
Atualmente, Uber e Airbnb são os mais representativos de uma nova geração de empresas de tecnologia: as upstarts, como denomina o autor Brad Stone.
Com seus criadores excêntricos e propostas não precisamente inovadoras em sua finalidade, mas disruptivas e revolucionárias no modelo em que são retratadas, essas empresas estão enfrentando as convenções, à margem de normas e regras que se mostram ultrapassadas diante à rápida ascensão desses novos negócios.
Mirando especialmente nas trajetórias da Uber e Airbnb, esta obra é uma exposição da origem, do crescimento e do gigante impacto, positivo ou negativo, desses jovens monstros do Vale do Silício no contexto empresarial e na vida de todos nós.
Continue a leitura e se surpreenda com uma análise franca e precisa de uma era de negócios que vão transformar o mundo, independente do custo!
Publicado em 2017, "As Upstarts", escrita por Brad Stone, traz a história de dois fenômenos: Uber e Airbnb. Com eles, é possível ver como o enorme ímpeto e autoconfiança de um empreendedor pode mudar o mundo e ainda gerar riqueza.
O livro possui 384 páginas e 12 capítulos que são divididos em três partes: "Projetos Paralelos", "A Construção de Um Império" e "O Julgamento das Upstarts".
Brad Stone é escritor, jornalista americano, editor executivo sênior de tecnologia global na Bloomberg News e autor do best-seller: "A Loja de Tudo".
Além disso, ele já trabalhou para diversos jornais americanos renomados como Newsweek, New York Times e Bloomberg Businessweek.
Mesmo que você nunca tenha usado o aplicativo da Uber nem se hospedado em uma casa da Airbnb, sua vida com certeza foi impactada por essas duas companhias, e você verá por conta própria os muitos desdobramentos das batalhas travadas por esses gigantes e as inovações que ainda estão por vir.
Por isso, além de uma história de superação e sucesso, "As Upstarts" é um retrato de uma era, sendo uma leitura obrigatória para quem quer entender tanto o mundo de hoje quanto o que está por vir.
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Conforme narrado pelo autor Brad Stone em seu livro "As Upstarts", em setembro de 2007, os designers Nathan Blecharczyk, Brian Chesky e Joe Gebbia, criadores da plataforma Airbnb, se encontravam sem dinheiro para pagar o aluguel do apartamento onde moravam, em São Francisco.
Então, tiveram a ideia de aproveitar o Congresso Mundial de Design para transformar o apartamento em um Bed and Breakfast, ou "Cama e Café da Manhã" em português. Isso porque, durante o evento, o fluxo da cidade aumentava consideravelmente, assim como os preços de hospedagem.
Os seus hóspedes teriam direito à internet Wi-Fi, um escritório, um colchão para dormir e café da manhã durante os quatro dias do evento. Com o dinheiro que seria arrecadado, os jovens poderiam pagar o aluguel do apartamento.
No começo, o site do Airbnb permitia aos hóspedes encontrar colegas de quarto que fossem compatíveis baseados nos perfis do Facebook e do site de classificados online de aluguel de apartamentos "Craigslist". No entanto, os primeiros anos do site foram de baixa procura.
Garrett Camp e Travis Kalanick, dois norte-americanos de São Francisco, haviam se tornado milionários com as vendas de suas respectivas empresas. Kalanick vendeu a sua empresa Red Swoosh por U$ 20 milhões, enquanto Camp vendeu o seu site StumbleUpon por U$ 75 milhões.
Entretanto, foi no congresso de tecnologia e empreendedorismo de Paris, que uma ideia começou a surgir. Diante do incômodo de não conseguir encontrar um táxi, os dois empreendedores pensaram: "e se as pessoas pudessem pedir um transporte apenas abrindo um aplicativo na palma de suas mãos?".
Segundo o autor Brad Stone, ao voltarem a São Francisco, começaram a avançar com a ideia, se reunindo com uma empresa de consultoria de aplicativos móveis chamada Mobly que criaria o aplicativo, mas isso aconteceria apenas em 2009.
No início, chamado de Ubercab, o aplicativo oferecia somente carros de luxo. Em outras palavras, a Ubercab era um serviço de táxis tradicionais, mas com carros de luxo.
A empresa passou por várias dificuldades: se deparou com a resistência de várias entidades regulamentadoras que controlam a indústria de hospedagens em diversas cidades, uma situação de clonagem em seu site, o que causou um grande transtorno.
Além disso, teve de lidar com uma ocasião em que um dono de casa relatou que havia tido seus pertences roubados, e o apartamento vandalizado por um hóspede do Airbnb.
Essa situação acabou gerando uma repercussão amplamente negativa para a imagem da empresa. Era o momento mais difícil que os jovens empreendedores do Vale do Silício estavam enfrentando.
Várias situações como essa estavam acontecendo e problemas entre anfitriões e hóspedes eram frequentes, fazendo com que a empresa pagasse muitas indenizações.
O autor Brad Stone relata em seu livro "As Upstarts" que, para resolver esses problemas, os fundadores disponibilizaram uma opção mais segura para os usuários da plataforma. Então, foi criado o sistema de avaliação entre hóspedes e anfitriões.
Dessa forma, outras pessoas passaram a ver a avaliação antes de escolher o seu anfitrião ou então de aceitar o seu hóspede. Além disso, a empresa criou um canal de relacionamento 24 horas com seus clientes para que pudessem relatar possíveis reclamações.
Para resolver o problema de clonagem, os jovens tiveram que comprar um dos clones. A partir daí, a empresa passou a se fixar.
Os primeiros anos foram difíceis. A Uber enfrentava dificuldades para atrair investidores, isso vinha do fato de que a empresa possuía problemas vindos da regulamentação com a indústria local de táxi. Além das dificuldades que tinha em fazer uma pessoa se cadastrar.
No segundo semestre de 2010, a empresa recebeu uma ordem da entidade regulamentadora de táxis que afirmava que a Uber era uma empresa de táxi não regulamentada.
De acordo com o autor Brad Stone, a insistência na operação acarretaria em uma multa de US$ 5 mil por corrida, além de noventa dias de prisão para cada dia de funcionamento.
Para resolver esse problema, os advogados da empresa alegaram que a Uber não era uma empresa de táxi. Ela era nada mais do que uma intermediária entre passageiros e motoristas. Dessa forma, tal alegação permitiu que a empresa continuasse a funcionar.
O livro, "As Upstarts", conta que esta vitória diante da regulamentação foi um momento de grande fortificação da empresa, com um impacto muito favorável nos blogs de tecnologia do Vale do Silício, aumentando o número de corridas consideravelmente, cerca de 30% superior em relação ao mês anterior.
Uma grande mudança no caminho da empresa foi a Y Combinators, uma aceleradora. Após ela, a empresa começou de fato o seu crescimento, principalmente com o apoio das estratégias de Nathan Blecharczyk, que possuía um amplo conhecimento de mecanismos de busca e anúncios.
Nathan foi o precursor em usar os sistemas de anúncio do Facebook, se tornando especialista em palavras chaves mais procuradas pelos usuários, criando anúncios cativantes e posicionando o Airbnb no topo das ferramentas de busca.
Em 2010, o Airbnb alcançou cerca de 700 mil reservas em mais de 8 mil cidades a partir dos anúncios de Blecharczyk, além de ter lançado o aplicativo. Já em 2011, a empresa conquistou outro investidor, Oliver Jung, que abriu escritórios da Airbnb em várias cidades: Milão, Barcelona, Londres, Berlim, Copenhague, Hong Kong e Cingapura.
Segundo o relato do autor Brad Stone em seu livro "As Upstarts", com a expansão de Jung, a Europa rapidamente se tornou o maior mercado da empresa.
No entanto, a empresa lidava com obstáculos regulatórios e ainda não havia conseguido se instalar em Nova Iorque, onde a indústria hoteleira é profundamente inflexível. Belinda Johnson foi chamada para tomar a frente e lidar com os problemas jurídicos da empresa.
Para garantir a regulamentação dos aluguéis em cidades como Chicago, Washington e Phoenix, a empresa passou a cobrar taxas de hospedagem dos anfitriões também. A partir das negociações de Johnson, o Airbnb foi atuando, cada vez mais, de forma totalmente legalizada.
No ano de 2016 a empresa tinha mais de 2. 600 funcionários, e estava avaliada em U$ 30 bilhões, a quarta startup mais valiosa do planeta, sendo mais valiosa do que qualquer outra rede hoteleira. Atualmente, o site oferece também opções inovadoras como barcos, suítes de avião e iglus.
De acordo com o livro "As Upstarts", no segundo semestre de 2010, a empresa recebeu investimentos significativos do Grupo Série A, que era liderado por Bill Gurley, fazendo com que a Uber fosse avaliada em U$ 60 milhões.
Diante dessa grande potencialização, a empresa começou a se expandir pelos Estados Unidos. Nesse crescimento, uma pessoa acabou se destacando, a estagiária Austin Geidt, que mais tarde virou chefe de operações de motoristas.
Mesmo com a questão de regulamentação resolvida em São Francisco, a empresa tornou a ter problemas, principalmente em Nova Iorque, que impunha que os motoristas de carros de luxo fossem associados a alguma base.
Contudo, Kalanick se negava a registrar a Uber como base, isso porque as taxas e exigências que a empresa teria que suportar seriam muitas.
O autor Brad Stone explica que o tempo de espera dos clientes era bastante elevado, uma vez que o recrutamento de taxistas também era muito difícil em Nova York, ou seja, o número de motoristas era realmente limitado.
Para solucionar esse problema, a UberX foi criada. Agora, no lugar dos carros de luxo, qualquer motorista poderia transportar um passageiro até seu local de destino.
O preço seria fixo, antes da corrida ter início, e o cliente poderia acompanhar toda a rota do motorista, em tempo real.
Além disso, para aumentar mais ainda o número de motoristas, a empresa criou a modalidade de alta demanda, ou seja, a tarifa da corrida seria acrescida de X%.
O autor José Dornelas defende em seu livro, "Empreendedorismo", a importância de criar e manter uma rede de contatos que possa te assessorar e ajudar no desenvolvimento e na implementação de uma ideia para a construção de um negócio promissor.
No livro, "A Startup Enxuta", o autor Eric Ries ensina como é possível validar ideias para saber se o produto agrega ou não valor para os clientes. Isso é chamado MVP ou "produto mínimo viável".
Para finalizar, em "Empresas Feitas para Vencer", o autor Jim Collins explica como aplicar a cultura da disciplina em uma companhia pode alavancar os resultados, disseminando essa prática para todos os colaboradores, que são essenciais para o sucesso de uma organização.
Várias ações tornaram a Airbnb e a Uber as empresas que são hoje. Mas os valores adotados por elas certamente contribuíram largamente na busca por resultados. Segundo o autor Brad Stone, eles são:
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