Os estudos sobre estratégia permeiam nossa sociedade há séculos. Podemos citar o exemplo dos livros “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, “O Livro dos Cinco Anéis”, de Miyamoto Musashi e “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, o qual será objeto deste resumo.
A partir destas obras, é possível aprender sobre pensamentos milenares e refletir em como aplicar estes ensinamentos no nosso cotidiano. O objetivo deste resumo do livro “O Príncipe” é exatamente esse!
Acompanhe este resumo para entender a obra de Maquiavel, passando pelos seus pensamentos e reflexões e, ao final, vamos compreender como é possível aplicá-los na sua empresa, na sua vida profissional e até mesmo na sua vida pessoal.
Publicado originalmente em 1532, a obra “O Príncipe” é dividida em 26 capítulos que trazem as análises de Nicolau Maquiavel sobre como era o funcionamento do Estado naquela época e como um príncipe deveria se portar para alcançar o sucesso e se manter no poder.
Tratando-se de uma obra essencialmente política, “O Príncipe” continua até os dias atuais presente nas livrarias, sendo traduzido para novas línguas e analisado, pois seus ensinamentos, em grande parte, continuam sendo válidos.
Nascido em Florença, Itália, em 1469, Nicolau Maquiavel foi Secretário de Estado, tendo contato com mercadores, políticos, chefes de estado, membros da igreja e outras pessoas importantes, que contribuíram para o desenvolvimento de suas ideias.
Um grande acontecimento se passa em 1513, quando os Médicis, uma famosa família que já havia ocupado o poder em Florença anteriormente, derruba a República e retorna ao poder.
Assim, Maquiavel é afastado da sua função no governo e, então, pôde dedicar-se aos seus estudos políticos e sobre o poder, trazendo reflexões sobre a atuação do Estado.
No ano de 1527, Maquiavel morreu pobre e sem o merecido reconhecimento, o qual só foi obtido a partir da publicação de “O Príncipe” cinco anos depois.
Os ensinamentos do livro, “O Príncipe”, são indicados para quem tem vontade de entender um pouco mais sobre estratégia e práticas de liderança e, a partir destes estudos, aplicar os conceitos nos dias de hoje.
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Os primeiros pontos a serem abordados pelo livro, “O Príncipe”, refletem a importância do domínio de territórios e da perpetuação do poder nessas regiões.
Muitos conquistadores já enfrentaram desafios e dominaram cidades com facilidade, porém não obtiveram sucesso em manter o controle sobre esses territórios, seja pela falta de controle da população, pela falta de líderes que controlassem a região ou falta do adequado poder militar.
Na época da redação da obra, a Itália era formada por principados, ou seja, cada cidade era soberana e possuía seu próprio governo, assim como seu próprio príncipe.
Assim, é necessário que o líder compreenda que cada principado possui características distintas e, assim, cada um merece ser dominado de forma diferente, considerando as leis já existentes no local, agregando as novas leis e adequando de acordo com as características da população.
Deve-se entender, também, que cada lugar possui um modo distinto de governar, o que também precisa ser levado em consideração. Assim, será fácil não só dominar novos principados, mas controlá-los de forma adequada e prolongada.
Nicolau Maquiavel diz também que o príncipe deve buscar seus objetivos a qualquer custo, não importa o que seja feito. É necessário que o objetivo principal seja o bem comum, porém, para alcançá-lo, o príncipe deve usar todos os artifícios à sua disposição.
E assim surgiu o pensamento que originou a famosa frase:
“Os fins justificam os meios.”
OBS.: Vale destacar que essa frase não foi dita por Maquiavel, porém ela resume o pensamento dele expresso neste capítulo.
O autor explica no livro “O Príncipe” que um Estado consolidado necessita de boas leis e boas armas. As leis permitem uma organização e fornecem um código o qual o povo deve seguir, já as armas são essenciais para a defesa do território e para manter a soberania.
Em seus estudos, ele nos mostra os diferentes tipos de armas e os prós e contras de cada uma, pois cada arma deverá ser utilizada em uma situação diferente, trazendo resultados distintos a partir disso.
Mas, o mais importante é ter um exército bem estruturado, pois são suas tropas as responsáveis por defender a cidade ou atacar novos territórios.
Então, cabe ao Príncipe, o responsável pelo exército, fortalecer suas tropas, assim como um líder deve fortalecer seu time, porque o reino não pode ficar dependendo de tropas mercenárias ou tropas auxiliares (de reinos aliados), pois essas possuem interesses distintos e não estarão completamente comprometidas com a causa.
Um líder precisa depender de suas próprias tropas, pois caso contrário, Maquiavel afirma:
“Fica sujeito à sorte, sem heroísmo para defendê-lo na adversidade.”
Nesta terceira parte, Maquiavel nos mostra quais características um príncipe deve ter para se manter no poder e, como veremos a seguir, traz seu famoso questionamento:
“É melhor ser temido ou amado?”
O primeiro e principal ponto é a responsabilidade do príncipe como principal estrategista e líder do exército.
O autor Nicolau Maquiavel nos explica que um príncipe deve ter como objetivo a guerra, conhecer suas regras e desenvolver sua disciplina, porque cabe ao governante ser o guia nestas situações.
Nesse sentido, pode-se entender que é necessário manter os times organizados e exercitados, conhecer todo o seu negócio e saber como defendê-lo.
Um líder deve estudar sobre pessoas ilustres, visando se inspirar e se desenvolver, deve estar sempre preparado para resolver problemas e ser o exemplo a ser seguido pelos seus súditos.
Nesse ponto, Maquiavel trata sobre os valores de um príncipe, concluindo que o ideal seria possuir todos os valores. Entretanto, é impossível, por isso, deve-se desenvolver os valores que permitirão ao líder continuar no poder.
Desenvolvendo esses valores, o príncipe deve confiar apenas em suas virtudes e atributos, tomando suas decisões baseadas no próprio conhecimento, pois o único aliado realmente confiável é você mesmo.
Um bom governante deve prezar pelo equilíbrio. Cabe a ele equilibrar seu nível de liberdade e rigidez, generosidade e avareza, crueldade e clemência, sabendo que todas as suas atitudes irão refletir no governo e no pensamento da população sobre sua liderança.
Assim, o autor define em seu livro “O Príncipe”, que, realizando estas combinações, o mais importante é evitar o ódio do povo, pois é o ódio que promove revoltas e derrubam governantes.
Paralelo a isso, surge a grande e famosa dúvida sobre ser temido ou amado. Maquiavel afirma que o ideal seria ser os dois, porém são características opostas que não se complementam.
Então, há a definição de que o melhor é ser temido, pois o amor é volúvel e inconstante, por exemplo, o povo irá amá-lo até o momento em que deixar de fazer o que lhes interessa.
Já o medo é constante, o que trará respeito e favorecerá a perpetuação no poder.
É afirmado que um príncipe, caracterizando-se pela natureza animal, precisa ser uma mistura de raposas e leões, pois o leão tem a força bruta de combater lobos, mas não tem a perspicácia de fugir das armadilhas.
Já a raposa conhece as armadilhas, mas não tem a força para lutar com lobos. Ou seja, um príncipe precisa ser caracterizado pelo conjunto das melhores características para superar os obstáculos.
Por fim, Maquiavel atesta que príncipes tornam-se grandes quando superam problemas, enfrentam desafios e conquistam grandes feitos, sendo um exemplo para seu reino e conquistando o apoio do povo, pois, aqueles perderam o apoio do povo perderam o poder.
No livro “A Arte da Guerra”, a importância da informação é constantemente tratada pelo autor Sun Tzu, assim como a relevância de ter esse conhecimento de forma antecipada, promovendo uma vantagem competitiva para seu exército. Então, busque informações privilegiadas para traçar novas estratégias.
Miyamoto Musashi, autor de “O Livro dos Cinco Anéis”, esclarece a importância da utilização das ferramentas. Um samurai deve conhecer os instrumentos que estão à sua disposição e saber como usá-los, conhecendo as vantagens e desvantagens de cada um.
Por fim, no livro “A Estratégia do Oceano Azul”, W. Chan Kim e Renée Mauborgne trazem um novo conceito em estratégia para a obtenção de destaque no mercado. Essa inovação se baseia em explorar oportunidades de mercado nas quais ainda não existem concorrentes, denominadas pelo autor de “oceanos azuis”.
Passados os ensinamentos principais, podemos estabelecer uma relação dos estudos do autor Nicolau Maquiavel com a nossa realidade de hoje em dia. Para isso, vamos tomar como exemplo que você tem uma empresa e que, a partir desses estudos, precisará implementar algumas lições no dia a dia. Vamos lá?
Esperamos que você tenha gostado do nosso resumo e consiga aplicar os ensinamentos do autor, Nicolau Maquiavel, na sua vida. Deixe sua opinião nos comentários, seu feedback é muito importante para nós!
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