Viver e Deixar Viver - Elias Awad

Viver e Deixar Viver - Elias Awad

Através da história de vida de um dos maiores empresários do varejo do Brasil, aprenda a superar as dificuldades com perseverança, humildade, autoconfiança e empreendedorismo e tenha uma trajetória de sucesso.

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Conheça mais sobre a estratégia de empreendedorismo de Samuel Klein e como o slogan "Dedicação total a você" caiu no gosto popular, nesse resumo do livro "Viver e Deixar Viver".

Você consegue imaginar alguma pessoa que more no Brasil e que não tenha ouvido falar das Casas Bahia? Não existe, né?

Como essa rede varejista se tornou gigante e se consolidou, fazendo parte do dia-a-dia dos brasileiros com seus produtos, propagandas de TV ou em qualquer cidade com uma de suas lojas?

Nada disso foi conquistado de uma hora pra outra. Para tudo isso acontecer, seu fundador Samuel Klein enfrentou as dificuldades de ser um judeu em tempos de Segunda Guerra Mundial e a barreira cultural de morar em outro país.

Ficou interessado? Então vem com a gente!

Sobre o livro "Viver e Deixar de Viver"

"Viver e Deixar Viver" foi publicad pela primeira vez em 2013 e já conta com sua 5ª edição. A obra consiste em um compilado de histórias contadas pelo próprio Samuel Klein em 232 páginas, divididas em 7 capítulos de uma história comovente de superação pessoal e profissional.

Sobre o autor Elias Awad

Elias Awad é graduado em jornalismo e administração de empresas e pós-graduado em liderança e gestão de pessoas.

Obteve destaque em sua carreira como jornalista em grandes emissoras de TV como Globo, SBT e SporTV, mas se viu desafiado a navegar em novos mares.

Sendo um dos maiores biógrafos empresariais do país, Awad também aprendeu muito nessa trajetória.

Atualmente ministra palestras em formato talk show, onde agrupa os melhores conselhos de grandes nomes do empreendedorismo brasileiro.

Esse livro é indicado para quem?

Para empresários, gerentes e pessoas que desejam conhecer um pouco mais sobre a estruturação de um mercado e como aproveitar as melhores oportunidades para seu negócio.

Ideias principais do livro "Viver e Deixar Viver"

  • Transforme dificuldades em um aprendizado para a vida;
  • Seja sempre o melhor em tudo o que se faz;
  • Ao invés de potencializar os problemas, minimize-os;
  • Quando a oportunidade aparecer, agarre-a com unhas e dentes.

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[Resumo do Livro] Viver e Deixar Viver - Elias Awad, PDF

Sobrevivente

No início do século XX, em uma aldeia chamada Zaklikov, localizada na Polônia, vivia uma família de origem judaica.

Schmile (versão do nome Samuel no idioma iídiche, da comunidade judaica-europeia), terceiro filho do casal Sucher e Szeva Klein, nasceu em 1923.

O país era um dos menos desenvolvidos da Europa, embora vivesse sob forte influência alemã. Na aldeia tudo era bem modesto e humilde. Nessa época, a tensão pós-Primeira Guerra ainda tomava conta do continente, que ocasionava uma incerteza econômica e social.

O menino Samuel sempre mostrou ter uma admiração pela profissão do pai, a carpintaria, e o ajudava sempre que podia.

Foi através da instrução do pai e da alta demanda de móveis pela aldeia e adjacências, que Samuel aprendeu muito sobre como lidar com o público.

Os dias de paz foram interrompidos em 1939, quando Adolf Hitler invadiu a Polônia.

Samuel foi separado de sua família, ficando junto de seu pai. Os dois tornaram-se prisioneiros e trabalharam arduamente em campos de concentração como carpinteiros.

Como eram muito bons no que faziam, acabavam recebendo notícias do que acontecia do lado de fora dos campos de concentração. Os dois sofriam bastante, até que em um determinado momento, Samuel consegue escapar dos soldados alemães e acaba abandonando o pai.

Após o período da Segunda Guerra, conseguiu reencontrar seu pai e alguns de seus irmãos e deu início a uma nova fase de sua vida: Reconstruir-se com o que lhe restou.

Conheceu em Berlim, Ana Wangerin, uma moça alemã por quem se apaixonou. Casaram-se e tiveram seu primeiro filho, Michael Klein.

A aventura na América, a terra das oportunidades

Após se casar e ver que a Europa ainda sofria as sequelas de uma grande Guerra, Samuel, a conselho de alguns amigos, resolve tentar a vida em outro continente, a América.

Ele queria deixar para trás a mais dura e triste história de sua vida. Ouvira dizer que a Bolívia era um país promissor e que teria grandes chances de se desenvolver por lá.

Com um certo receio acerca da ideia repentina de mudança, acabou comprando passagens para o Brasil, pois tinha uma tia que conhecia e residia na cidade do Rio de Janeiro.

Sua ideia era passar rapidamente no Brasil, para se ambientar com os ares da América do Sul e depois fixar-se definitivamente na Bolívia.

Passados dois meses da chegada dos Klein na Bolívia, nada mais fascinava-os. E como nem sempre as coisas saem conforme planejado, uma guerra civil eclodiu e Samuel acabou voltando ao Brasil, inicialmente sozinho, para conseguir algum dinheiro para levar Ana e Michael, sua esposa e seu filho.

Eles chegaram apenas 40 dias depois de Samuel. Com a família completa, começou a planejar como seria o futuro deles no novo país. Fez pesquisas sobre as atividades que existiam no Brasil, conversou com diversas pessoas e dentre eles sempre ouvia para não se empolgar com o Rio de Janeiro.

A cidade era maravilhosa, mas as oportunidades de dinheiro e as forças econômica e industrial do país estavam em São Paulo.

Era nessa cidade que havia trabalho, emprego e chances de obter sucesso.

Convencido disso, partiu rumo à cidade de São Paulo. Toda aquela agitação, gente apressada, olhando rapidamente para os relógios, deixou Samuel encantado. "Este lugar foi feito para mim", disse ele.

De mascate a comerciante

Com alguns dólares, frutos da economia que fez na Europa, Samuel comprou cobertores para revenda e iniciou seu negócio de mascate.

Percebeu que, apesar de São Paulo ser promissora, tinha um grande fluxo de compras e vendas. Decidiu ir devagar e acabou mudando-se para São Caetano do Sul.

Lá começou seu mercado, batendo de porta em porta, oferecendo seus produtos. Tornou-se familiar ao povo da cidade, que o recebia de braços abertos.

Foi visionário o suficiente para perceber que parcelar uma compra em um talão, aumentaria a fidelização do cliente, ideia que acabou diferenciando seu negócio da concorrência, mesmo depois de anos.

Trabalhando duro

Com o aumento da família, vinham novas despesas e responsabilidades. O sucesso profissional resolveria, mas para isso deveria haver continuidade nos negócios.

Os clientes além de pagar a prestação, deveriam continuar comprando mais produtos.

Trabalhava bastante, vendendo seus produtos de porta em porta, e começou a ter um grande crescimento profissional. Conseguia guardar dinheiro e até passou a ter empregados para ajudar nas vendas.

Um grande salto

Com dinheiro suficiente para investir em capital, adquiriu para si uma pequena loja de móveis, chamada Casa Bahia. Mal sabia ele que essa atitude daria início a uma grande história, não é mesmo?

O comércio foi crescendo, Samuel fazia cálculos na hora da venda rapidamente e era um ótimo comerciante. A ideia de que precisava crescer ainda mais, não saía da cabeça de Samuel, mas enquanto o estabelecimento não estivesse bem estruturado, ele não partiria para uma filial.

Samuel acompanhava e supervisionava pessoalmente as vendas.

Um ano após a abertura da primeira loja, o faturamento já refletia a forma de trabalho de Samuel Klein. Tudo isso foi reflexo do aprendizado de cinco anos quando mascateou nas ruas de São Caetano.

Mais do que dinheiro, ele passou a ganhar o prestígio entre os fornecedores, que viam nele um cliente de qualidade, pontual e com potencial para crescimento.

A ascensão

Alguns anos depois, Samuel andava pela rua e viu um imóvel com uma placa de aluga-se, isso instigou seu interesse e ali surgiu sua segunda loja, que agora chamamos de "Casas Bahia".

A loja rapidamente se tornou um sucesso estrondoso, e aos poucos, novos produtos eram acrescentados para a venda nas lojas. Cada vez mais se convencia de que vender eletrodomésticos era um grande negócio.

Assim, móveis, eletrodomésticos, televisores (inclusive um produto que estava surgindo na época e eram as sensações do comércio), circulavam dia e noite nos caminhões da "Casas Bahia".

A propaganda

Após um tempo, um rapaz foi contratado para o departamento de propaganda da empresa. Ele teve o grande desafio de convencer seu patrão de que precisava de propaganda para vender. Samuel não gostava, não queria e dizia não precisar de propaganda.

Essa imagem durou pouco. Os resultados com as propagandas foram excelentes.

Foi nessa época que surgiu o boneco baianinho que conhecemos hoje em dia.

O slogan "Dedicação total a você" veio transmitir ao público sobre a confiança e a importância do mesmo para a ascensão da empresa, afinal, se não fossem todos os clientes, não haveria Casas Bahia.

Antecipando-se a crise do mercado

Com uma rede consolidada na região do ABC paulista, a "Casas Bahia" passava por um processo de adequação às oscilações do mercado.

Após um avanço econômico para a "Casas Bahia" nas décadas de 60 a 80, o país passava por um período inflacionário. Com isso, os preços de bens materiais poderiam ser ajustados até três vezes em um mesmo dia.

Como Klein manteve seu negócio? Antecipando-se a crise.

Fazia com que seu dinheiro circulasse, comprando grandes quantidades com menores preços. Assim poderia revendê-lo a um preço melhor e negociar as melhores condições de pagamento para seus clientes.

Crescimento sem limites

Cada vez mais, lojas eram inauguradas. Em 1995, a "Casas Bahia" deu um passo importante. A rede "Só Dinheiro" foi adquirida, totalizando mais 15 novos pontos de venda para Klein.

Nesse ano também, as fronteiras paulistas foram rompidas e teve início das atividades no Rio de Janeiro, com a compra da "Casas Garson".

Ao final desse ano de 1995, totalizavam-se 139 lojas e um faturamento de mais de um bilhão e meio de dólares.

Anos 2000 - Avanços na vida profissional e perdas na vida pessoal

Finalmente a "Casas Bahia" consolidou-se como uma empresa presente em maior parte do território nacional, realizando sonhos de muitos brasileiros com móveis e eletrodomésticos.

Mas os anos 2000 também trouxeram perdas pessoas, como o falecimento do primeiro neto de Samuel e Ana, aos 27 anos. Isso abalou a estrutura da família e fez com que o empresário diminuísse o ritmo de trabalho para usufruir de mais tempo com a família.

Aos 90 anos, Samuel Klein acompanhava a estabilização de sua obra. O faturamento a cada ano só aumentava, a empresa era a líder do setor varejista de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis.

O público-alvo das "Casas Bahia" continua, predominantemente, nas classes C, D e E, com renda média de 2, 5 salários-mínimos.

O lema "dedicação total a você" obriga a equipe de vendas a facilitar os crediários nas compras.

"O crédito na Casas Bahia é uma ciência humana, não exata." (Samuel Klein)

Com mais de 50 mil funcionários e filiais por toda parte do Brasil, deixou a direção da companhia nas mãos do filho Michael.

O que outros autores dizem a respeito?

No livro "Minha História" você vai conhecer a história de Michelle Obama, a ex primeira dama dos Estados Unidos que enfrentou diversos desafios, quebrando barreiras com força e determinação. Essa história te dará insights para perceber que a persistência é a chave do sucesso.

Em "Uma Trufa e... 1000 Lojas Depois!", Alexandre Tadeu relata sua trajetória como dono da Cacau Show e fornece diversos insights. Ele diz que o comprometimento é a palavra-chave que um empreendedor deve seguir, pois ele tem a árdua missão de fazer com que todos fiquem satisfeitos.

Em "Fome de Poder", Ray Kroc, um dos fundadores do McDonald's, diz para encontrarmos nosso diferencial. Não se deixe abater por um erro que te faça desistir do seu sonho. Inclusive, as pessoas mais bem-sucedidas já superaram vários fracassos, que fazem parte da trajetória para o sucesso.

Certo, mas como posso aplicar isso na minha vida?

  • Aprenda até nas piores fases. Sempre existe um lado positivo para se tirar de tudo na vida;
  • Analise a melhor forma de chegar aonde se quer estar;
  • Use as habilidades que você tem, mas não deixe de adquirir novas;
  • Comece com o que você tem;
  • Não tenha medo de investir em algo que você acredita;
  • Se quer que algo cresça, invista seu tempo;
  • Se comunicar vai além do falar. É se conectar com quem você deseja transmitir uma mensagem;
  • Deixe sua marca naquilo que você faz de melhor.

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Livro Viver e Deixar Viver