Na última década, vimos a internet se tornar a principal plataforma mundial de comunicação, relacionamento, entretenimento e aprendizagem. Esse cenário é deslumbrante e torna a internet o cérebro global coletivo.
No entanto, Martha Gabriel vai introduzindo esse novo panorama cheio de possibilidades e nos traz também novos desafios.
Estamos vivendo a Quarta Revolução Industrial, em que o modelo de sociedade é baseado em máquinas computacionais. Tecnologias mobile, tecnologias de voz, impressão 3D, inteligência artificial e robôs, são exemplos de tecnologias e plataformas digitais que ampliam o nosso cenário.
A mudança causada pelas tecnologias digitais na sociedade tem acontecido muito rapidamente, o que nos desafia tanto em termos fisiológicos quanto cognitivos. A era digital requer habilidades novas dos seres humanos, que não faziam parte da educação nas eras industriais precedentes.
No livro “Você, Eu e os Robôs”, você aprenderá algumas das transformações fundamentais oriundas da Revolução Industrial. Martha Gabriel diz ter a intenção de nos auxiliar e preparar para um mundo cada dia mais digitalizado e tecnológico, onde humano e máquina cada vez mais estão interligados.
O livro “Você, Eu e os Robôs” contém 280 páginas divididas em 3 partes principais. Foi publicado pela Editora Atlas Ltda. em 2018, editora integrante do Grupo Editorial Nacional.
É um manual para que qualquer pessoa consiga compreender a Era Digital que vivemos e os seus impactos nas suas mais diversas dimensões (como biológica, social e econômica), nos auxiliando a caminhar pela maior transformação humana desde o surgimento do Homo Sapiens.
Escrito em linguagem simples e objetiva, o livro parte das questões sociais e valores fundamentais que requerem bastante atenção no cenário tecnológico presente atualmente.
Martha Gabriel é engenheira, pós-graduada em Marketing e Design, mestre Ph.D em Artes e em Educação Executiva no MIT. É considerada uma das principais pensadoras digitais do Brasil.
Autora de vários livros, inclusive o best-seller “Marketing na Era Digital” e “Educar: a revolução digital na educação”, foi finalista no Prêmio Jabuti em 2014 na categoria Educação.
É também uma executiva e consultora nas áreas de marketing, business, inovação e educação. Utiliza a tecnologia como instrumento de transformação de negócios desde o início de sua carreira, tendo auxiliado grandes corporações em suas jornadas de desenvolvimento.
Recentemente, tem atuado com processos de transformação digital e implementação de cultura de inovação para alinhamento com o novo contexto de negócios.
A leitura de “Você, Eu e os Robôs” é indicada para todos aqueles interessados em tecnologia da informação, além de empreendedores digitais, estudantes de sociologia e todos aqueles que gostariam de ter um panorama geral sobre a sociedade.
Está sem tempo para ler agora? Então faça o download gratuito do PDF e leia onde e quando quiser:
Desde o início da nossa história, a tecnologia e humanidade andam de mãos dadas. O ser humano é uma tecnoespécie: criamos tecnologias e somos transformados por elas.
Desde a pré-história existe o casamento entre humano e tecnologia, que era com paus e pedras. Passamos por várias revoluções tecnológicas tão importantes como a que estamos inseridos nos dias de hoje, como a escrita, a eletricidade, o fogo, etc.
No entanto, um grande desafio que qualquer revolução tecnológica enfrenta, é que inicialmente a tendência é ocorrer o encantamento com a tecnologia nova, e não com os seus efeitos em nossas vidas a longo prazo.
Depois do surgimento da eletricidade, as pessoas ficaram maravilhadas com a possibilidade de haver um equipamento que produzisse baixas temperaturas para conservar alimento, por exemplo, mas somente depois de algum tempo interessou-se pensar como essa tecnologia ajudaria a viver melhor.
No caso da eletricidade, aproximadamente 30 anos foram necessários para que a humanidade compreendesse suas transformações, tornando uma infinidade de comportamentos obsoletos. Dessa forma, as tecnologias não apenas nos instrumentalizam, mas também afetam a nossa vida social, cultural e psíquica.
Logo, a tecnologia tem recriado a realidade, fundando civilizações ao longo da história da humanidade devido às transformações que dão origem.
Martha destaca que o que realmente importa em uma revolução tecnológica não é a tecnologia em si, mas como ela afeta e provoca mudanças em nossas vidas. Quanto menos tempo gastamos para compreender a nova realidade e modificar a nossa mentalidade para um novo modelo de civilização, mais bem-sucedidos, nesse contexto, nos tornamos.
A Era Digital tornou presente a nós um paradoxo: se por um lado o cenário hiperconectado favorece o fluxo de informações, distribui o poder e democratiza a informação, por outro lado, esse contexto centraliza outras formas de poderes.
Toda a infraestrutura tecnológica, física e de software que existe hoje na internet está nas mãos de poucas organizações. Pensando em hardware e software,poucas empresas gigantes controlam equipamentos essenciais por onde flui a informação conectada no planeta.
Conforme a complexidade da tecnologia foi aumentando com o passar do tempo, essas organizações passaram a comprar outras empresas emergentes, de forma que consolidou-se um monopólio.
Como as pessoas reagiriam se o WhatsApp, Instagram e Google parassem de funcionar? Como seria o mundo sem a presença dessas tecnologias? Onde as informações estão armazenadas? Com você, ou no “ar”? A reflexão final que fica é “quem é dono do quê”?
O livro “Você, Eu e os Robôs” diz que, se tivermos a sociedade conectada em mente, ao mesmo tempo em que um indivíduo ganha voz por meio das redes sociais, todos os outros indivíduos também ganham o mesmo poder. Portanto, fica mais difícil ser “ouvido”, pois o poder de fala se dilui cada vez mais entre todos.
Por conseguinte, paradoxalmente, a tecnologia que distribui o poder é a mesma que o dilui. Vê-se, novamente, o surgimento de estruturas centralizadoras de poder.
Esse efeito paradoxal da tecnologia acontece não apenas nos fluxos de informação. Por exemplo, a mesma tecnologia que permitiu que a Uber desse maior poder às pessoas que usavam táxis para se locomover, também deu maior poder aos táxis para se estruturarem de outras formas para combatê-lo.
Segundo Martha:
"Compreender os fluxos de poder que são transformados pela tecnologia possibilita uma visão holística mais adequada dos cenários sociais e econômicos que se delineiam."
A palavra privacidade deriva do latim privatus e significa “separado do resto”. Refere-se à habilidade dos indivíduos de revelar apenas as suas informações que desejam, de modo seletivo.
Apesar de o uso da privacidade variar de cultura para cultura, a privacidade é um princípio seletivo de revelação de informações pessoais em função do contexto.
Para que o exercício da privacidade se torne possível, as pessoas precisam possuir algum tipo de controle sobre o contexto em que estão inseridas em determinado momento, para poderem ser seletivas em relação a informações que querem revelar ou não.
Nos ambientes analógicos os contextos são, com facilidade, reconhecidos e delimitados, como a igreja, o trabalho, a escola ou uma festa. Por outro lado, nos ambientes digitais, é muito mais difícil reconhecer o contexto em que está inserido e quem está presente simultaneamente nele.
Como exemplo, podemos citar o momento em que duas pessoas conversam por uma rede social, cada uma está em um contexto analógico diferente, mas estão presentes em um mesmo ambiente digital.
Neste cenário, controlar a privacidade se torna muito difícil, pois exige conhecimento dos contextos e das pessoas no mundo digital, assim como requer meios que possibilitem controlar a revelação de informações para essas situações e ambientes divergentes.
As tecnologias digitais permitem a disseminação mais rápida de informações e o seu registro imediato. Enquanto nos ambientes analógicos muito do que se revela é compartilhado por poucos (fisicamente) naquele determinado lugar, no ambiente digital o que se revela pode estar sendo compartilhado com milhares de pessoas.
Portanto, o mundo digital é o paraíso para a proliferação de dados, sendo totalmente desfavorável à manutenção da privacidade.
A sobrevivência das espécies, como nos ensinou Charles Darwin, depende da adaptação ao ambiente em transformação ao seu redor. Nesse processo, aqueles que não apenas se adaptam, mas que também possuem mais domínio do ambiente, não só sobrevivem, mas também vivem melhor.
Isso é o que a humanidade tem buscado e que propiciou a sua evolução e todo o desenvolvimento da tecnologia até hoje.
Partindo desse ponto, na tentativa de controlar o ambiente com a intenção de obter melhores resultados, existem duas alternativas que se chocam: viver bem agora, usando todos os recursos disponíveis, ou abrir mão de alguns recursos agora para usufruir no futuro, garantindo sobrevivência longa.
As escolhas diárias relacionadas à gestão dos recursos é baseada em um conhecimento do futuro. A melhor maneira de tomar decisões é conhecendo o dia de amanhã, e isso tem sido uma das maiores aspirações humanas ao longo da nossa história.
Se soubermos o que vai acontecer, nos preparamos melhor para isso, fazendo uma gestão mais adequada dos recursos disponíveis hoje - saúde, tempo, dinheiro, etc - visando obter os melhores resultados, tanto para agora quanto para o futuro.
A tecnologia, apesar de não ser possível de se prever exatamente o futuro, nos apresenta “megatendências”, que são “grandes ondas” de mudança em que somos inseridos, nos auxiliando nessa nossa busca de saber para onde estamos indo.
O ser humano e a tecnologia, desde o início dos tempos, são interdependentes - quando um muda, o outro também muda, em um ciclo contínuo e em ritmo exponencial.
Não apenas estamos nos fundindo com a tecnologia, mesclando nossos códigos biológicos e digitais, mas também e principalmente, nos tornando um novo tipo de humano, reconfigurado tecnologicamente.
Dentre todas as dimensões da vida humana, a principal é a sobrevivência, e o trabalho representa a ação humana no mundo para garanti-la.
Desde a pré-história, o trabalho humano tem sido encontrar meios de obter alimento e abrigo, porém, hoje o trabalho assume diversas funções em um sistema organizado com um grau de complexidade muito maior, consequente da evolução da tecnologia.
O crescimento tecnológico é exponencial e está atingindo um ritmo vertiginoso que tem desafiado a vida humana. Se essa aceleração é contínua, onde vamos parar?
Uma das possibilidades abordadas por Martha Gabriel em “Você, Eu e os Robôs”, é evoluirmos misturando nosso código biológico (DNA) com os códigos computacionais (binários), formando uma hibridização com as máquinas.
Outra abordagem para a evolução - humanidade junto com tecnologia - é que essa aceleração nos conduza para estados de melhoria contínua, gerando um estado cada vez mais denso, de forma que, em algum momento, o mundo transcenda a existência material e passe para um estado de superinteligência.
A partir daí, não será possível prever mais nada, ficamos apenas com a certeza de que a humanidade entrará em uma nova era.
Para Tom Chatfield, existe uma relação estreita entre os humanos e a tecnologia. No livro “Como Viver na Era Digital”, ele diz que, ao longo dos avanços, o ser humano moldou novas ferramentas tecnológicas e estas, por sua vez, moldam o seu comportamento.
No livro “Sapiens”, o autor Yuval Noah Harari reflete sobre os avanços científicos da espécie humana e afirma que hoje já somos uma união de homem e máquina. Ele complementa, dizendo que estamos caminhando para uma nova espécie: os super-humanos.
Por fim, o livro “Managing the Millennials”, dos autores Chip Espinoza e Mick Ukleja, desenvolve o funcionamento da modernidade tecnológica na área organizacional, tratando da forma de trabalhar nas novas gerações, capaz de otimizar processos, oferecer maiores resultados e melhores desempenhos.
Agora que você está por dentro de conceitos e explicações presentes no livro, que tal recapitular algumas noções principais?
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