Aprenda nesse resumo do livro "The Art of Learning" como cultivar versatilidade para que você consiga aprender habilidades completamente novas sempre que precisar.
Quando criança e adolescente, Josh Waitzkin foi campeão e celebridade do xadrez, tanto que chegou a ser tema do filme "À Procura de Bobby Fischer" (1993). Aos 21 anos, ele passou para o mundo das artes marciais, mais precisamente o Tai Chi Chuan, e também se sagrou campeão em competições da modalidade.
Mas qual seria o segredo para alguém conseguir se destacar tanto em xadrez quanto em artes marciais?
Para o autor, isso envolve a arte do aprendizado. E, para nossa sorte, o enxadrista que virou lutador de artes marciais decidiu dividir as bases dessa sua arte conosco.
Ao longo de 20 capítulos, o autor divide seus segredos acerca da arte de aprender através da narração de sua própria história e experiência de vida com o xadrez e as artes marciais. Bacana, não é?
Oito vezes campeão nacional de xadrez quando mais novo, Josh Waitzkin é porta-voz do seu próprio programa de xadrez de computador. Ele também é campeão de artes marciais e foi da experiência em ambas áreas que nasceu a obra.
Josh é presidente da JW Foundation, uma organização educacional sem fins lucrativos.
Para o profissional que deseja ser flexível e aplicar a arte de aprender em diferentes áreas. A obra também é útil para os educadores e os pais que desejam sair-se bem no ensinar.
Está sem tempo para ler agora? Então faça o download gratuito do PDF e leia onde e quando quiser:
Quando criança, sempre que Josh cometia um erro fundamental, Bruce Pandolfini, o seu treinador de xadrez, citava o princípio que ele havia violado.
Se Josh se recusasse a mexer no jogo, o treinador tirava vantagem do erro do aluno até ele mudar de posição. Com o passar do tempo, Bruce ganhou o respeito de Josh, conforme o menino via que as ideias do professor estavam certas.
Josh era uma criança impetuosa, que havia sido estimulada a expressar suas opiniões e a refletir sobre as ideias dos outros, sem seguir cegamente as autoridades.
Para o autor, a abordagem de Bruce se encaixou com ele, pois o treinador não se portava como alguém onisciente e se colocava mais como um guia do que como uma autoridade.
Quando havia uma discordância, Bruce não dava um sermão: em vez disso, professor e aluno conversavam. Ele desacelerava Josh ao fazer perguntas e sempre que o menino tomava uma decisão, boa ou má, o treinador pedia que ele explicasse o seu processo de pensamento. Tudo isso sem mimar o aluno.
Após uma sequência de vitórias, o Josh de 8 anos deixou escapar o seu primeiro título nacional. Mas isso gerou uma importante lição: confiança é algo crítico para um competidor, mas o excesso de confiança é prejudicial.
Depois da amarga derrota, ele foi pescar com seus pais. Do mar, local ao qual o autor ainda recorre para pôr as coisas em perspectiva, ele voltava cheio de novas ideias e com um estoque de energia e determinação.
A vida náutica lhe ensina importantes lições como:
Josh era uma criança em transição que carecia de ajuda.
Ao ver que análises mecânicas do xadrez não eram o que o garoto precisava, o treinador tornou os treinos mais divertidos com partidas de xadrez rápido e pausas para jogar bola. O menino também voltou a brincar no parque com os velhos amigos.
Uma vez que Josh voltou a se divertir com o xadrez, eles retornaram a um trabalho mais analítico e técnico do jogo. Foi aí que o menino respondeu à sua mágoa com trabalho duro.
"Eu cheguei a um compromisso com o xadrez que era sobre algo muito maior do que diversão e glória. Era sobre amor, dor, paixão e me impulsionar para superar", revela o autor.
Elas podem ser mais valiosas que as vitórias. Quem tem uma atitude saudável em frente à vida e consegue extrair sabedoria tanto das experiências boas quanto das ruins, chega lá na frente e é mais feliz ao longo do caminho.
O autor descreve a tarefa de manter essa perspectiva enquanto lida e sofre com problemas como o maior obstáculo e, ao mesmo tempo, como a base da arte de aprender.
Aos 10 anos, Josh passou a disputar também torneios adultos de xadrez. Algo que ele aprendeu foi que os bons competidores crescem ao nível dos adversários: a experiência o fortaleceu, o transformou em um jogador sempre de olho nas falhas a serem melhoradas e lhe trouxe confiança.
Josh ensina a recuperar presença e clareza de mente após cometer um erro grave. Mudanças na vantagem psicológica ditam vitórias e derrotas.
Assim, para não perder o momento, deve-se domar a onda psicológica enquanto ela está por perto e voltar a estar presente mentalmente quando a clareza de mente começar a ser arrasada.
Algo crítico para desempenhar uma atividade em alto nível, é o grau de harmonia entre a relação com aquilo que se busca e a disposição singular da pessoa.
Quando for inevitável testar novas ideias e liberar o conhecimento atual para assimilar novos, é crucial que as novas informações sejam integradas sem violar quem você é.
Busque o equilíbrio ao focar-se. Manter-se sempre focado dando tudo de si, faz com que sua mente não aguente mais a pressão, gerando uma crise emocional.
Josh define a tendência dos competidores se esgotarem entre as rodadas dos torneios como autodestrutiva. Para ele, a habilidade de recuperar-se é crucial.
O ser humano é condicionado a ficar tenso e resistir à força hostil ou externa. Assim, era preciso aprender uma resposta fisiológica à agressão inteiramente nova. Ele teve que desaprender o seu paradigma físico vigente, antes de aprender os mecanismos corporais da não-resistência.
"The Art of Learning" cita a distinção feita pela pesquisadora da psicologia do desenvolvimento, Carol S. Dweck, entre 2 tipos de teoria da inteligência ou 2 abordagens de ensino: a da entidade e a incremental.
Envolve aqueles que foram influenciados por seus pais e professores a pensarem deste modo. Tendem a dizer: "Sou bom nisso" e creditam o seu sucesso ou fracasso a um nível enraizado e inalterável de habilidade.
Sua inteligência e habilidade são vistas como uma entidade fixa que não pode evoluir. Em frente aos desafios, eles são mais propensos a desistir.
Os integrantes deste grupo costumam dizer "Eu consegui porque trabalhei muito duro" ou "Eu deveria ter tentado mais". Eles tendem a notar que com trabalho duro mesmo os conteúdos difíceis podem ser compreendidos.
A ideia é que passo a passo, incrementalmente, o iniciante pode se tornar o mestre. Em frente aos desafios, são mais propensos a crescer ao nível do que é proposto.
A "entrada" de uma pessoa em um desses grupos se dá na infância. Uma criança começa na teoria da entidade ao ouvir que uma disciplina é a sua praia e que uma outra não é.
Já para entrar no grupo da teoria incremental, ao não ir tão bem em determinada matéria, a criança deve ouvir de um adulto o que precisa fazer para melhorar.
Essas teorias influenciam muito o futuro de um pequeno:
"A chave para buscar excelência é adotar um processo orgânico e de longo prazo de aprendizagem e não viver em uma concha de estática e mediocridade. Geralmente, o crescimento vem ao custo do conforto e da segurança prévios", explica Josh Waitzkin.
Waitzkin cita o treino de performance, que envolve primeiro aprender a fluir independente do que aparecer, e depois a usar essas coisas que aparecem no caminho a seu favor.
Então, aprende-se a ser completamente auto-suficiente e a criar os seus próprios eventos inesperados para alimentar o processo mental com inspirações explosivas, sem precisar de estímulos externos.
A pessoa está concentrada em uma tarefa até que algo ocorre e interrompe isso, como a chegada de alguém ou um acidente de trânsito. Se ela fica tensa e o seu corpo todo luta para combater a distração, seu estado é de hard zone. Na hard zone, é preciso a cooperação do mundo ao redor para que a pessoa funcione.
Já a soft zone é como uma folha de relva flexível, que se move e sobrevive aos ventos de um furacão. A pessoa não sucumbe às forças externas; a solução é interna.
A soft zone não baseia o sucesso em um mundo submisso ou em forças dominadoras, mas em uma preparação inteligente e no cultivo da resiliência.
Quando criança, Josh sofreu com distrações na forma de sons e músicas.
"Quanto mais eu tentava bloquear a distração, mais alto ela ficava na minha mente", conta Josh Waitzkin.
Até que, ao disputar um torneio, viu que podia dançar conforme a batida - os seus cálculos começaram a se mover com o ritmo da canção e ele teve um jogo inspirado.
Foi aí que o autor percebeu que se não podia fazer com que o mundo ficasse quieto, deveria fazer as pazes com o barulho. Ele decidiu treinar para ter uma concentração mais resiliente.
Como? Algumas vezes por semana enquanto estudava xadrez, ele colocava música alta; às vezes música que gostava, em outras canções que não curtia. Josh Waitzkin também passou a jogar xadrez rápido perto de fumaça, algo que odiava.
Em frente a adversários que trapaceavam para ter vantagem no jogo, Josh Waitzkin viu que tinha que lidar com as suas emoções. Como ao ficar bravo, ele saía do jogo, a alternativa era tentar manter-se lúcido.
O problema é que um de seus rivais o pressionava até a fúria total, levando o menino à autodestruição. Ele concluiu que a solução para casos como esse não é negar as emoções, mas aprender a tirar vantagem delas.
No lugar de sufocar-se, a solução é canalizar o humor para um foco elevado, algo que o autor só aprendeu como fazer após anos nas artes marciais, em que os rivais também tentavam trapacear.
Josh tem trabalhado a vida toda nessa questão. Para ele, a resiliência mental é o traço mais crítico para performar com excelência, que deve ser cultivado continuamente.
Ele tenta transformar uma dor em um sentimento que não seja necessariamente negativo e procura os desafios em vez de evitá-los.
Josh cita 3 passos cruciais à relação evolutiva com as situações caóticas que deve-se ter ao desempenhar uma atividade:
Em "Como Sair do Labirinto" Spencer Johnson te mostra como vencer os labirintos que te impedem de alcançar objetivos maiores, entendendo seus erros e o que te levou a eles. Para isso, você verá como livrar-se do medo de olhar para trás, compreendendo suas falhas para ir adiante.
Já em sua obra, "Foco", Daniel Goleman também aborda a importância de praticar a atenção resiliente diante de um mundo com cada vez mais distrações. A perfeição na execução de uma tarefa depende da sua capacidade de focar, que pode e deve ser usada e exercitada.
Por fim, no livro "Faça Tempo", os autores Jake Knapp e John Zeratsky nos apresentam os 4 passos que devem ser seguidos diariamente para arrumar tempo para fazer o que é realmente importante. Esses passos são: destaque, foco, energia e reflexão.
Só com o resumo já deu para - com o perdão da redundância - aprender muito sobre a arte de aprender, não é mesmo? Mas para mergulhar mesmo nisso, vale a pena comprar o livro completo, que você pode adquirir ao clicar na imagem a seguir: