
Se você for ao Rio de Janeiro, muito provavelmente, encontrará grafitada em viadutos a seguinte frase: "Gentileza gera Gentileza". O autor dessa célebre frase é José Datrino, mais conhecido como Profeta Gentileza.
Ela pode parecer só mais um bordão cliché, mas faz muito sentido. A antropologia diz que o ser humano é um ser recíproco, ou seja, devolvemos em mesma proporção aquilo que nos é dado.
Em "The Kind Leader", você verá como a reciprocidade cria líderes fortes que podem e devem ser gentis. Preparado para aprender como a gentileza gera liderança? Então, vamos!
O livro "The Kind Leader: A Practical Guide to Eliminating Fear, Creating Trust, and Leading with Kindness" foi publicado em inglês em 10 de setembro de 2021, pela editora Productivity Press.
O livro conta com 206 páginas divididas em 8 capítulos principais. Neles, a autora Karyn Ross propõe ao leitor o desafio de repensar suas ideias acerca do conceito de liderança, gentileza e liderança gentil.
Além disso, cada capítulo apresenta estudos de caso e reflexões dos líderes e das pessoas que eles influenciam.
Karyn Ross é fundadora do The Love and Kindness Project Foundation e da The New School for Kind Leaders. Além disso, ela é co-fundadora da Women in Lean - Our Table.
Artista plástica por formação, Karyn Ross traçou uma carreira impressionante como palestrante internacionalmente aclamada, autora premiada, consultora e coach.
Além de ter publicado outros cinco livros, Karyn viaja pelo mundo ensinando às pessoas seu sistema único de combinar criatividade, melhoria contínua e gentileza para fazer um mundo melhor.
A leitura da obra "The Kind Leader" é indicada para líderes ou pessoas que buscam cargos de liderança, mas sentem a necessidade de melhorias significativas nos relacionamentos com as equipes, aumentando a união e sinergia da organização.
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Ao traduzir a palavra kindness, geralmente, nota-se que, em português, ela significa muitas coisas: gentileza, bondade, benevolência ou amabilidade. Com certeza, essas palavras não são as que vêm à mente quando se pensa em uma liderança forte.
Afinal de contas, não seria a gentileza um sinal de fraqueza?
Não, a gentileza não é um sinal de fraqueza! Estamos acostumados a pensar que ela é fraqueza porque acreditamos que só existem duas opções: ser amado ou ser respeitado.
Suposições assim surgem de sistemas e modelos que moldam nossa sociedade e nossas concepções acerca de determinados "conceitos". Por exemplo, o que é liderança para você? E gentileza, empatia, compaixão?
Veja como Karyn Ross define cada um:
É provável que não seria assim que você definiria um líder ou liderança. Pode ser uma suposição errada, mas talvez você tenha pensado em conceitos mais complexos ou em pessoas de sucesso. Mais especificamente, ousamos dizer, você pensou em homens como Elon Musk em vez de mulheres como Malala.
Infelizmente, o modelo de liderança onde um homem sempre é o líder dá origem à suposição de que liderança e gentileza não são compatíveis porque a liderança está associada à força e à gentileza com fraqueza.
E homens não são gentis, eles são fortes - o que os torna líderes natos. Mulheres, no entanto, sempre são gentis, por isso não pensamos nelas quando falamos de liderança.
Mas, embora a gentileza seja muitas vezes pensada como uma fraqueza, é preciso muita força para considerar as necessidades dos outros. Por isso, não é o gênero que define sua capacidade de liderança ou sua força, mas sua capacidade de considerar outras necessidades que não as suas.
Por isso, Karyn Ross define as cinco características do líder gentil:
Você já deve ter ouvido falar sobre "O Príncipe" de Maquiavel ou quem sabe a citação "os fins justificam os meios"? Apesar da fama, Maquiavel nunca disse isso explicitamente, mas ele deu a entender que o príncipe (ou líder) deve buscar seus objetivos a qualquer custo, não importa o que seja feito.
Mas, é importante salientar que o objetivo principal deve ser o bem comum. Por isso, os fins são tão importantes quanto os meios para um líder gentil. A máxima Maquiaveliana de que é bem mais seguro ser temido do que amado não funciona com líderes gentis.
Sabe o porquê? Porque eles focam nos meios e não são apenas "orientados para resultados". Eles focam nos meios e em criar uma cultura amável para que as pessoas que fazem o trabalho para criar esses resultados possam florescer.
O foco nos meios garante grandes resultados para todos.
Pensamentos criam as palavras que você fala e influenciam suas ações e práticas. Por isso, a liderança gentil possui duas tríades: a de práticas e a de comportamentos gerais.
A tríade de práticas, onde cada prática, também, tem um tríade comportamental própria, é composta da seguinte forma:
Já a tríade de comportamentos gerais é composta da seguinte forma:
Para Karyn Ross, uma das melhores coisas sobre liderança gentil é que quando os líderes agem, reagem e lideram gentilmente, o resultado é mais bondade por parte de seus seguidores, que imitam esses comportamentos em diversas situações.
A consequência prática é a Kind Leadership Continuum, ou Liderança Gentil Contínua. À medida que se espalham, as práticas gentis de liderança também levam a melhores maneiras de pessoas e grupos interagirem juntos dentro das organizações, em comunidades, na sociedade em geral e em todo o mundo.
Para a autora existem 4 tipos de interação:
E, muitas vezes, acabamos sendo grossos. Acredite, isso vai acontecer porque as pessoas são pessoas.
Como seres humanos, as pessoas têm preconceitos e negatividade de sobra, por isso é difícil não se envolver em formas de agir indelicadas, reagindo e interagindo com outros.
Fique atento aos três principais motivos que causam uma liderança insensível:
Então, qual seria a solução para tal problema? Karyn Ross lhe ensina 5:
Na obra "Todos São Importantes", de Bob Chapman e Raj Sisodia, são apresentados ideais que devem guiar uma organização que valoriza as pessoas, antes de tudo. Além disso, essa leitura trará um relato de como uma empresa "humana" funciona na prática, utilizando exemplos vivenciados na empresa de Chapman.
Já a obra "Empresas Humanizadas", de Raj Sisodia, Jag Sheth e David B. Wolfe, também aborda a ideia de empresa "humana" e os fundamentos e práticas adotadas nesse processo de humanização, demonstrando, assim, o caminho para transformar sua organização a longo prazo.
Por fim, o livro "O Melhor do Cortella", de Mário Sérgio Cortella, serve como um guia para lhe fazer refletir sobre as suposições, sistemas e modelos que regem o mundo a partir de uma reflexão sobre nossa existência e nossa sociedade.
Então, você ainda acha que liderança e gentileza não andam lado-a-lado? Deixe sua opinião nos comentários, seu feedback é muito importante para nós!
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