A Meta - Eliyahu M. Goldratt e Jeff Cox

A Meta - Eliyahu M. Goldratt e Jeff Cox

Aprenda um dos métodos mais bem sucedidos para implantação de um processo de melhoria contínua, além de recuperar a lucratividade e a credibilidade.

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O que você faria se tivesse apenas três meses para recuperar a lucratividade e a credibilidade de uma fábrica mergulhada em desorganização e ineficiência?

Aprenda neste resumo do livro “A Meta” um dos métodos mais bem sucedidos para implantação de um processo de melhoria contínua.

Você está diante de um grande problema e não tem nem ideia de por onde começar a atacá-lo. O que fazer?

Tudo está aparentemente normal, entretanto o resultado esperado simplesmente não acontece. Por quê?

Está faltando alguma etapa prévia para que as coisas funcionem?

Em “A Meta”, você vai descobrir uma nova forma de entender essas questões para chegar ao resultado desejado.

O livro “A Meta”

“A Meta” foi publicada originalmente em 1984, com o título “The Goal: A Process of Ongoing Improvement”, e segue recebendo reedições até hoje, dada a atualidade da abordagem.

Ao longo dos anos, tem sido adotada para estudo em muitos cursos da área de administração, além de ser muito procurada por profissionais do mercado. A obra contabiliza mais de 2 milhões de exemplares vendidos, com tradução para quase 30 idiomas.

Escrito em forma de romance, os personagens e as tramas servem como pano de fundo para a apresentação da Teoria das Restrições (Theory of Constraints – TOC), uma importante referência em gestão e programas de melhoria contínua. A propósito, Eliyahu Goldratt é o principal criador e divulgador da TOC.

Quem são Eliyahu M. Goldratt e Jeff Cox?

Eliyahu Moshe Goldratt (1931-2011), israelense, foi físico e consultor de administração. Como já dito, Goldratt é o principal criador da Teoria das Restrições.

Escreveu vários livros sobre logística, planejamento estratégico, gestão de projetos, contabilidade, finanças, tecnologia da informação, marketing e outros temas. Sua escrita adota o estilo de narrativa romanceada, sempre fugindo do formato dos manuais essencialmente técnicos.

Jeff Cox é escritor, considerado um mestre na arte de transmitir conceitos de negócios por meio de histórias. É coautor de diversos títulos que se tornaram best-sellers na área.

Além da literatura de negócios, Cox também se dedica à escrita de romances de sua própria autoria.

Por que ler “A Meta”?

A leitura dessa obra é indicada para líderes que precisam ou pretendem lidar com gestão de negócios.

Quais são os pontos principais de “A Meta”?

Conforme ressaltado, “A Meta” utiliza-se de uma história fictícia, que bem poderia ser real. Trata-se do desafio imposto a um gerente para tornar produtiva a unidade fabril pela qual é responsável, sob o risco de vê-la fechada em três meses.

Em meio a dramas pessoais e profissionais vividos pelo protagonista da trama, o livro passa ao leitor algumas importantes ideias. Por exemplo:

  • Produtividade diz respeito a todo esforço realizado no sentido de aproximar a empresa de sua meta;
  • A meta de uma empresa é, em última análise, ganhar dinheiro;
  • Para atingir sua meta, isto é, para ganhar dinheiro, a empresa deve promover o equilíbrio entre ganhos, inventário e custo operacional;
  • Essas três medidas representam também uma nova forma de entender a contabilidade da empresa;
  • Para promover o equilíbrio entre as três medidas essenciais, é preciso entender e adequar processos;
  • Por sua vez, a adequação de processos exige do gestor um exercício de raciocínio lógico, que começa com o diagnóstico das mudanças necessárias;
  • Um bom ponto de partida para o diagnóstico é a identificação de gargalos, isto é, de restrições que impedem a empresa de alcançar níveis satisfatórios de efetividade em seus processos;
  • Essa sequência de passos que leva a empresa a se aproximar de sua meta pode constituir um processo de melhoria contínua.

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[Resumo do Livro] A Meta - Eliyahu M. Goldratt, Jeff Cox, PDF

Desmistificando as noções de produtividade e metas

Em suas páginas iniciais, o livro expõe o seguinte problema: o gerente responsável por uma das fábricas de uma grande corporação é cobrado pelos fracos resultados de sua unidade, que está comprometendo os negócios como um todo.

Pressionado pela necessidade de apresentar resultados positivos em três meses, o gerente parte em busca de soluções. No encontro casual com um velho colega de faculdade, e agora um físico, inicia-se a trilha que levará o gerente à solução de seu problema.

Logo após relatar os problemas da fábrica que dirige, o gerente é questionado sobre suas noções a respeito de produtividade e metas.

Surpreendentemente, deixando de lado definições mais elaboradas, o físico/consultor apresenta uma forma direta de entender esses conceitos.

A produtividade, por exemplo, é definida como tudo aquilo que ajuda a empresa a se aproximar de sua meta. Ou seja, se uma ação aproxima a empresa de sua meta, ela é produtiva; do contrário, não.

A definição de meta é ainda mais direta: a meta de uma empresa é, em última análise, ganhar dinheiro. Simples assim.

É claro que isso precisará ser depois desdobrado em aumento do lucro líquido, ou do retorno sobre o investimento ou ainda do fluxo de caixa.

De qualquer forma, esse tipo de entendimento ajuda os gestores a terem uma visão mais clara sobre a realidade em que se encontram.

Três medidas de referência para a busca da meta da empresa

Continuando a se surpreender com os conceitos adotados por seu inesperado colega consultor, nosso gerente protagonista é apresentado a uma nova visão sobre a empresa.

Pensando em como atingir a meta da empresa, podemos identificar o fluxo do dinheiro em três diferentes medidas:

  1. O ganho: corresponde ao dinheiro efetivamente gerado pelas vendas daquilo que a empresa produz;
  2. O inventário: se refere a todo o investimento que a empresa faz em sua capacidade de produzir, o que inclui principalmente matérias-primas, maquinário e instalações;
  3. O custo operacional: compreende os gastos necessários para transformar inventário em ganhos.

Note-se que essa classificação das medidas oferece uma interessante visão a respeito da contabilidade e da própria constituição interna de uma empresa.

[eBook] Introdução ao Planejamento de Metas

Qual o equilíbrio entre as medidas?

A meta da empresa é alcançada a partir do equilíbrio entre as três medidas.

Um exemplo interessante citado no livro, que expressa bem essa afirmação, é o do emprego de robôs em determinadas etapas do processo de produção.

Por não ter havido um ajuste nos processos, a simples introdução de robôs não trouxe os ganhos que a empresa esperava. Por quê?

As atividades para as quais os robôs foram designados não representavam gargalos no processo. Como resultado, os robôs produziam muito, porém isso não acelerava o processo como um todo. Gargalos localizados em outros pontos tornavam pouco útil a elevada produção dos robôs.

Assim, a introdução dos robôs representou apenas uma elevação do inventário, sem a correspondente geração de ganhos.

Qual a importância dos gargalos (ou restrições)?

Sem fazer uma citação nominal explícita, Goldratt e Cox apresentam as bases da Teoria das Restrições.

Os processos em uma empresa formam uma sequência de eventos dependentes entre si. Para que um evento aconteça, é preciso que os eventos anteriores tenham ocorrido com sucesso.

Devido a essa dependência, eventos mais restritivos tendem a ditar o ritmo do processo como um todo, constituindo gargalos.

Esses gargalos podem ser de diferentes naturezas, como:

  • Física: equipamentos ineficientes, materiais de baixa qualidade, espaço físico inadequado, ausência de pessoal qualificado etc.;
  • Política: normalmente ligadas a regulamentos e legislações para a realização de procedimentos;
  • Cultural: paradigmas estabelecidos pelo senso comum dentro da empresa (“Sempre foi feito assim, por que mudar?”);
  • Mercadológica: o nível de demanda pode determinar a necessidade de ajustes dos processos internos de uma empresa.

Em outras palavras, os processos em uma empresa são como uma corrente e os gargalos são seus elos mais fracos, que acabam comprometendo a capacidade do todo.

De forma mais geral, o gargalo (ou restrição) representa toda e qualquer forma de limitação que impede a obtenção de ganhos efetivos para a empresa.

Que método utilizar para alcançar a meta?

O exemplo dos robôs ilustra a necessidade de estudar cuidadosamente as mudanças antes de implantá-las.

Para que um gestor se certifique quanto às mudanças necessárias, ele deve ter como ferramenta básica o raciocínio lógico e, com ele, ser capaz de responder, de forma satisfatória, às seguintes perguntas:

  • “O que precisa ser mudado?”;
  • “Qual é o novo cenário desejado?”;
  • “De que forma essa mudança será realizada?”.

A primeira pergunta pode ser eficientemente respondida a partir da identificação de gargalos nos processos.

As perguntas seguintes devem ser respondidas de modo a conduzir ao aumento da vazão do gargalo, ou mesmo à quebra da restrição por ele imposta. Isto sempre tendo como referência o equilíbrio entre ganhos, inventário e despesa operacional.

Voltando ao exemplo dos robôs, um estudo com esse rigor teria mostrado que não havia gargalo nas tarefas para as quais eles haviam sido requisitados.

A repetição do método e a melhoria contínua

O método, que começa com a identificação de um gargalo e termina na conquista de metas, pode tornar-se um programa de melhoria contínua. Basta que seja executado como uma sequência de ciclos.

Uma vez que a mudança introduzida tenha ampliado ou quebrado limitações, o gargalo que lhe deu origem deixa de existir. Assim, o próximo passo pode ser a identificação de outro gargalo, reiniciando o ciclo.

Também é possível que cada nova mudança venha a ser a origem de futuros novos gargalos e assim a empresa vai se ajustando.

Livros sobre gestão estratégica

Em Gestor Eficaz, Peter F. Drucker esclarece que executivos podem ser brilhantes, imaginativos e informados, e ainda assim serem ineficientes. Executivos eficazes são sistemáticos, trabalham duro nas áreas certas e seus resultados os definem. São profissionais do conhecimento que ajudam a empresa a bater metas.

Já na obra A Startup Enxuta, Eric Ries diz que você não pode trocar qualidade por tempo. Se você está com problemas de qualidade agora, os defeitos resultantes vão te atrasar no futuro.

Engatando no assunto de melhoria contínua, o autor Verne Harnish, em Scaling Up, dá algumas dicas para a busca da melhoria contínua, como recolher o feedback dos colaboradores e estabelecer um ritmo de comunicação.

[Vídeo] Workshop Metodologias de Melhoria Contínua

Como posso aplicar o conteúdo de “A Meta”?

A primeira e mais óbvia das aplicações práticas para o livro diz respeito à melhoria dos processos internos de uma empresa.

Entretanto, podemos também entender o conteúdo do livro como um método para solução de problemas em geral e, por esse ponto de vista, extrairmos algumas lições práticas para o dia a dia.

A lição mais marcante do livro talvez seja a da identificação dos gargalos como foco de atuação preferencial para a efetiva solução dos problemas. É um ótimo exercício para as questões cotidianas.

Pense, responda e aja: Qual é o gargalo que te impede de conquistar suas metas?

Algumas outras importantes lições do livro podem ser incorporadas, como:

  • Conhecer bem as metas a serem alcançadas;
  • Contar com as orientações de um mentor;
  • Estabelecer um método para a resolução de problemas.

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Notou como as teorias de Goldratt e Cox são mais abrangentes do que inicialmente parecem?

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