
Você já se perguntou o que é mais importante para um investidor? Saber matemática? Ser corajoso? Ler muito e estar ligado aos acontecimentos?
É isso o que Howard Marks, um dos investidores mais respeitados do mercado financeiro, inclusive por Warren Buffett, nos ensina ao longo do livro “O Mais Importante Para o Investidor”.
Aqui você aprenderá, baseado nos mais de cinquenta anos de experiência do autor, que não há só uma coisa mais importante para um investidor, mas pelo menos vinte coisas mais importantes!
São esses pontos chave que Howard, em seu estilo direto e preciso, aborda ao longo do livro. Vamos descobrir?
O livro “O mais importante para um investidor: lições de um gênio do mercado financeiro” foi lançado em dezembro de 2020 e possui 208 páginas. É dividido em 20 capítulos que abordam vários aspectos importantes para um investidor. Seu título original é “The Most Important Thing” e foi lançado em 2011.
Howard Marks é um dos investidores de maior renome no mercado mundial. É co-fundador da Oaktree Capital, uma empresa de investimentos especializada em títulos de risco, que administra centenas de bilhões de dólares atualmente.
Howard é muito conhecido por seus memorandos feitos a investidores, e o maior apreciador desses memorandos é o próprio Warren Buffet, que quando os recebe no seu email, “a primeira coisa que faz é abri-los e lê-los”.
Marks passou por diversas crises, desde as crises do petróleo até a crise financeira mundial de 2007-2008. Foi um dos poucos investidores que passou por todas elas e se manteve no mercado. Essas experiências o ajudaram a desenvolver sua filosofia de investimentos.
O livro “O mais importante para um investidor” é indicado para aqueles que querem entender, através de uma perspectiva amadurecida, como funciona o mercado de investimentos.
Está sem tempo para ler agora? Então faça o download gratuito do resumo do livro "O mais importante para o investidor" em PDF e leia onde e quando quiser:
"Investir, assim como a ciência econômica, é mais arte do que ciência."
De acordo com Howard Marks, para um investidor obter resultados consistentemente acima da média uma característica é exigida: o pensamento de segundo nível. O que significa isso? Pensar diferente, não se contentar com o evidente e buscar respostas para perguntas que nem todos fazem.
Um exemplo que Howard traz é este: enquanto as pessoas com pensamento de primeiro nível pensam “Eu acho que os ativos de tal empresa vão cair, vamos vender!”.
O pensador de segundo nível pensa “Vamos comprar! Os lucros vão mesmo cair, mas menos do que todos esperam, e essa boa nova fará as ações valorizarem”.
Basicamente, precisamos desenvolver a capacidade de pensar melhor do que o consenso. Isso não é fácil, para tanto precisamos ter habilidade analítica, capacidade de previsão ou percepção excepcionais.
Essas capacidades serão utilizadas para mensurar o valor intrínseco de um ativo, como veremos na próxima seção.
A regra de ouro dos investimentos é comprar na baixa e vender na alta, mas como saber o que é a “alta” e o que é a “baixa”? Através do valor intrínseco. Com ele, os investidores têm uma perspectiva sobre qual é o valor real da ação, e quando seu preço está abaixo ou acima desse valor.
Nessa lógica, Howard Marks sustenta um estilo de investimento chamado Investimento de Valor. Esse estilo se baseia em “comprar algo por menos do que vale”. Já que o valor exerce uma atração magnética sobre o preço, comprando barato, alguma hora, o ativo vai valorizar.
Howard afirma que não existe um bom negócio que não dependa do preço. Para ele, só se vende bem o que se compra bem. Assim, qualquer ativo pode ser um bom negócio se for comprado a um preço suficientemente baixo.
O autor admite que comprar barato não é infalível - pois podemos errar na análise do valor intrínseco - mas é nossa melhor chance.
No livro “O Mais Importante Para o Investidor”, Howard Marks afirma que risco é o elemento essencial para realização dos investimentos, não há sucesso por muito tempo sem levá-lo em conta. Devemos, portanto:
Os retornos de investimento contam só a metade da história sobre ele. É preciso analisar o risco assumido para conseguir esse retorno. A essa análise Howard Marks dá o nome de “retorno ajustado ao risco”. Se o retorno foi bom mas o risco foi alto, não há mérito algum do investidor.
Nesse sentido, Howard afirma que há uma ilusão de que investimentos mais arriscados produzem retornos mais altos. Para isso acontecer eles não poderiam ser mais arriscados.
Isso fica mais claro pela frase do autor: "Risco é, antes de mais nada, a probabilidade de perder dinheiro". Sendo assim, o autor define risco em uma palavra: perigo.
Mas como o risco é medido? Marks afirma que não é nada além de uma questão de opinião, já que grande parte do risco é subjetivo e invisível. Há formas quantitativas de calculá-lo, como através do índice Sharpe, mas nunca será tão boa quanto a opinião dos bons investidores.
A principal fonte de risco é participar de negociações em que os preços dos ativos estão altos. Fazendo isso, Howard afirma que você provavelmente vai comprar o ativo com preço acima do valor intrínseco e vai acabar perdendo dinheiro a longo prazo.
O autor explica que, diferentemente do senso comum, para reconhecer o risco de um ativo devemos olhar para o seu preço, não para a sua qualidade. Quanto a isso são discutidos dois pontos:
Howard Marks afirma que o trabalho de um investidor é assumir riscos de forma inteligente. Já que riscos são inevitáveis em grande parte das estratégias de investimento, um bom investidor deve controlá-los, ou seja, assumi-los:
Segundo o autor, devemos controlá-los mesmo que eles não se manifestem, pois em momentos de baixa eles aparecem.
Howard afirma que, na maioria das vezes, o futuro se parecerá muito com o passado, e terá ciclos de alta e ciclos de baixa.
Nesse sentido, um dos maiores erros dos investidores é insistir em extrapolar eventos atuais para o futuro, pensando que uma tendência vai se manter indefinidamente. Howard resume esse conceito a duas regras:
Isso ficou claro por exemplo na crise de 2008. Antes dela ocorrer, os investidores estavam tão otimistas que pensavam que não havia como o cenário mudar, e que o crescimento seria permanente.
Assim, foram tolerantes demais com o risco e colocarem tudo a perder, praticando valores de ações fora da realidade.
Com a crise que veio em seguida, o pensamento se inverteu. Era um consenso que o cenário só iria de mal a pior, e que não havia solução para o desastre que ocorreu.
Nos dois casos, de crescimento e de crise, o conceito dos ciclos foi esquecido. Não devemos ser tão otimistas quando o mercado está em franco crescimento, nem ser tão pessimistas quando ocorre uma crise, pois o ciclo vai prevalecer e a situação vai hora ou outra vai inverter.
Howard exemplifica essa predominância dos ciclos com a figura de um pêndulo. Ele está sempre em movimento, no sentido de um dos dois extremos, ficando pouco tempo no meio termo.
A importância de reconhecer esse movimento está nas vantagens que oferece aos que sabem reconhecê-lo e se preparam para ele.
De acordo com Howard Marks, em investimentos, a maior parte dos erros não tem origem em fatores ligados à informação ou análise, mas em fatores psicológicos que ele chama de influências negativas:
Por fim, Howards Marks afirma que esses são erros generalizados e constantes. Um investidor precisa reconhecê-los e combatê-los. Nada disso é fácil, mas, conforme a citação de Charlie Munger, “não é para ser fácil”.
"Nos investimentos, a maioria das pessoas faz, consistentemente, a coisa errada na hora errada."
Marks afirma que as grandes oportunidades estão naquilo que os outros não percebem. Quando todos estão em pânico, vendendo suas ações, é preciso ter coragem para comprá-las. Já quando todos estão comprando desenfreadamente, a coragem está em vendê-las.
Em síntese, o autor afirma que a maioria das pessoas é otimista nas altas e pessimista nas baixas. Devemos desconfiar desses dois comportamentos, e agir de forma contrária. Isso é o que nos permitirá aproveitar as pechinchas, como veremos a seguir.
De acordo com o autor, pechinchas são ativos que a maioria acha que são piores do que realmente são, o que faz com que tenham baixo preço. Para identificá-las é preciso pôr em prática o pensamento de segundo nível, e identificar onde os outros estão errando em suas análises.
Segundo Howard Marks, nos investimentos, só há uma penalidade real que pode ocorrer: fazer investimentos que podem gerar perdas. Portanto, é mais importante esperar aparecer a oportunidade certa do que não deixar passar nenhuma.
É como em um jogo de baseball que não somos obrigados a rebater todas as bolas. Não seremos eliminados por deixar passar boas oportunidades, podemos esperar até que venha uma uma espetacular. Se essa oportunidade não vier, devemos ser pacientes. Agir quando não há nada a ser feito só pode gerar perdas.
Segundo Howard Marks, saber o que não sabemos é literalmente ter consciência do que não sabemos. Isso consiste em reconhecer que nosso conhecimento acerca do futuro é limitado, e que se não reconhecemos isso corremos grande perigo de errar. Nesse sentido, o autor está convencido de duas coisas:
A dica que Howard dá é buscar conhecer realidades pontuais, de segmentos ou negócios específicos. Assim a chance de fazer uma previsão acertada será maior, e será possível alcançar vantagens concretas.
Diversificar as ações entre segmentos de mercado, empresas e regiões também é uma dica do autor para se preparar para um futuro incerto.
No livro “O Mais Importante para o Investidor”, Howards Marks dá uma importância muito grande aos ciclos para o sucesso dos investimentos, como foi visto anteriormente.
Entendendo em que posição do ciclo estamos, podemos ter uma percepção valiosa sobre o futuro, e poderemos evitar seguir com o rebanho para o fracasso.
Para descobrir essa posição, entender e conhecer os fatores do presente é essencial. Por isso, Howard afirma que devemos ficar atentos a tudo o que está acontecendo ao nosso redor e tomar decisões de acordo.
Exemplos de análises que podemos fazer são:
Howard é sincero quando diz que grande parte do sucesso dos investidores depende da sorte. O acaso pode derrubar boas estratégias, e beneficiar outras não tão boas. Por conta da sorte, o autor afirma que é fácil confundir coisas como:
Marks afirma que devemos, portanto, considerar o mundo como um lugar incerto, em que a sorte pode mudar o jogo. Assim teremos muitos benefícios, como:
“Há investidores velhos e investidores ousados, mas não há investidores velhos e ousados.”
Com essa frase Howard Marks inicia esse capítulo, deixando claro que investidores com estratégias agressivas não se sustentam no longo prazo.
Marks defende um estilo chamado estratégia defensiva, em que o sucesso não consiste em tomar ações vencedoras, mas em evitar as perdedoras. Dessa forma é possível manter um crescimento regular, e se manter no mercado.
O autor resume a postura defensiva em três palavras: “investir com medo”, que consiste em tomar algumas atitudes, como:
Nesse ponto, Howard traz outra fonte de armadilhas a ser evitada, além dos fatores psicológicos e dos erros analíticos: a falta de imaginação. Com isso ele quer dizer a falta de visão para compreender a correlação entre ativos - o quanto um ativo influencia em outro.
Sem entender essa influência, não sabemos se a diversificação da carteira que fizemos é eficaz, e um pequeno choque no mercado pode pôr tudo a perder
.
Howard afirma que o desempenho dos bons investidores é assimétrico; não acompanha o mercado, mas supera o mercado através da agregação de valor.
Um investidor agressivo que sabe agregar valor potencializa os ganhos em um mercado em alta e não perde tanto quando está em baixa, por exemplo. Já um investidor defensivo acompanha o mercado, quando em alta, e supera o desempenho do mercado, quando em baixa.
Isso só é possível através do pensamento de segundo nível, da compreensão dos ciclos, e dos outros fatores mais importantes para o investidor que são discutidos no livro.
No livro “O Investidor Inteligente”, do Benjamin Graham, pai do investimento de valor, o autor também aborda que os investimentos não devem ter em vista o curto prazo, mas o crescimento constante e sustentável.
Já no livro “A Árvore do Dinheiro”, de Jurandir Macedo Jr., diversas dicas práticas e conceitos básicos sobre investimentos são transmitidas, adaptadas especialmente para a realidade brasileira. É um livro muito indicado aos que estão começando a investir.
Ainda, em “Idiotices que Pessoas Inteligentes Fazem com o Próprio Dinheiro”, Jill Schlesinger aborda os erros mais comuns a serem evitados com o dinheiro, e como pais e filhos podem manter uma rotina financeiramente equilibrada.
O primeiro passo mais importante para o investidor você já deu, ler esse resumo!
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