Quando falamos sobre o tema do livro "O Pequeno Príncipe", percebemos que não há época mais nostálgica do que a nossa infância.
E quando falamos da infância, lembramos das virtudes e da inocência das crianças. Pensamos em como essas pequenas pessoas, com pouco tempo de vida, costumam ver o mundo com outros olhos, com uma visão muito mais esperançosa.
Com o passar dos anos, acabamos perdendo muitas dessas virtudes e dessa esperança, mudamos nosso pensamento e, na maioria das vezes, aquele mundo promissor e colorido de uma criança torna-se o mundo cinza e desesperançoso de um adulto.
É exatamente desse ponto que o livro quer tratar. Nesse resumo do livro, pretendemos mostrar como uma fábula infantil aborda temas da vida adulta, nos fazendo refletir sobre como os pensamentos que tínhamos quando criança podem ser resgatados hoje e, assim, nos fazer seguir novos e esperançosos rumos.
Então, que tal uma nostalgia? Vamos revisitar esse clássico e passear pelo mundo do pequeno príncipe?
Publicado em 1943, originalmente como "Le Petit Prince" (em francês), "O Pequeno Príncipe" é um livro atemporal. Seus ensinamentos e suas reflexões atingem desde crianças pequenas até os adultos mais experientes.
Traduzida para dezenas de línguas, a obra de Antoine de Saint-Exupéry cativa as pessoas ao redor do mundo ao contar a história de um piloto que cai com seu avião no meio do deserto do Saara. Lá, ele encontra o Pequeno Príncipe, que o conta sobre a sua incrível jornada, construindo aprendizados para o resto da vida.
Nascido em Lyon, na França, Antoine de Saint-Exupéry (1900-1945) era escritor, pintor e piloto, três características que, curiosamente, se refletem no livro "O Pequeno Príncipe".
Em grande parte da sua vida, o autor foi piloto de avião, realizando voos civis e militares. Porém, devido à Segunda Guerra Mundial, Saint-Exupéry fugiu para os Estados Unidos, onde publicou alguns livros e, após perceberem sua habilidade como desenhista, pediram para que escrevesse uma obra para crianças.
Assim surgiu esta fábula infantil, cuja história e mensagem continuam se perpetuando até os dias de hoje.
Como explicado anteriormente, "O Pequeno Príncipe" não possui faixa etária definida.
Dessa forma, indicamos esse livro para todos, pois sua reflexão sobre a vida pode trazer novas visões tanto para as crianças quanto para os adultos, fazendo com que estes relembrem seus tempos da infância e reflitam sobre os aspectos da vida.
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O livro "O Pequeno Príncipe" narra a história de um piloto (como no livro não há a menção ao nome do piloto, embora todas as evidências apontem para que seja o próprio autor Antoine de Saint-Exupéry, iremos chamá-lo apenas como "Piloto" neste resumo) que desde criança tinha o desejo de ser desenhista.
Seu primeiro e mais importante desenho foi:
Fonte: Livro O Pequeno Príncipe (p. 7)
Após desenhá-lo, ele mostrava aos adultos e perguntava o que eles pensavam que era, e sempre obtinha a seguinte resposta: "É um chapéu".
O que as pessoas não percebiam, no entanto, era que a imaginação de uma criança não tem limites, e que ao desenhar, a visão do autor era outra. O desenho não era um chapéu, mas sim um elefante engolido por uma jibóia. E para que todos pudessem entender, foi preciso que ele fizesse um segundo desenho:
Fonte: Livro O Pequeno Príncipe (p. 8)
Apenas assim os adultos entendiam. Mesmo assim, suas artes eram sempre desdenhadas, e seu sonho, desencorajado, pois, segundo eles, desenhar não traria futuro, e ele deveria focar em geografia, história, matemática, entre outros.
Então, seguindo essas recomendações, aquela criança sonhadora tornou-se um piloto de avião, viajou pelo mundo, entendeu sobre geografia e virou um adulto.
Porém, sempre andava com seu desenho da jibóia, para que questionasse as pessoas sobre o que elas achavam que era o desenho e, assim, descobrir se elas pensavam igual a ele, para que finalmente ele pudesse ter uma conversa interessante com alguém.
Um dia, o avião do Piloto teve um problema e caiu no meio do deserto do Saara. Com suprimentos para apenas oito dias, ele tentava consertar o avião. Foi então que ele ouviu uma voz e tudo mudou. A voz perguntou:
"desenha-me um carneiro?".
O Piloto virou-se e viu uma figura. Ele havia acabado de conhecer o Pequeno Príncipe:
Fonte: Livro O Pequeno Príncipe (p. 11)
Na dúvida se aquele garoto era real ou não, o Piloto tentou realizar o estranho pedido do garoto de desenhar um carneiro e, após várias tentativas, conseguiu satisfazê-lo. Foi assim que ele passou a conhecer aquele pequeno garoto e entender de onde ele veio.
Fazendo várias perguntas e não respondendo nenhuma, o Pequeno Príncipe veio de um pequeno planeta ou, como nós chamamos, de um meteoro, conhecido como B-612.
O autor Antoine de Saint-Exupéry narra que este meteoro foi descoberto em 1909 por um astrônomo turco, que não teve credibilidade na sua descoberta simplesmente pela roupa que usava. Mas em 1920, o astrônomo reapresentou sua descoberta, desta vez com roupas típicas europeias, e foi reconhecido.
Neste pequeno planeta, onde o menino ficava maravilhado em assistir ao pôr do sol, ele tinha como sua única companhia uma rosa.
E já que falamos da rosa, posso agora contar um pouco da história dela. A única rosa do planeta do Pequeno Príncipe nasceu subitamente e era muito vaidosa.
Assim, exigia do Príncipe os melhores cuidados para que ela pudesse viver bem. E sempre contando histórias nas quais o Príncipe não acreditava totalmente.
Certo dia, o garoto resolveu partir. Arrumou o pequeno planeta, arrancou as plantas ruins que estavam nascendo, cuidou da rosa e se despediu.
Então, apesar da dificuldade da despedida, o Pequeno Príncipe aproveitou uma revoada de pássaros selvagens e partiu rumo à sua jornada.
Durante sua viagem, o Príncipe passou por diferentes planetas buscando conhecer mais lugares e ter mais conhecimento.
Agora, vamos entender melhor o que ele vivenciou em cada uma destas experiências contadas pelo autor Antoine de Saint-Exupéry em seu livro "O Pequeno Príncipe":
O primeiro planeta visitado pelo garoto tinha como habitante uma única pessoa, um rei que, ao ver o Pequeno Príncipe, insistiu em dar ordens e frisou que elas sempre devem ser seguidas, para todas as coisas.
Esse rei acreditava reinar sobre todas as coisas, todos os lugares e todas as estrelas, sendo um monarca universal. Assim, o Príncipe decide testar esse poder e pede para que o rei ordene que o sol se ponha.
O rei, então, explica para o menino que apesar de ser um rei absoluto, suas ordens devem ser sensatas. Ele diz:
"O rei deve exigir o que cada um pode dar. A autoridade se baseia em razão."
O segundo planeta era habitado por um homem muito vaidoso que vivia apenas para que as outras pessoas pudessem admirá-lo e elogiá-lo. Mesmo que fosse a única pessoa existente naquele planeta, seu objetivo era destacar-se pela sua beleza, inteligência e riqueza.
O Pequeno Príncipe então questiona:
"Eu te admiro. Mas de que te serve isso?"
E seguiu para o próximo planeta.
No terceiro planeta residia um bêbado que, ao ser questionado pelo garoto sobre o porquê de beber, responde que bebe apenas para que ele possa esquecer a vergonha de beber.
E assim, o Pequeno Príncipe ficava cada vez mais intrigado com o quanto as pessoas grandes eram esquisitas.
Seguindo para o próximo planeta, o menino encontrou um empresário. Este homem, que nem mesmo levantou a cabeça para receber o príncipe, ficava focado apenas em contar a quantidade de estrelas à sua volta.
O autor Antoine de Saint-Exupéry conta que, ao receber a pergunta do garoto sobre o porquê de contar as estrelas, o empresário respondeu que era apenas para saber o tamanho da sua posse e que possuir as estrelas o tornava rico, mesmo que não as utilizasse para nada
Percebendo que as pessoas grandes estavam cada vez mais estranhas, O Pequeno Príncipe relembra das coisas que o cercam e o quanto ele dá valor a elas: a rosa, os vulcões, seu pequeno planeta. E assim, ele segue sua viagem.
O quinto planeta era minúsculo e seu único habitante era um acendedor de lampiões. Sua função era simples, ao anoitecer ele devia acender o lampião e ao amanhecer deveria apagá-lo, pois esse é o regulamento.
De acordo com o livro "O Pequeno Príncipe", só havia um problema: nesse planeta, os dias demoravam apenas um minuto, o que fazia com que o acendedor de lampiões estivesse exausto do seu trabalho constante.
O Príncipe sugere que ele caminhe ao redor do planeta, assim, poderia estar sempre do lado do dia e poderia descansar.
Porém, o desejo do homem era apenas dormir, e isso faria com que ele não cumprisse o regulamento. Então, ele continuou na sua rotina e o Príncipe partiu para o próximo planeta.
O sexto planeta do livro "O Pequeno Príncipe" era muito maior que os outros, mas também era habitado por apenas uma pessoa, um geógrafo. Este era um homem estudioso e tinha como função mapear os planetas.
Entretanto, o menino percebeu que ele não sabia nem se o próprio planeta tinha oceanos e montanhas. Ao questionar isso, teve a seguinte resposta:
"Não sou explorador. Faltam-me exploradores!"
Como geógrafo, o homem ficava sentado em sua mesa, esperando que os exploradores viessem lhe contar sobre os territórios a serem mapeados.
O Pequeno Príncipe, então, pede uma sugestão sobre qual planeta visitar. O geógrafo sugere um planeta grande e que, para ele, tinha uma boa reputação: a Terra. O garoto então parte para a próxima etapa da sua jornada.
Ao chegar à Terra, o Pequeno Príncipe percebeu que este planeta não era nada como os outros. Era um planeta muito maior e nele existiam muitos reis, bêbados, empresários, geógrafos, vaidosos e acendedores de lampiões.
Porém, ele não viu ninguém e seu primeiro contato foi com uma serpente.
Conforme narrado pelo autor Antoine de Saint-Exupéry em seu livro, "O Pequeno Príncipe", esta serpente explica ao garoto que no deserto onde ele estava não existia ninguém, que ela tinha o poder de levar as pessoas "mais longe que um navio" e que seu toque poderia devolver todos para a terra de onde vieram.
E o Príncipe, então, sabendo dessa informação, seguiu sua viagem. Ele atravessou o deserto e escalou montanhas procurando pelos homens, até que encontrou uma estrada e um jardim repleto de rosas.
Conversando com elas, percebeu que sua flor, que ele achava ser única e que dava extremo valor, era apenas uma rosa comum e que existiam milhares iguais a ela.
Triste por sua descoberta, e vagando pelo planeta, ele conheceu a raposa. E foi na conversa com a raposa que o menino pôde ter seus maiores aprendizados.
Foi convivendo com ela que ele entendeu a importância de cativar as pessoas à sua volta. Que ao cativar alguém, esta pessoa se torna única para você.
Antes de cativar a raposa, o Pequeno Príncipe não passava de um garoto comum para ela. Porém, ao cativá-la, eles criaram laços que se transformaram em relações. Ao cativar e ser cativado, passamos a conhecer melhor as coisas e as pessoas.
O Príncipe cativou a raposa e eles se divertiram juntos, mas um dia, chegou a hora de partir, e a raposa deixou seus últimos ensinamentos:
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"; "O essencial é invisível aos olhos".
Foi assim que o príncipe entendeu que sua rosa não era uma rosa qualquer, pois ele havia cativado ela e havia sido cativado por ela, o que a fazia especial e única para ele e, consequentemente, o tornava responsável por ela. Assim, ele continuou sua jornada.
Em sua viagem, o Príncipe ainda encontrou um manobreiro, que guiava trens cheios de pessoas que não sabiam o que queriam, e um vendedor, que vendia pílulas que faziam as pessoas nunca mais sentirem sede, economizando o tempo das pessoas grandes.
Assim, já haviam se passado oito dias em que o Piloto estava no deserto quando o Pequeno Príncipe terminou de contar sua história de como chegou ali. E como a água havia acabado, eles partiram em busca de um poço.
Após muito caminhar, eles encontraram água e puderam se hidratar. E foi neste momento que o Piloto descobre que era chegada a hora do Príncipe partir.
O Pequeno Príncipe já vagava pela Terra há um ano e entendeu que era o momento de retornar para seu planeta, para sua flor.
Ele então reencontra a serpente, que explica que seu veneno poderá levá-lo de volta para casa sem que ele sinta dor.
O garoto conta para o Piloto que ele devia ir embora, que seria um momento difícil, pois eles haviam cultivado uma bonita amizade. Como dizia a raposa, ambos haviam sido cativados. Ele conta que ele irá embora, mas seu corpo ficará, porém ele não sofrerá.
E assim acontece. O Pequeno Príncipe retornou para sua casa com a picada da serpente, para cuidar da sua flor, mas deixou com o Piloto a certeza de que sempre que ele olhasse para as estrelas, escutaria a doce risada do garoto.
Segundo o autor Antoine de Saint-Exupéry, o Piloto consertou seu avião e também retornou para casa. Ninguém nunca acreditou na sua história de como ele conheceu o Pequeno Príncipe.
Mas ele sabe que a muitos quilômetros de distância, ele está lá cuidando de sua flor e limpando as plantas ruins do seu planeta, lembrando dos amigos que cativou em sua jornada.
No livro "Discover Your True North", o autor Bill George aconselha que sigamos nossa Bússola Moral Interna, ou seja, quem você é e seus valores mais sagrados: os marcadores vitais que você usa para navegar pela vida.
Segundo a autora Lynda Gratton em seu livro, "The 100-Year Life", família, amigos, saúde e aprendizado são os ingredientes intangíveis, mas necessários para uma vida rica e gratificante.
Por fim, no livro "Inabalável", o autor Tony Robbins diz que você precisa doar: doe seu dinheiro, sua atenção e seu tempo. Fazer contribuições é o que traz significado à vida de muitas pessoas.
Vale frisar que "O Pequeno Príncipe" é um livro aberto para interpretações, então, alguns personagens podem ter significados diferentes de acordo com a sua interpretação.
Esperamos que você tenha gostado do nosso resumo e consiga aplicar os ensinamentos do autor, Antoine de Saint-Exupéry, na sua vida. Deixe sua opinião nos comentários, seu feedback é muito importante para nós!
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