconselhado também cautela com as experiências retratadas na primeira parte do livro sobre os relatos de violência ocorridos dentro do campo de concentração.
Está sem tempo para ler agora? Então faça o download gratuito do PDF e leia onde e quando quiser:
Viktor Frankl conta em seu livro várias experiências vividas ou presenciadas por ele durante o período em que passou em campos de concentração, nos quais as pessoas eram desumanizadas e passavam a ser identificadas por números. Esses números eram tatuados em seus corpos e em retalhos de suas roupas.
Frequentemente, esses números eram anotados pelos oficiais nazistas, o que poderia significar o preenchimento de uma denúncia, por "preguiça", por exemplo. Isso acabaria ocasionando a transferência do preso à Auschwitz para um provável extermínio.
A morte era algo comum naquele meio, se apresentando de diversas formas: seja passando fome até morrerem de inanição, seja nas câmaras de gás, nas torturas de médicos e soldados, ou pelo desgaste físico intenso após tanto tempo de maus tratos e trabalhos forçados.
A luta incessante pela sobrevivência levava os prisioneiros dos campos de concentração a tomarem atitudes extremas. Sendo assim, a sobrevivência por muitas vezes não passava por questionamentos com reflexões abstratas e morais sobre a vida ou as atitudes que teriam que tomar, mas era instintiva e automática.
O autor observou em seus relatos que a vida é preservada por atitudes singulares, sejam elas feitas pelo próprio indivíduo, que fugia do campo de concentração, ou por causas determinantes do ambiente, como realocação para um lugar melhor. Essas são, respectivamente, a seleção ativa e a passiva dos sobreviventes.
A estação ferroviária de Auschwitz
Imagine o choque psicológico ao adentrar em um trem lotado levando mais de 1500 pessoas, sabendo para onde ele os levaria. O apito estridente da locomotiva aumentava ainda mais a ansiedade do imaginário aterrorizado pelas câmaras de gás, os fornos crematórios e as terríveis execuções em massa.
No caminho para Auschwitz, e pelos campos em que o autor Viktor E. Frankl passou, o cenário era repleto de arame farpado ligado à alta tensão nos muros e nas cercas, várias torres de vigia com guardas armados, além de refletores e de vários prisioneiros em farrapos, acinzentados pela sujeira e pela neve.
Com o tempo, encarar o horror dessa situação se tornou algo indiferente aos tão sofridos prisioneiros.
Em uma fila composta por homens e outra por mulheres, a primeira seleção ocorreu entre os doentes e os que poderiam continuar a trabalhar. Assim, quando chegaram ao campo de concentração, os prisioneiros eram completamente depilados, tinham sua cabeça raspada e eram chamados de reclusos. Além disso, eles tinham todos os seus pertences recolhidos.
Após o recolhimento das posses pessoais, que são parte da história e memória individual, eles ficavam completamente nus. Entre os berros dos torturados, Frankl estava ali, sem ter o controle da situação.
Viktor Frankl descreve a sua curiosidade a respeito do humor mórbido, a maneira que muitos encontravam para lidar com as situações vividas. As piadas se misturavam ao cenário caótico e refletiam as dores de quem lá estava. Por exemplo, o método mais comum de suicídio entre eles era "entrar no fio", piada comum entre esses homens com uma baixa expectativa de vida.
Logo nos primeiros dias de sua estadia, era feita a seleção que se esperava do prisioneiro visando uma demonstração de boa saúde e disposição para realizar os trabalhos no campo de concentração.
Os sentimentos eram diversos. Além da apatia, a saudade dos familiares, o nojo, a revolta e a dessensibilização se manifestavam em todos.
O autor conta em uma cena de "Em Busca de Sentido" que, ao carregarem o corpo de um prisioneiro que não resistiu, ele viu a indiferença com a qual o corpo foi rolado para uma vala e os bens do falecido foram apropriados por outras pessoas.
Lá, até as crianças eram alvos de golpes de cassetete por correções arbitrárias da Schutzstaffel (SS) por indisciplina. Em meio aquilo, não era possível oferecer ajuda a quem precisasse. Os Capos, prisioneiros com privilégios e por vezes mais violentos que os militares nazistas, agiam com violência e reprimiam esses sentimentos de cooperação entre os reclusos.
A fome era um problema constante no campo de concentração e a dor de qualquer pesadelo era menor que a realidade por eles enfrentada. Ao serem constantemente privados de várias necessidades para sobreviver, os sonhos eram basicamente compostos por seus pratos favoritos, pães, bolos e tortas.
A extrema subnutrição ocasionava o chamado "onanismo estomacal", que eram as conversas constantes sobre comida. Os reclusos recebiam uma sopa muito aguada e uma pequena porção de pão. A provisão desses alimentos era o que estava entre a vida e a morte deles.
Além do retraimento dos sentimentos, o distanciamento dos reclusos das questões intelectuais e culturais também era evidente. Entretanto, todos eles discutiam, compartilhavam e se interessavam sobre qualquer resquício de informação política. O único assunto que passava por todas as conversas sussurradas era a respeito da situação do governo e dos militares.
Com o tempo e com o cansaço, as pessoas nem conseguiam mais formar palavras e pronunciá-las sem alguma confusão mental e então, resignavam-se a ficar em silêncio. Aquelas pessoas que eram habituadas com atividades intelectuais e culturais se refugiaram em seus corações e mentes, onde eram livres e repletos de riqueza.
Diante de tantas dores, a força do amor recuperou a fé humana. Viktor Frankl encontrou na imagem de sua mulher a paz e a calma que lhe eram necessárias para suportar aquele momento em que era submetido às tempestades de neve e frio.
Mesmo sem saber seu paradeiro, o conforto que encontrou em pensar nela o fez perceber que o mais importante é o sentimento e não a confirmação de sua existência física naquele instante. Ao longo dos dias, esses pensamentos contemplativos passaram a refletir sua visão sobre as coisas belas em que poderia se amparar. Viajando de trem para outro campo de concentração avistou uma belíssima paisagem na qual assemelhava-se às aquarelas de Dürer, e pensou consigo: "O mundo poderia ser tão belo!".
No campo de concentração havia um teatro improvisado para os prisioneiros. A arte era feita de forma singela pelos reclusos, mas também era um momento de alívio para rir ou chorar durante o almoço, quando comiam uma sopa rala com algumas poucas ervilhas.
O autor relata que, ao ouvir o canto de outro recluso, como forma de autopreservação, ele mesmo pensava em piadas.
Em uma das cenas do livro "Em Busca de Sentido", um dos oficiais pediu para que os reclusos formassem uma fila e, através de uma seleção arbitrária, decidiu quem iria naquele dia ser enviado para o trabalho noturno, o que na manhã seguinte provou ter significado a morte de todos os trabalhadores.
Essas situações desesperadoras eram constantes. Quando foi novamente realocado para outro campo de concentração, Viktor pensou que estaria sendo levado para a câmara de gás e fez seu amigo, Otto, que estava no quarto, prometer que se lembraria de seu juramento para sua esposa. Seu amigo deveria dizer a ela que Frankl nunca amou tanto uma mulher quanto ela.
Após esse momento, ele foi transferido e não teve mais contato com Otto e se pergunta até hoje onde ele estará e o que lhe aconteceu.
Você deve estar se perguntando, porque não fugir? Afinal, a situação era inconcebível.
No início do dia, foi dado um aviso de que o campo em que Viktor Frankl estava deveria ser evacuado com todos os prisioneiros, médicos e enfermos. Logo, ao anoitecer, um médico representante da Cruz Vermelha surgiu e disse que alguns seriam levados para um campo central e que dentro de 48 horas, todos seriam levados para a Suíça a salvo como prisioneiros de guerra.
Uma nova esperança apareceu em seu coração, porque ele finalmente deixaria o campo de concentração. Contudo, logo após subirem no caminhão, a frente de combate atirou em todos os médicos e ateou fogo nos ex-pacientes que foram carbonizados em um campo de concentração próximo de onde eles estavam.
A apatia era provocada por muitas fontes, como a privação de sono, a fome consistente, a precária higiene e as pulgas parasitas que se instalavam em seus dormitórios e peles. Distantes do que o autor chama de "tóxicos da civilização" como o café e a nicotina, os dias passavam em um ambiente que abalava todos os reclusos.
No campo de concentração, a única alternativa em que os reclusos se agarravam era a liberdade. Mesmo privados da liberdade exterior, a interior era fundamental. De acordo com o livro "Em Busca de Sentido", Frankl defende que não é pela salvação que a vida vale a pena, mas sim em dar sentido para o que eles estão passando. Sendo assim, uma vida digna de ser vivida é aquela em que há uma configuração de sentido para os sofrimentos, refletida na primeira alternativa e também em seu lema da logoterapia.
Leia abaixo e reflita sobre qual afirmação é a do autor e qual é a de seus companheiros de confinamento:
A percepção do tempo também foi afetada. Segundo o autor, eles possuíam uma existência condicionada pelos militares e sem prazos para a libertação.
As fantasias com o momento em que iriam sair daquele lugar despertavam fortes emoções. A ideia de não entregar-se ao destino era recorrente devido ao agravamento da situação de alimentação, epidemias, trabalho e clima. Eles tinham que manter os pensamentos positivos para manter as esperanças.
Um exemplo de alguém que entregou os pontos era notado quando esse fumava os cigarros que eram utilizados como moeda de troca por algum alimento. Sabia-se então que o sujeito iria provavelmente morrer dentro de 48 horas.
Viktor Frankl também relata como a coragem de suportar aquele sofrer, saber que alguém o espera fora dos campos e uma palavra certa na hora certa faziam a diferença entre alguém "entrar no fio" ou continuar resistindo.
A concepção de um recém liberto é a de que tudo não parece ser real. Um grande alívio surge e a consciência de que os seus pedidos feitos ao Senhor foram ouvidos.
A mente se torna um turbilhão de questionamentos como: "Onde está minha família?", "Será que terei novamente a alegria de viver?", "Irei achar graça nas coisas simples?", "Quais serão as sequelas deixadas por esse fenômeno de pressão psicológica absurda a qual eles foram submetidos?".
Entretanto, algo que não passava pela cabeça deles era a amargura e a decepção em saber que seus parentes e amores estavam mortos e que nenhuma felicidade na Terra seria suficiente para anular ou compensar todo o sofrimento passado por eles.
A logoterapia é uma doutrina terapêutica que visa aprimorar os sentidos do paciente e fala sobre:
Dentre esses sentidos citados acima estão as neuroses noogênicas, que são a união dos problemas existenciais, como a preocupação com as angústias da vida e saber se ela vale ou não ser vivida.
Sendo assim, a função do psicoterapeuta é auxiliar nesses conflitos para conduzir o desenvolvimento e crescimento pessoal, como uma forma de aliviar essas tensões interiores e despolarizar os sentidos.
Nessa parte do livro "Em Busca de Sentido", somos convidados a refletir sobre o que seria de fato o real sentido da vida.
Ele se difere de uma pessoa para outra, porque cada um possui uma missão ou vocação e a busca por responsabilidade está na essência humana.
As responsabilidades estão nos princípios conceituais da logoterapia, que busca ampliar os horizontes e expandir os conhecimentos sobre a existência do ser humano. Dessa maneira, quanto mais a pessoa dedica-se a algo e esquece-se de si, ela estará se aproximando da auto-transcendência.
Essas são as ações da Logoterapia:
"Amor é a única maneira de captar outro ser humano no íntimo da sua personalidade."
Segundo o autor Viktor Frankl, a pessoa que ama a outra verdadeiramente a capacita para alcançar seus objetivos e sucessos na vida.
Logo, o sentido do sofrimento deve ser visto como uma conquista humana. Vencer o coronavírus, o câncer e outras doenças está desafiando nossa existência e nesse instante, o sentido de sacrifício prevalece às causas psicológicas, biológicas e políticas.
A Logoterapia visa desenvolver nossa conscientização das responsabilidades essenciais que são as nossas atitudes. Sendo assim, o paciente é questionado acerca de quais atitudes ele tomará e como definirá quais chances vai aproveitar e quais vai recusar.
Através dessa abordagem, aprende-se também que não há como apagar o passado, mas o futuro é e deve ser construído a todo minuto. Portanto, guarde suas memórias, suas histórias e tenha gratidão pelas experiências que você tem. Abrace a esperança em relação ao futuro e aceite a realidade que não pode mudar!
A logoterapia baseia sua técnica na "intenção paradoxal" que é a consequente reprodução do que temos medo.
Ela é efetiva em vários casos como os distúrbios de sono, medo da insônia e dores de cabeça constantes ou "enxaquecas". Além, é claro, da auto-transcendência que visa manter a liberdade individual de processamento de ideias e conservação da dignidade do paciente.
Este capítulo do livro "Em Busca de Sentido" retrata uma palestra em que o autor Viktor Frankl apresentou no III Congresso Mundial de Logoterapia.
O conceito da tríade de otimismo trágico:
O livro termina com o autor salientando que a resposta à mudança de sua realidade será feita somente por você, ninguém tem o poder de decidir como você irá reagir e, portanto, somente você pode tomar uma atitude e escolher superar e ser feliz!
No livro, "Ikigai: Os cinco passos para encontrar o seu propósito de vida", do autor Ken Mogi, você pode conhecer um pouco mais sobre a cultura da felicidade japonesa e em cinco passos encontrar um propósito de vida, essencial a partir do olhar de Viktor E. Frankl.
Já a obra "A Segunda Montanha", do autor canadense David Brooks, trata da filosofia de significados e compromissos para uma busca de sentido da vida. Ele fala sobre uma jornada moral centrada em alguns aspectos como sua vocação, o casamento, a fé e a comunidade.
Além desses livros, podemos também indicar a "Autobiografia: Minha Vida e Minhas Experiências com a Verdade", de Mohandas Gandhi. Ele é uma inspiração sobre ética e filosofia de vida, apelidado de "Mahatma" que significa grandeza de alma, ele trouxe o ativismo da paz. Você também poderá aprender mais sobre determinação, liderança e motivação.
Após essa leitura intensa, temos algumas ações que podem ser tomadas a partir de agora para melhorar nossa qualidade de vida:
Após essa história incrível, você está sentindo o sopro da vida mais leve? Então decida agora, faça o seu hoje melhor que o seu ontem e espere que o amanhã chegue antes de ansiar por ele!
Para adquirir a versão completa deste livro e para mais informações, clique na imagem abaixo para o site de compras com a versão integral: